ᴀɴᴛᴇs ᴅᴏ ᴄᴀᴏs ᴅᴇ sᴇxᴛᴀ-ғᴇɪʀᴀ

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Dias atrás

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Dias atrás...

Segunda-feira, 08:34 a.m

Residência da família Linete, em Marselha, França

Dias antes daquela fatídica sexta-feira, minha vida encontrava-se um caos graças a chegada das provas finais, que marcariam o encerramento do nosso primeiro período escolar e dariam início as nossas férias.

Eu poderia começar esta narrativa me descrevendo como uma garota de 16 anos qualquer, que está no segundo ano do Ensino Médio, tem poucos amigos, e que a primeira vista pode parecer uma daquelas "garotas diferentonas" clássicas de fanfic. Acontece que eu odeio "diferentonas", tanto quanto você odeia, e por mais incrível que pareça até as diferentonas também me detestam tanto quanto as populares, então para impedir que haja interpretações errada ao meu respeito, vou partir para o que interessa e permitir que você tire suas conclusões sobre quem eu sou ao longo da minha narrativa. Porém, acredito que até aqui, você já tenha entendido que "vida normal" é uma coisa que eu definitivamente não tenho, já que não é todo dia que uma garota brinca com um tabuleiro satânico e traz para o mundo real seu personagem preferido.

Acontece que hoje é mais um daqueles dias que começam ruins e terminam pior ainda, já que meu cronograma de aula indicava que eu teria duas aulas seguidas de matemática, e para variar minha mãe me acordaria na maior indelicadeza para encarar a escola.

— Eveline! — Ela esbraveja — Já é a segunda vez que peço para você levantar!

— Ai! — Exclamo, assim que ela arremessa a blusa lavada do colégio em minha direção, embora não tenha doido nada.

— Vou avisar pela última vez... — Minha mãe grita, prestes a repetir a mesma frase pela vigésima vez — Coloque este despertador para tocar, ou então você vai perder o horário, e eu não estarei aqui para acordá-la. Entendeu? Vá se arrumar!

Minha mãe não sabia disso, ou se sabia não demonstrava o suficiente, mas meu maior sonho era perder o horário na segunda-feira. Infelizmente ela jamais iria entender se eu explicasse, então para evitar mais brigas de manhã, eu só fazia o que ela mandava e ainda por cima com muita má vontade.

Assim que reúno coragem o suficiente, ponho meus pés na madeira gélida, e saio correndo até o banheiro, para garantir que eu o pegaria antes da minha irmã, Mathilde Linete. Evento que pareceu ter se concretizado, já que quando abri a porta não havia nenhum sinal dela.

Imediatamente, eu pego minha escova de cabelo e início uma batalha árdua de desembaraçar meus fios rebeldes, porém, quando me dei conta de que isso ia levar mais tempo que o normal, eu então decidi escovar meus dentes e deixar isso para depois.

— Bom dia, irmãzinha! Sai para lá! — Disse Mathilde, entrando de repente, e me empurrando com força para longe da frente do espelho.

— Ou! Sua vaca! — Grito, irritada por sua atitude, e por fim revidando na mesma moeda e empurrando ela para longe. O que não foi o suficiente, já que ela começou a rir de mim e me empurrou de novo.

ᴍᴇᴜ ǫᴜᴇʀɪᴅᴏ ᴍᴏʀᴅᴏᴍᴏ - ᴋᴜʀᴏsʜɪᴛsᴜᴊɪOnde histórias criam vida. Descubra agora