ᴏ ᴘʟᴀɴᴏ - Parte 2

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Casa dos Linete ― Quarto

06:12 am

Embora Ciel não gostasse de ter sua privacidade invadida, ele não se incomodou quando acordou pela manhã e sentiu o calor do corpo de Eveline em suas costas. Durante a noite ela havia se mexido um pouco e até acordado ele algumas vezes, entretanto Ciel sabia perfeitamente que a ansiedade dela com a apresentação afetava um pouco seu sono e por isso ela se mexia tanto na cama.

Ainda sonolento, ele se vira para o lado oposto, ficando de frente para Eveline e com seu rosto quase colado com o dela, e sem querer acaba caindo no sono novamente após uma tentativa fracassada de se levantar. Os dois dormem assim por alguns minutos até Eveline mover devagar o rosto para frente e seu nariz sem querer encostar na pele dele e ela sentir o cheiro de seu corpo.

Assustada com o toque, ela abre os olhos rapidamente e inspira surpresa ao deparar-se com Ciel tão perto, enquanto ele apenas continua dormindo tranquilo. Subitamente, o coração dela acelera e suas mãos começam a suar debaixo das cobertas. Eveline tenta se afastar, porém, seu corpo não obedece aos seus comandos e a única coisa que ela consegue fazer é respirar ofegante perto dele e tremer.

Seu estado piora quando os olhos de Ciel se abrem e ele a vê nervosa diante dele.

A boca de Eveline fica seca, os lábios tremem e embora faça muita força para desviar os olhos e fugir daquela situação constrangedora, nada acontece. Sem dizer nada, Ciel franze o cenho e afasta seu rosto, o que deu a oportunidade para Eveline finalmente voltar ao normal e respirar melhor.

― Dormiu do lado errado da cama, Lady Linette? ― Indagou Ciel, agora se levantando e ajeitando seu pijama.

― Puf! Até parece! ― Eveline bufa em deboche ― Eu apenas encostei em você. Nada de mais.

― Hm! Sei! ― Disse Ciel, olhando para ela por cima do ombro e com um sorriso maldoso nos lábios.

De repente a porta do quarto se abre e Sebastian surge do outro lado, porém assim que o mordomo percebe os dois juntos sua expressão fica muito séria e Eveline logo encolhe os ombros com vergonha.

― O que estão fazendo sozinhos? ― Sebastian indaga.

― Dormimos juntos... ― Disse Ciel, em tom de provocação e com um sorriso debochado no rosto.

― O que eu já disse sobre você chegar perto de My Lady? ― Disse Sebastian, não muito satisfeito com a resposta.

― Muitas coisas, mas eu não ouvi nenhuma porque tudo o que você diz é perda de tempo. ― Ciel responde, pegando sua pelúcia de coelho e em seguida batendo a porta ao sair do quarto.

Ainda bastante sério, o mordomo lança um olhar de reprovação para sua Lady, a qual cora diante dele e franze os lábios.

― My Lady, eu pedi que não deixasse o Lorde dormir no seu quarto, pois sou o único homem da casa que pode ter acesso a este cômodo por questões de segurança.... ― Disse Sebastian.

― Desculpe... ― Murmurou Eveline, constrangida.

― Humpf! ― Suspirou Sebastian.

― Está bravo comigo? ― Perguntou Eveline.

― Não. Quem sou eu para ficar bravo com, My Lady? Afinal você faz o que quer. Só achei que você fosse levar em conta o fato de eu me preocupar com sua segurança e tentar te afastar do encrenqueiro do Lord Phantomhive. ― Disse Sebastian.

― Desculpa. Eu deveria ter te ouvido mesmo. Não valeu a pena deixá-lo dormir aqui. ― Disse Eveline, em tom de frustração, o que despertou a atenção do mordomo.

ᴍᴇᴜ ǫᴜᴇʀɪᴅᴏ ᴍᴏʀᴅᴏᴍᴏ - ᴋᴜʀᴏsʜɪᴛsᴜᴊɪOnde histórias criam vida. Descubra agora