• seis

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Observo a harmonização da calça jeans com o boddy branco que escolhi, o salto preto fino trás toda uma leveza pra look e combina com a bolsa pequena que escolhi da mesma cor

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Observo a harmonização da calça jeans com o boddy branco que escolhi, o salto preto fino trás toda uma leveza pra look e combina com a bolsa pequena que escolhi da mesma cor. Olho para o espelho e sorrio para a imagem refletida ali, coloco o blazer preto pra finalizar toda a arrumação e por fim jogo um pouco de perfume atrás da minhas orelhas.

Saio do meu quarto com o semblante leve, desço as escadas devagar e na sala de estar encontro meus pais jantando. 

— Vou na cervejaria do padrinho – informo. 

— Vai sozinha? – questiona minha mãe. 

— Com uns amigos – minto — Agora preciso ir para não me atrasar. Amo vocês – é o que digo antes de jogar um beijo no ar e sair pela porta. 

O táxi já me espera na frente de casa, entro no automóvel e em poucos minutos já estou no estabelecimento. 

Entro no estabelecimento com borboletas no estômago e um nervosismo já conhecido por mim espalhado pelo meu corpo, varro meu olhar pelo ambiente e o encontro atrás do balcão concentrado em alguns papéis a sua frente enquanto as mesas se encontram totalmente ocupadas e os garçons rodam o salão de forma frenética. 

Me aproximo do espanhol que até então não tinha notado minha presença.

— Uma mesa por favor.

— A casa está cheia, infelizmente..– começa a proferir as palavras antes de levantar seu olhar e me ver diante dele. 

— Nem pra mim padrinho? 

Ele solta um riso leve quando olha pra mim e meu coração parece se derreter dentro do meu peito. 

O homem da a volta no balcão e vem em minha direção, me dá um abraço apertado. Fecho os olhos sentindo nossos corpos próximos e me concentrando no seu cheiro marcante que ainda é o mesmo de anos atrás. 

— Que ótima surpresa Madah – diz quando nos afastamos. 

— Você não apareceu pra comer meu pudim de morango então me senti na obrigação de vir aqui. 

— Eu tinha muitas coisas para fazer – exclama — Se importa de sentar no balcão? – muda de assunto. 

— Me faria companhia? – retruco. 

O espanhol parece pensar na resposta me deixando ansiosa, começo a bater o pé de forma involuntária enquanto anseio por saber o que irá dizer. 

— Está nervosa? – pergunta me dirigindo o olhar.

— O-oque? – gaguejo — Não. 

— Está batendo o pé, faz isso quando está ansiosa. 

— Fo-foi sem querer – estremeço. 

— Porque está ansiosa?

— Não estou. 

— Me responda Madah – sua voz fica mais ríspida e autoritária me causando arrepios. 

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