A rainha Yang-Mi e as outras mulheres nada responderam, e os bebês choraram ao mesmo tempo, assustados. A mãe tentou acalmá-los.
— Não lhes interessa quem somos! – Respondeu o chefe da guarda real do Norte ao comandante japonês. — Somente ordeno que saia do nosso caminho, ou lutaremos! – Ditou irritado e desceu do cavalo.
O nipônico sorriu, e fez menção de desembainhar a espada, mas foi atingido pelo outro homem de forma fatal. Os subordinados do falecido se iraram e partiram para cima dos coreanos com avidez.
As espadas eram como relâmpagos preateados em meio a forte chuva que caía no momento da batalha.
Os homens lutavam bravamente uns contra os outros, e os coreanos estavam em maior vantagem, pois estavam em maior número.
— Mãe – Chamou a Princesa Hwasa, assustada. — O que faremos?
— Não sairemos da carruagem em hipótese alguma! – Ditou a esposa de Chul. — Nossos soldados estão ganhando...
— Senhora –, disse Yarin — Será que as outras mulheres estão bem?
— Espero que sim, Yarin! – Respondeu Yang-Mi, esperançosa.
[...]
— Está chovendo muito! – Comentou Jihyo, dentro de sua casa com o marido. — Tomara que isso não prejudique nossas plantações. – Ela foi até a janela.
Chen riu.
— Fique tranquila, meu amor!
— Você é sempre muito calmo, querido. – Rebateu a mulher. — Isso é bem irritantes às vezes!
— E foi o que lhe fez apaixonar por mim! – Respondeu o homem.
Eles se conheceram há alguns anos, quando Jihyo veio da capital coreana, já que fora expulsa do Palácio do Dragão Prateado por rebelião. O camponês era um viúvo e acolheu a nobre mulher em sua casa. Jihyo lhe contou brevemente o que havia acontecido, e Chen a repreendeu, dizendo que ela poderia ter sido morta por traição. Então, eles se tornaram amigos, e a amizade se transformou em amor. Eles se casaram na primavera de 1319.
Chen se aproximou de Jihyo e a beijou. Ela sorriu e intensificou o beijo, conduzindo-o até os aposentos do casal.
[...]
A chuva havia cessado, assim como a batalha. Apesar da vitória iminente dos coreanos, os japoneses conseguiram virar o jogo. Alguns militares já estavam mortos, restando somente dois soldados (os quais estavam rendidos com espadas inimigas em seus pescoços) que escoltavam as mulheres.
Os nipônicos abriram as carruagens das nobres com violência, e também as renderam. Os bebês choraram.
— Pelos deuses! É ouro que vocês querem? – Questionou Hwasa, irritada, com os movimentos corporais limitados por causa da espada em seu pescoço, e por Agust em seus braços. — Peguem essa merda e nos deixem em paz!
— Me dêem seus bebês! – Respondeu o comandante, sorrindo sádico.
— NÃO! – Gritaram Yang-Mi e Yarin em uníssono. A rainha permaneceu imóvel, com Yoongi em seus braços, protegendo-o. Porém, a serva se levantou e partiu para cima do militar:
— Não faça mal a minha senhora e aos príncipes! – esbravejou.
Seu avanço falhou. O comandante enfiou sua espada abaixo do estômago de Yarin. As mulheres gritaram, atônitas.
— YARIN! – Yang, Hwasa e as outras concubinas correram em direção a serva para socorrê-la.
— Yarin, por favor, fale conosco! – Disse a princesa com lágrimas nos olhos. — Não nos deixe, é uma ordem!
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The Korean Emperor - MYG
FanfictionMin Agust era o segundo na linha de sucessão do trono da Coreia do Sul. O primeiro era seu gêmeo, Min Yoongi, que por um golpe do destino, fora separado de sua verdadeira família e criado como plebeu por um casal camponês de um vilarejo em Busan. An...