• dieciséis

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— E então Madalena de 22 anos, o que gostaria de escolher para o jantar? – questiono enquanto observo a garota folheando o cardápio

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— E então Madalena de 22 anos, o que gostaria de escolher para o jantar? – questiono enquanto observo a garota folheando o cardápio.

— Eu gosto de camarão, daqueles grandões – responde animada — Tem risoto de camarão grandão! – exclama atônita com a descoberta, tirando de mim uma gargalhada — Eu quero!

— Dois risotos de camarão VG – faço o pedido direcionado ao garçom — E um Chardonnay pra harmonizar, por favor.

A garota me encara com a pupila dilatada e um sorriso largo no rosto, logo o garçom se reaproxima da nossa mesa com o vinho, me serve para que eu possa provar da bebida e logo depois o instruo a servir a menina também.

— E então Madalena, me fale mais um pouco sobre você – exclamo para ela com um semblante divertido.

— Eu gosto de pop alternativo e meu filme preferido é Interestelar – responde sorridente — Minha cor preferida é rosa e eu adoro ver novela.

— O que mais?

— Prefiro a noite que o dia, gosto de ir tomar café em padarias e adoro comida japonesa – continua — E sou apaixonada pelo meu padrinho desde os meus 15 anos.

— Em algum momento sentiu que era recíproco, Madah? – questiono preocupado — Eu jamais me aproximaria de você quando tinha essa idade, isso que está acontecendo aqui nunca passou pela minha cabeça.

— Eu sei, padrinho – concorda — Eu te amei primeiro, como homem.

— As vezes ainda é difícil pra mim...

— A minha melhor lembrança é de você de terno na minha festa de 15 anos – me interrompe — A gente dançou Ed Sheeran e parecia um sonho.

— Convenhamos que eu fui forçado a isso – retruco — Não tive muita opção de escolha.

— Você poderia dizer não, mas me deixaria triste.

— Te deixar triste nunca foi uma opção.

— Posso te perguntar uma coisa?

— Claro, Madah.

— Agora o que está acontecendo? – questiona encarando-me — Eu sou sua ficante? O que somos?

— Acha mesmo que tenho idade pra ter "ficante"? – questiono sorrindo.

— Então não temos nada? – questiona com o semblante já abatido.

— Madah... é tudo tão novo. Tão forte... porque tem pressa?

— É novo pra você.. eu já vivo isso a 7 anos – retruca com a voz embargada — Mas tudo bem, se não temos nada posso ficar com outras pessoas, certo?

Engulo seco de forma imediata.

— Não é assim também, Madalena.

— Então como é?

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