Conselheiro Amoroso

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Em Busan, a brisa fresca soprava, balançando as árvores que haviam no vilarejo onde a família Jeon vivia. A rua do comércio estava movimentada, apesar de ser uma manhã num final de semana. Haviam tendas de vendedores de aves, verduras, especiarias... E Jungkook, vendendo seus tecidos. Infelizmente, suas vendas não foram boas. Somente dez clientes compraram seus produtos; muito abaixo da média.

Parecia que suas vendas fluíam de acordo com seu humor: se tudo ia bem na vida pessoal, havia êxito com a clientela. Cansado, e um pouco frustrado, decidiu voltar para casa. "Talvez minha mãe saberia me aconselhar se ainda estivesse aqui", pensou Gukkie enquanto colocava as mercadorias em sua carruagem.

Várias pessoas passavam na rua do comércio, e dentre elas, JK avistou um rosto familiar. Ele começou a correr atrás da mulher misteriosa, porém ela havia sumido. "Além de ter tido um péssimo dia, agora estou tendo alucinações também", pensou entretido. Jungkook balançou a cabeça, afastando os pensamentos. O comerciante pegou as rédeas e a bateu nos lombos do cavalo, voltando para casa.

[...]

Taehyung, depois da audiência com o Rei, pediu a Hoseok, o qual lhe serviu uma bebida, para que um eunuco chamasse Nabi no harém.

— Ah, é você... – Park Jimin olhou para o auxiliar de Jin com certo desprezo. "Será que o senhor Agust se sentia assim em relação à senhorita Haeun?", pensou Hoseok. — O que quer? – Perguntou o ruivo.

— O General Kim pediu para chamar a Sra. Nabi... – Respondeu o cozinheiro um pouco vacilante. Ele não esperou a resposta do outro rapaz e se virou em direção a saída. Jung se deteve e tornou para Jimin: — Só queria dizer uma coisa: não sei o porquê você se comporta dessa maneira, mas eu não tenho culpa se você odeia o mundo todo. Um fim pode ser o começo de outro ciclo, sabia? – O mais velho saiu andando, e bufou.

Ao chegar na cozinha, ele confidenciou tudo isso a Seokjin, que sorriu com a irritação do amigo mais novo.

— Se eu não te conhecesse – Disse Jin, mexendo freneticamente uma panela com molho de tomate e alecrins — Diria que está interessado no servo da futura Imperatriz!

Hoseok colocou a mão na altura do coração, chocado com a provocação do mais velho.

— Pelos deuses! É claro que não, Jin – Ele se virou, lavando as mãos para preparar a salada de alface para a refeição noturna dos Soberanos.

[...]

— Meu amor, tenho uma notícia para lhe dar! – Disse Taehyung, segurando as mãos da noiva, Nabi, que sorriu. — Nosso casamento será no mesmo dia que de Agust e Haeun – Ele também sorriu. — Então, terei de adiar minha ida a Busan. – Ele usou um tom de desculpas.

Nabi acariciou o rosto do noivo:

— Sem problemas, meu Tata! O importante é que daqui algumas luas seremos marido e mulher. – Ela selou os lábios do General levemente. — Esperei muitos anos por isso! – Uma única lágrima insistia em cair de seus olhos, que logo foi secada pelo polegar de Taehyung.

— Agora nada poderá nos separar... – Ele mudou de assunto repentinamente: — Quer fazer um passeio hoje? O Soberano deu folga para mim e Namjoon.

[...]

Hwasa estava empolgada (e um pouco triste também) com os preparativos do casamento de seu irmão. A esposa de Namjoon estava em seus aposentos com o chefe da guarda real, escolhendo um de seus vestidos para a cerimônia. Na ausência de Yoongi, Chul e Yang-Mi, ela, sendo a irmã mais velha, celebraria o enlace.

Ela retirava alguns trajes de seu baú dourado – um era dela, e outro de seu marido – e mostrava-os a Namjoon. Ela retirou três hanboks: um dourado, outro azul, e um branco, o qual pertenceu à sua mãe.

— O que acha desse, querido? – Perguntou, encostando a peça ao corpo.

— Sabe que você fica bem em qualquer traje, não é? – Respondeu Namjoon, sentado na cama, com os cotovelos apoiados nas pernas. Ele estava sem a armadura, e vestia um hanbok escuro no lugar. Agora ele se levantou e a olhou mais intensamente: — E sem eles também! – e beijou o rosto da esposa, que corou. Em outra situação, ela avançaria no marido e o beijaria ferozmente. Hwasa apenas sorriu, largou o vestido e abraçou Namjoon, que sentiu uma umidade na altura do peito.

— Por que está chorando, minha Princesa? – Ele a fez olhá-lo.

— Eles crescem tão rápido, não é? – Soluçou. O militar não soube dizer se a nobre estava se referindo a Hyuna, ou a Agust.

— Sim... – Ele acariciou os cabelos da esposa. — Isso faz parte da vida, meu amor! Lembro que sua mãe também se sentiu assim quando nos casamos – Namjoon riu ao se lembrar da falecida sogra, e se sentaram. Yang-Mi chorou muito na cerimônia de casamento de Namjoon e Hwasa. Mesmo estando em guerra com o Japão na época, ela fez questão de que o evento fosse celebrado.

— Tem razão! – A mulher percebera que era mais parecida com sua mãe do que imaginava.

— Sei que desde a morte de seus pais, pegamos a responsabilidade de cuidar do Agust para nós, e especialmente você, a cumpriu com maestria! Agora, temos de deixar meu cunhado andar com as próprias pernas – Explicou o militar. — E outra, Agust não vai embora, como Hyuna – Riu. — Ele apenas vai se casar, e tenho certeza de que Haeun cuidará bem do nosso Imperador, assim como Chung-hee cuidará de nossa filha!

— Tem razão, meu marido! – Suspirou, com a cabeça apoiada no ombro dele. — Pensarei mais em nós! – O beijou.

Ele assentiu.

— Respondendo à sua pergunta – Disse Namjoon depois de um tempo — Use o dourado, você fica linda com essa cor!

[...]

Mais tarde, em Busan...

O clima na casa dos Jeon não estava dos melhores, pelo menos entre Jungkook e Ji-eun. Estavam Mira, Gukie, IU, Duck-young e Yong-sun na mesa de jantar. Todos estavam rindo e interagindo entre si, menos a adivinha e o comerciante, pelo menos não diretamente. Então, o príncipe perdido e sua sobrinha eram oos mediadores entre o casal mal resolvido.

— Esse peru está ótimo! – Elogiou Duck-young de boca cheia, o que fez Solar rir.

— Parabéns, Ji-eun! – Disse ela, com um sorriso amarelo. Pois quando IU chegou com JK para servir aos Jeon, Solar não gostou da moça a princípio, pois ainda amava o mais novo, e até a evitava. Agora, até se davam bem.

— Obrigada, Solar! – Ji-eun retribuiu o sorriso, só que mais espontâneo. Enquanto isso, Jungkook apenas a olhava de soslaio e quando percebia que ela estava olhando, fitava seu prato.

Depois de um tempo, todos terminaram a refeição e as mulheres, juntamente com Mira foram limpar a cozinha, deixando Duck e Gukie a sós.

— Pode me explicar o que está acontecendo entre vocês dois? – O mais velho perguntou, entredentes, e o comerciante lhe contou o ocorrido. — Vocês são tão complicados... – Apenas disse, em tom de superioridade. — Está na cara que vocês se amam! Até Mira sabe disso, ela é louca para que IU se torne a nova mãe dela – Os irmãos riram.

— Então, o que devo fazer, ó grande conselheiro amoroso? – JK lhe reverenciou, ironicamente, e Duck-young ignorou sua provocação.

— Apenas... Dê um tempo a ela e a ignore. – Deu de ombros, simplista.

— Acha que isso realmente vai funcionar?

— Comigo nunca falhou...

Enquanto isso, na cozinha, Solar aconselhou a mesma coisa a Ji-eun.

The Korean Emperor - MYGOnde histórias criam vida. Descubra agora