ᴏʟᴀ, ᴍʏ ʟᴀᴅʏ

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Colégio Spinosa, em Marselha, na França

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Colégio Spinosa, em Marselha, na França

Sexta-feira, 12:45 m.p

Assim que o sinal da saída tocou, eu fui liberada da sala da diretora, após meia-hora de gritos e sermões. Basicamente, ela disse que eu sou mimada, inconveniente, rebelde e irresponsável, o que não foi nenhuma surpresa para mim, porque já fui chamada de coisa muito pior. O problema é que minha soneca na aula, resultou em uma advertência, de nível médio, que deve ser assinada por minha mãe, quanto antes.

Sim. Aquela arrombada me deu uma advertência, nível médio, por cochilar por cinco minutos em uma aula de matemática. Se isso não é motivo suficiente para mandar ela tomar cu, eu juro que não sei o que é.

Mas, após me recuperar dessa sessão de tortura, eu corro pela escola em direção à saída, preocupada com o fato de minha irmã estar me esperando até agora e sem saber do que aconteceu. Porém, durante a minha corrida acabei tendo uma surpresa: Mathilde continua esperando por mim na escola, aparentemente não brava comigo, mas sim com outra pessoa, que também parece tão puta da vida com ela.

— A culpa disso é sua. Você é uma vaca, Mathilde. Se não fosse por você, eu não estaria com esse arranhão no meio do rosto — Disse Anne-Marie com raiva e apontando o dedo na cara de minha irmã, enquanto Téo, Oscar, Ophélia, Valentim e Gaspar estão ao redor delas, de cabeça baixa e calados.

— É só com isso que você está preocupada? Com essa sua cara ridícula? Esqueceu que o Marco está no hospital com a porra da mão fodida, devido à sua brincadeira? — Mathilde interroga, já com seu tom de voz elevado.

Continuo observando a briga escondida em um canto do corredor, porém assim que Gaspar vira só um pouco a cabeça, ele consegue me avistar. Faço um sinal para que ele fique quieto e rapidamente ele disfarça sua reação.

— Claro que eu me importo. Eu poderia ter morrido se você e o Valentim, não tivessem saído da brincadeira, para defender aquela menina ridícula. — Disse Anne-Marie, agora jogando a culpa no Valentim, que ergue os olhos na direção dela e se sente atacado com aquele argumento.

— Isso não teria acontecido se você tivesse jogado direito ao invés de fazer aquela brincadeira com ela. Minha irmã não estava jogando e avisou o que tínhamos que fazer. Não jogue a culpa em ninguém aqui por uma responsabilidade sua. Aliás, se me lembro bem, a ideia de jogar foi totalmente sua, então você é a culpada — Mathilde vocifera.

— Vai se foder — Anne-Marie xinga.

— Vai se foder você. Porra. Sua puta mimada. — Mathilde rebate, o que causa em Anne-Marie um tipo de surto, já que ela agarra minha irmã pela roupa, provavelmente para tentar bater nela, porém Mathilde dá um empurrão bem mais forte, que faz a menina quase bater a cabeça no chão ao cair.

— Para com isso. Porra — Exclamou Valentim que segurou os braços de Mathilde, enquanto Téo, Ophélia e Oscar ajudam Anne-Marrie a se levantar.

Gaspar é o único que não reage. Muito pelo contrário, ele fica sério, bastante quieto e lançando um olhar cheio de raiva para Anne-Marie e Téo.

ᴍᴇᴜ ǫᴜᴇʀɪᴅᴏ ᴍᴏʀᴅᴏᴍᴏ - ᴋᴜʀᴏsʜɪᴛsᴜᴊɪOnde histórias criam vida. Descubra agora