• siete

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Depois do que visualizei e das conclusões que tirei sozinha meu sono se esvaiu, fiquei o resto da noite pesquisando em meu celular todas as informações possíveis sobre o que encontrei naquela sala obscura que guarda um dos maiores segredos do homem

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Depois do que visualizei e das conclusões que tirei sozinha meu sono se esvaiu, fiquei o resto da noite pesquisando em meu celular todas as informações possíveis sobre o que encontrei naquela sala obscura que guarda um dos maiores segredos do homem.

Submissão.
Dominação.
Sadomasoquismo.
BDSM.

Esses foram os resultados que o site de pesquisas mais me entregou, me arrisquei a ler alguns artigos dos quais entendi pouco considerando os termos que haviam neles dos quais eu nunca tinha ouvido falar. Tudo que li me pareceu estranho, e até um pouco perverso, em contrapartida me senti atraída pela ideia de vivenciar tais experiências.

Imagem do Paco com um chicote na mão começaram a povoar meus pensamentos, minha imaginação fértil foi aguçada pelos desejos latentes e únicos que o espanhol carrega dentro de si. Sorrio sozinha enquanto deixo minha consciência ser invadida por fantasias que eu tratarei te tornar realidade.

Finalmente me levanto da cama e vou em direção ao banheiro presente na suíte do europeu, tomo um banho demorado com um sorriso cravado no rosto me sentindo vitoriosa por ter encontrado meu ponto de partida. Quando saio do banheiro vou até o closet de meu padrinho e pego uma blusa polo qualquer, cheiro a peça de roupa e meu corpo se arrepia inteiro quando seu cheiro marcante invade minhas narinas. Sem pestanejar visto a peça de roupa que em mim parece um vestido, me olho no espelho e rodopio feliz em ver o quanto fico bonita apenas com uma blusa dele cobrindo meu corpo.

Desço as escadas devagar e ele ainda dorme, ando nas pontas dos pés até a cozinha, e começo a preparar o café da manhã de forma silenciosa. Arrumo toda a mesa em seguida e vou em direção ao sofá.

Toco o braço do homem e somente isso é o suficiente pra que ele acorde. Paco esfrega os olhos e ainda bêbado de sono não parece reparar muito em mim, me deseja um bom dia fraco e vai até seu quarto presumo para fazer sua higiene matinal.
Vou até a cozinha e me escoro no balcão esperando-o para enfim nos sentarmos na mesa, após alguns minutos o espanhol chega no cômodo trajado com uma blusa branca simples e uma bermuda bege, assim que me vê parece finalmente me enxergar verdadeiramente, suas pupilas se dilatam e ele parece paralisado, sorrio de lado enquanto Paco continua inerte diante de mim.

— Bom dia padrinho, já fiz o café da manhã.

— Onde estão suas roupas Madah?

— São quase 30° graus e você quer que eu fique de calça jeans a essa hora da manhã? – ele continua sem expressões enquanto caminho até a mesa e me sento — O café vai acabar ficando frio.

O homem enfim caminha até a mesa e se senta na ponta da mesma.

— Não sabia que cozinhava – exclama com a voz ainda embargada tentando trazer naturalidade para a situação.

— Tive que aprender a me virar em São Paulo – afirmo — Mas até que fiz isso muito bem, nunca reclamaram da minha comida.

— Cozinhava muito para seus amigos? – ele parece estar finalmente se acalmando de forma gradativa de acordo com o tom de sua voz que agora está mais leve.

— Não tinha muitos amigos em São Paulo na verdade.

— Então cozinhava pra quem?

— Algumas visitas..

Dirijo o olhar ao meu padrinho e ele a mim, a situação que antes era tensa parece ter se tornado cômica e nós dois começamos a gargalhar.

— Então tinha muitas “visitas” em São Paulo? – questiona com sátira.

— Até que sim, não sou de se jogar fora.

— É difícil assimilar que agora tenho um diálogo como esse com minha Madazita – diz com um sorriso no rosto.

— Sinal que estou crescida, padrinho.

— Eu percebo isso.

— Não parece.

— Porque diz isso Madah?

— Me ver como uma menina te inibe de perceber muitas coisas sobre mim – nesse momento ele me dirige um olhar forte, o mesmo que visualizei ontem em sua cervejaria e isso me causa arrepios.

— Há coisas que o outro não precisa necessariamente saber sobre nós.

— Mas e se eu quiser que o outro saiba? – o lanço um semblante desafiador.

— Nesse caso é você quem precisa lidar com isso – me rebate.

— Não sei se quero.

— Isso não parece saudável Madah.

— Só penso que talvez seja injusto reter em mim algo que talvez possa ser bom para o outro.

— Você só parece estar querendo transferir a responsabilidade de coisas que anseia para outra pessoa.

— Então você parece saber bem do que estou falando. Não é, padrinho?

Nesse momento o silêncio se instaura no ambiente, Paco não me responde e eu fico calada enquanto gradativamente a vergonha começa a se apossar de mim.

— Me-me desculpe – gaguejo — Padrinho eu... Eu..


— Acho melhor eu te levar para casa.

Nesse momento uma trovejada é ouvida por nós, tremo todo meu corpo com medo do som estrondoso que acabará de escapar do céu, nesse mesmo instante o europeu corre até mim e se senta ao meu lado, ele então aninha meu corpo me protegendo do que me amedronta.

— O calor escaldante tinha um motivo, uma chuva exagerada acabou de chegar – fala enquanto me aperta entre seus braços — Ainda com medo de trovão, não é? – não o respondo continuo em silêncio me escondendo dentro de seu abraço — Eu estou aqui, vou proteger você.


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Sei que estou em dívida com vocês. O final de semestre tirou todas as minhas forças pessoal!!

Engajem bastante esse capítulo que PROMETO que hoje ainda tem mais!

🤍

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