Talvez o amor não seja tão ruim - Ohmnanon

♨Casa da vovó♨

▫Número de palavras: 657▪

_______🏵_______

Ohm desperta com uma almofa sendo jogada em seu rosto, Love - sua irmã adotiva - estava com um sorriso travesso ao pé da cama.

- Levanta ou vai atrasar a gente - dito isso a garota joga outra almofada e sai do quarto.

- Hoy sua!.. - Ohm levanta da cama e vai ao banheiro.

Era 01:00 hora da manhã de véspera de ano novo, o pai de Ohm planejava passar o natal com a sua mãe. A mulher de cabelos grisalhos morava em Phucket, era o lugar favorito dos irmãos.

As malas já estavam no carro, a viagem demoraria aproximadamente 11:00 horas até chegarem ao destino. O pai de Ohm esperava do lado de fora enquanto os irmãos desciam as escadas, Love é a primeira a entrar no carro, logo em seguida Ohm e Tongchai entram também, partindo.

Depois de certo tempo na estrada Ohm se oferece para dirigir no lugar do pai, que aceita sem recusar pois o mesmo tinha passado horas no escritório adiantando trabalho para sair com os filhos. Alguns meses atrás Ohm foi recusado por uma paixão de longa data, o deixando deprimido. As únicas coisas que faziam com que se sentisse melhor eram a música e carros.

Desde pequeno Ohm tem um grande interesse por carros devido ao pai ter uma coleção em miniatura de carros antigos como um Ford 29. A música começou no colegial, um clube de música havia aberto a pouco tempo e resolveu experimentar e acabou se apaixonando pela arte.

Love e Tongchai adormeceram boa parte do caminho. Ohm se mantinha de olho na estrada, vez ou outra pensava em como tinha estragado uma amizade de anos por uma paixão. Se sentia um grande idiota e prometeu a si mesmo que nunca mais se apaixonaria - seja um amigo ou não.

Depois de algumas horas Love acorda, os irmãos trocam de lugar e Love dirige, vez ou outra olhando para o irmão, para ver se o mesmo estava bem.

Ohm olhava pela janela, mesmo que não demonstrasse
- fisicamente - Love sabia que o irmão não estava no seu melhor, dava pra ver nos olhos dele, esses que agora acompanhavam a paisagem à fora.

Mais alguns minutos se passaram e Tongchai também acordou. O pai e os irmãos param o carro em uma lanchonete, ainda restavam algumas horas de viagem e Love precisava usar o banheiro.

Depois de lanchar eles voltam para o carro, uma conversa começa entre pai e filha, Ohm estava distraído demais para prestar atenção no assunto.

Algumas horas se passaram e finalmente conseguiram ver a frente da casa, a casa onde os irmãos brincavam e contavam segredos quando crianças.

Na porta da frente uma mulher não muito alta de cabelos grisalhos esperava por eles, Tong é o primeiro a abraçar a mãe sendo seguido pelos filhos que morriam de saudades da velhinha e seus deliciosos pratos.

- Venham, vamos entrando - a mulher dizia enquanto os demais adentravam a casa.

Era um lugar simples mas bonito e arrumado, os irmãos conheciam cada canto daquela casa. Mas sem dúvida o lugar favorito era um pequeno píer que tinha mais a frente.

- Vamos crianças, vou fazer um de seus pratos preferidos.

Ohm e Love adoravam o curry amarelo da avó, e a mais velha sabia disso e tratou de mimar muito os únicos netos que tinha.

Os dois sobem para seu quarto, Love coloca suas roupas em uma parte do armário enquanto Ohm fica parado observando a janela.

- No seu tempo cara - Ohm se vira para irmã, estava meio perdido.

- Ah desculpe - Ohm desfaz as malas colocando as roupas no armário ao lado das de Love.

- Acho que vou a praia, pode avisar o papai? - Ohm se vira para Love.

- Claro, vai lá.

Ohm desce as escadas mas não encontra ninguém no andar de baixo, então só sai pela porta indo em direção ao pequeno píer.

Sentado a beira, ele observa o mar. Estava focado demais que nem percebe quando alguém se aproxima.

_______🏵_______