ᴘᴇsᴀᴅᴇʟᴏ

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Quinta-feira, 23:56 m

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Quinta-feira, 23:56 m.p

Casa da Anne-Marie, em Marselha, na França

Assim que Anne-Marie chegou, junto com Théo,  os garotos, Marco e Valentim, iniciaram os preparativos para o ritual com a entidade. Seguindo as regras , eles acenderam as velas, colocaram a faca afiada no centro do tabuleiro e apagaram as luzes para dar um clima mais assustador.

Faltavam poucos minutos para a meia-noite, e eu já estava em desespero, pois um mau pressentimento tomou conta de mim desde que Anne-Marie apareceu. Se há alguém que pode nos levar para morte, este alguém é ela, pois desde que a arrumação começou, ela se mostrou totalmente insatisfeita com as regras.

— Por que temos que acender tantas velas? — Perguntou Anne-Marie, enquanto enrolava uma mecha de cabelo em seu dedo indicador.

— Isso faz parte das regras — Disse Marco.

— Arg! Eu odeio velas! — Ela resmunga — Espero que eu não queime meu cabelo com elas.

— Relaxa, Anne. Vai dar tudo certo! — Valentim garantiu, embora, no fundo, eu achasse que ele não tinha certeza nenhuma disso.

— Que seja! Vamos começar, pois quero acabar com isso logo — Ordenou Anne-Marie, que cruzou as pernas e jogou seu cabelo loiro para atrás das costas.

— Todo mundo sabe as regras? — Perguntou Marco.

— Não muito... — Théo respondeu.

— Tem regras? Não é só desejar e acabou? — Disse Oscar.

— Não, a gente precisa chamar a "coisa" primeiro — Disse Valentim.

— Por falar em "coisa", o Gaspar não veio mesmo para a nossa festa? — Perguntou Anne-Marie

— Não, ele disse que tinha outros compromissos — Mathilde responde.

— Puf! Sei! Até parece que um moleque idiota como ele tem compromissos a resolver — Anne-Marie esnoba, o que para mim não soou nada agradável já que Gaspar foi o melhor amigo do namorado dela.

— Ok, prestem a atenção — Disse Valentim — As regras não são complicadas: temos que colocar nossas mãos direitas em cima da faca afiada, e em hipótese alguma tirá-las antes de dizer "adeus", ou então, a entidade come os nossos cus.

— Ha, ha, ha — Anne-Marie riu baixinho, claramente não levando nada daquilo a sério.

— Já que todo mundo entendeu, então vamos beber um pouco antes do jogo. Eu trouxe duas vodkas de casa e quero zerar as garrafas antes que meu pai de falta delas. — Disse Marco, que agarrou seu copo e o encheu de bebida.

— Podemos misturar com Whisky, groselha e cerveja também — Disse Valentim, que serviu a bebida para todos, exceto para mim, que recusei na hora.

ᴍᴇᴜ ǫᴜᴇʀɪᴅᴏ ᴍᴏʀᴅᴏᴍᴏ - ᴋᴜʀᴏsʜɪᴛsᴜᴊɪOnde histórias criam vida. Descubra agora