• doce

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Acordo de relance e noto que o barulho insistente da chuva já não se faz mais presente, levanto no mesmo instante e corro até a sacada do quarto e um descontentamento toma conta de mim quando percebo que apesar do tempo permanecer nublado a chuva ...

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Acordo de relance e noto que o barulho insistente da chuva já não se faz mais presente, levanto no mesmo instante e corro até a sacada do quarto e um descontentamento toma conta de mim quando percebo que apesar do tempo permanecer nublado a chuva se foi e isso significa que meu tempo de recolhimento ao lado do espanhol está próximo ao fim.

Logo agora que estamos nos aproximando e que ele vem aceitando bem isso, um medo de tudo desmoronar toma conta de mim e eu começo a fantasiar as diversas formas com que ficar longe dele pode resultar em um afastamento da parte do europeu.

Acordei sozinha, olhei pro lado e ele não está ali. Saio do quarto sutilmente e quando chego na sala de estar o vejo esticado no sofá com um lençol fino sob seu corpo, caminho até o europeu e me sento próxima a ele, começo a observa-lo tentando encontrar em seus traços maduros o motivo de sempre fugir de mim assim.

Respiro fundo e me levanto, vou em direção a cozinha e começo a preparar o café da manhã. Preparo toda a mesa com delicadeza e por fim o acordo com gentileza, ele se levanta e de imediato vai fazer suas higienes matinais, o espero em pé do lado da mesa e em poucos minutos o homem já aparece em meu campo de visão.

Sorrio o vendo se aproximar somente com uma samba canção e em seguida escondo meu olhar envergonhada. Ele já próximo de mim ergue meu semblante com o dedo indicador abaixo do meu queixo me forçando a olha-lo outra vez, Paco dá um sorriso sutil e isso é o suficiente para que meu coração se derreta dentro de mim.
O mais velho me dá um beijo na testa de forma carinhosa seguido de um abraço afetuoso.

— Bom dia Senhor, eu fiz o nosso café da manhã – falo enquanto destaco a cadeira localizada na ponta da mesa para que ele se sente — Tem suco natural de laranja, mamão com aveia e alguns bolinhos de chuva.

O espanhol forma um semblante confuso em seu rosto, mas prevaleço em silêncio enquanto ele se senta. Assim que o homem o faz continuo em pé enquanto começo a servi-lo.

— Madalena, sente-se – fala com a voz ríspida.

— Mas Senhor, eu..

— Sente-se agora – ordena e eu o faço imediatamente — O que está acontecendo? – questiona encarando-me.

— Na-nada – gaguejo — Só estou tentando ser uma boa garota.

— Não é sobre isso Madah, nunca foi – o homem respira fundo e seu tom de voz parece finalmente se acalmar — Acabo de me sentir no século XIX com você me servindo dessa forma.

— E não é assim que funciona?

— Não, ao menos não pra mim – ele afirma — Muitos dominantes gostam sim de ser servidos em vários âmbitos, mas eu não – abaixo meu rosto me sentindo envergonhada — Vem aqui, precisamos conversar.

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