ᴏʟᴀ, ᴍʏ ʟᴀᴅʏ ᴘᴀʀᴛᴇ 2

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Casa dos Linette, em Marselha, na França

Sábado, 00:10 a.m

— Funcionou? - Perguntou Nanda, depois que afirmei que era cem por cento pura para a entidade.

— Sei lá. - Respondi, olhando ao redor e percebendo que não aconteceu nada.

— OIII MEU NOME É AMANDA. EU SOU PURA DE CORAÇÃO. QUERO FAZER UM PEDIDO. POR FAVOR - Nanda berrou, com o rosto próximo do tabuleiro.

— Que isso, Nanda? Tá maluca? - Protestei depois que ela terminou de berrar.

— Que foi? Vai que a entidade precisa que a gente fale mais alto. Às vezes, ela tá tirando um cochilo. - Ela se explica, o que me faz revirar os olhos.

— Eu acho isso uma grande besteira. - Protestei.

— É. Você já disse. - Nanda resmunga.

— Fala sério, Nanda. Tanta coisa para fazer e você inventa logo essa? Eu até toparia fazer a brincadeira do copo, mexer com o tabuleiro de ouija, ou, chamar o Charlie-Charlie, mas não, você tinha que mexer logo com o demônio da estrela?- Reclamei.

— Duas coisas: primeiro, todo mundo sabe que essas brincadeiras que você citou são puras lorota, a caneta mexe devido a fenômenos físicos, o copo porque alguém põe peso e mexe, e o ouija foi só uma besteira inventada na Era Vitoriana por charlatões que diziam conseguir falar com os mortos, segunda coisa, não custa nada tentar. De qualquer forma, eu posso sair com a ciência de que isso é mais uma lorota, ou, com um pedido realizado. Eu estou no lucro. - Nanda se explica, e fica nítido que ela não sabe mesmo com quem está mexendo.

— Ou, você pode sair morta, ou, desaparecida, igual o Souta Hashimoto.

— Bem... Isso também, mas acho provável as outras coisas que já falei.

Ela diz isso como se a entidade fosse super aceitar escolher só essas duas opções.

— Ok. Agora, eu estou preocupada. Já se passaram cinco minutos e nada de ela confirmar "sim", ou, "não".

— Pelo amor de Deus... - Resmunguei.

Neste momento, a minha mão que até então estava parada em cima da faca, embaixo da mão de Nanda, mexe com tanta força que eu quase me desequilibro na caixa onde estava sentada.

— Ah qual é, Nanda. Fala sério. - Reclamei.

— Que foi?

— Como assim "que foi"? Eu sei que foi você que mexeu.

— Não, cara. Foi a entidade. Eu não tenho tanta força assim não.

— Me erra vai. Porra. Eu sei que você tá zuando comigo.

— Caralho. Já falei que não. Porra.

— Ah vai para puta que...

De novo essa droga mexe, mas agora com tanta força, que eu solto um grito com Nanda.

ᴍᴇᴜ ǫᴜᴇʀɪᴅᴏ ᴍᴏʀᴅᴏᴍᴏ - ᴋᴜʀᴏsʜɪᴛsᴜᴊɪOnde histórias criam vida. Descubra agora