ᴀᴘᴏs ᴜᴍᴀ ɴᴏɪᴛᴇ ᴅᴇ ᴛᴇʀʀᴏʀ...

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Sexta-feira, 05:55 a

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Sexta-feira, 05:55 a.m

Residencia da família Linette, em Marselha, na França

Após uma noite inteira de terror, Mathilde e eu conseguimos chegar em casa, antes dos primeiros raios de sol surgirem no céu. Para nossa sorte, mamãe não percebeu que tínhamos saído, pois dormiu a noite inteira. Minha irmã e eu, então, concordamos em não contar sobre a entidade, caso ela descobrisse sobre a festa, ao invés disso, diríamos que tudo foi uma festinha com pessoas da escola e que voltamos em segurança antes do começo do dia.

Ela ficará irritada, é claro, mas é melhor que ela fique só irritada do que apavorada e furiosa. Até porque, os arranhões nas costas de Mathilde já denunciam que alguma coisa grave aconteceu, e é melhor que nossa mãe não se intrometa nisso.

Assim que coloquei meus pés em casa, a primeira coisa que fiz foi tirar meus sapatos e correr para esconder as provas de meu crime. Prontamente, eu coloquei minhas roupas sujas de sangue no fundo do cesto, e corri para meu quarto para tentar disfarçar minha aparência de destruição.

Tentei fazer um banho a seco para tirar os restos de terra dos meus braços, pescoço e rosto, o que não funcionou muito, mas até que ajudou, pois o cheiro de terra diminuiu. Por fim, vesti meu pijama e corri para meu quarto, para tentar dar a impressão de que eu tinha dormido a noite inteira.

Óbvio que após horas de caos e terror, meu cérebro não ia me deixar, simplesmente, cochilar tranquila como se nada tivesse acontecido. Meus olhos ficaram abertos das cinco da manhã até a hora em que meu despertador tocou.

— Eveline, hora de levantar — Disse mamãe, que entrou no meu quarto, já com o uniforme passado e desligou o meu alarme. Ela deixa minha roupa em cima da cadeira da escrivaninha e sai sem desconfiar de nada. O que foi um alívio, pois eu fiz muita força para esconder minha expressão de culpa,

Meu olho esquerdo então piscou sozinho, antes de eu finalmente ter coragem para me erguer do colchão, e logo eu me ponho de pé.

Porra. Como eu vou ter psicológico para viver esse dia? Bom... Pelo menos, é sexta-feira. Isso significa que vou ter que aguentar algumas horas e ter dois dias inteiros para tentar reparar os danos

— Eveline anda! Vai se atrasar. — Mamãe chama por mim no corredor da casa, fazendo eco e me despertando do meu devaneio.

Rapidamente, eu vou até o banheiro, segurando uma toalha no braço, e ao girar a maçaneta, tomei um susto com a cena das costas da minha irmã, totalmente ensanguentadas, cheias de feridas e arranhões.

— Porra! — Murmurou Mathilde, olhando para mim por cima do ombro e soltando um suspiro pesado, após se assustar com minha entrada inesperada. Logo, eu fecho a porta do banheiro, enquanto Mathilde veste seu sutiã branco — O que você tá fazendo aqui? Achei que fosse a mamãe. Quer me matar de susto?

— Eu vim tomar banho. Continua sangrando? — Pergunto, me referindo às feridas em suas costas.

— Eu já tentei de tudo. Algumas ainda sangram e outras continuam cicatrizando, ao que tudo indica não irão sarar com facilidade — Ela responde.

ᴍᴇᴜ ǫᴜᴇʀɪᴅᴏ ᴍᴏʀᴅᴏᴍᴏ - ᴋᴜʀᴏsʜɪᴛsᴜᴊɪOnde histórias criam vida. Descubra agora