• ocho

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— Mãe está chovendo muito e se me lembro bem metade da cidade já deve estar alagada – diz Madah no telefone aparentemente preocupada com a reação da mãe

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— Mãe está chovendo muito e se me lembro bem metade da cidade já deve estar alagada – diz Madah no telefone aparentemente preocupada com a reação da mãe.

— Me de o celular Madah – peço e ela o faz — Oi Cristina, está tudo bem. Ontem ela acabou ficando bêbada e já estava tarde, a trouxe pra minha casa e essa chuva já está quase alagando minha rua.. bem, você conhece o caos que vira essa cidade quando chove.

Vocês?.. – pergunta a mulher apenas com uma palavra e eu já entendo.

Cristina, por Deus, não – nego de imediato —Sabe que depois da sua casa não há outro lugar em que a Madah poderia estar mais segura no mundo do que minha casa.

Esta bem – ela parece finalmente se convencer e se acalmar — Vocês precisam de algo?

Há o suficiente para sobrevivermos a essa chuva, não se preocupe.

Fiquem bem, e por favor cuide dela – é o que me pede antes de eu me despedir e desligar o telefone.

Nesse momento pego o controle da TV ligando-a enquanto me jogo no sofá. Madalena se senta ao meu lado enquanto a repórter aparece em um plantão urgente.
A chuva que acaba de acometer o centro-oeste de Minas Gerais vem fazendo estragos mesmo com tão pouco tempo. A previsão é que ela prevaleça por no mínimo três dias e a indicação é que pessoas que vivem em área de risco evacuem a casa e se dirijam aos alojamentos já disponibilizados pelo governo do estado em cada uma das cidades acometidas pela forte chuva

Nesse momento eu e Madah nos entreolhamos.

— Três dias? – indago.

— Aqui é área de risco? – questiona a garota.

— Não!

— Então estaremos seguros.

— Mas nem roupas você tem aqui – exclamo atordoado — Céus...

— Posso continuar usando suas camisas – afirma — Mas se não quiser que eu fique, posso ir embora.

— Não Madah.. não é isso. Eu vou cuidar de você durante esses dias e tudo continuará sob controle – falo mais para mim mesmo tentando me assegurar  de que todos os limites necessários serão respeitados.

— Então podemos nos divertir enquanto estivermos aqui.

— O-o que você está querendo dizer? – me afasto suavemente da garota.

— Podemos rever álbum de fotos, fazer um jantar gostoso, conversar – diz risonha — O que estava pensando?

— Nada – minto — O que você sugere para o jantar então?

— Eu cozinho e você escolhe a cerveja para harmonizar, que tal?

— Tudo bem – concordo — E a sobremesa?

— Essa deixo pra você escolher.

Concordo com a cabeça e então Madalena puxa um assunto qualquer com a mesma empolgação que sempre carrega dentro de si. E de forma inocente ela move suas pernas colocando uma por cima da outra e um pequeno pedaço do seu bumbum aparece, minhas mãos começam a soar e fico extasiado. Dou uma desculpa qualquer e me levanto correndo até meu quarto em seguida.

Entro no banheiro do cômodo e me olho através do espelho, jogo água em meu rosto mais de uma vez tentando recuperar minha sanidade e minha moral. Volto a olhar-me me enxergando como o pior dos pescadores. A forma com que meu corpo reage a menina é desproporcional a qualquer estímulo que senti nos últimos tempos, sua presença é perigosa para mim e eu estou tentando me conter com todas as armas possíveis, mas ela estar por perto tem me deixado vulnerável de uma forma cruel para minha consciência.

Que tipo de monstruosidade a fera alimenta pela Madah?

Porque diabos essa menina consegue atingir com tanta facilidade meu ponto mais inconsciente?

Saio do banheiro na esperança de ter me restabelecido, volto para sala e de longe a observo coando café. Ela serve nossas xícaras e quando vira para trás e me vê solta um sorriso largo, caminha em minha direção e me entrega uma caneca.

— Café forte do jeito que você gosta padrinho.

Ando estranhando o jeito com que Madah tem servido a mim, a garota sempre foi prestativa para comigo, mas desde ontem tem agido de um jeito exagerado.

— Não é porque está na minha casa que precisa agir como minha empregada – falo dando um gole no líquido escuro em seguida.

— Ué, você não gosta? – parece surpresa.

— Do que exatamente?

— De ser servido.. agradado.

Um tremor se espalha pelo meu corpo e fico estático com o que ela acaba de proferir.

— Do que está falando Madalena?

— Nada, é que sempre gostou das coisas que eu fazia pra você – a jovem parece nervosa e desconcertada com minha reação — Acho que vou... Tomar um banho.

— Madalena? – a chamo e ela continua subindo as escadas sem me dar atenção — Madalena! — a chamo mais uma vez enquanto a garota caminha com pressa ignorando-me — Madalena! – grito dessa vez mas ela corre e desparece do meu campo de visão.

Essa menina está prestes a me deixar louco.

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Alguém aí quer mais um capítulo hoje? 👀

Aproveitem que estou inspirada e engajem muito essa capítulo, votem e comentem muito muito muito que prometo que hoje ainda eu volto mais uma vezzz!!!

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