Cap 15

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não posso falar com ele, não estou pronta, eu acho, o que faço, como é suposto eu não gostar dele? 

eu subi as escadas o mais rápido que pude, entrei no quarto e fechei a porta, não queria chorar mas parece que as minhas lágrimas não ouvem os meus pedidos, a respiração ofegante começa a fazer se o som mais alto, existente no quarto, as paredes grandes agora parecem pequenas, de repente eu sou pequena, não sei o que fazer, me odeio por isso? talvez sim, mas e se isso for o certo? 

porquê, porquê o miya, e porquê eu?

já nem sei que horas são mas sei que corri de casa pra fora, com os meus pés a correr o mais rápido possível, queria escapar desta realidade, não tenho ninguém para falar do que eu sinto a não ser os rapazes, e não quero que eles me vejam como fraca, simplesmente gostava de me integrar na vida normal de adolescente, bom algumas vezes, não sei, odeio, que raiva, sei perfeitamente que metade daquelas garotas não sabem o que é ser importante para alguém, ou que não têm amigos para dizerem nada, no fundo acho as garotas e garotos da escola muito interesseiros.

*pensamento de sn (pesado)* (como a autora se sente)

todos os dias são o cumulo da desorganização, crianças correm para cá, pra lá, tudo acontece, porquê? não sei, acho que no fundo somos todos importantes para quem se importa connosco, não, de todo não estou a insinuar que vocês não são importantes, acho que para os nossos pais somos todos importantes, pelo menos até não fazermos alguma merda, gostava de me integrar no bando de pré adolescentes perfeitos, com vidas perfeitas, amigos perfeitos, uma vida linda cheia de cor, cheia de tudo o que eles querem, eles não sabem o que é a felicidade, eles acham que é comprar o ténis ou o telemóvel mais caro do mercado, e da moda. 

sei que devia me sentir como eles, uma sortuda por ter um sitio para viver, comida na mesa, uma vida pelo menos, mas na verdade só me sinto culpada, culpada por ter sido o fruto da minha própria desgraça.

acho que o que sentimos não pode ser ignorado, devemos aproveitar, mas não criar um mudo sem problemas quando eles existem, devemos poder curtir a vida pelo menos até crescermos e ter-mos de procurar emprego para ganhar dinheiro, uma casa, mas eu fui insegura, fraca talvez? 

talvez as duas, não sei se existe um significado para felicidade ou perfeição, mas sei que esse não somos nós, por acaso alguém manda msg quando precisamos?, alguém é a pessoa que não tem problemas?, alguém é a pessoa que não se sente culpada?, sei que muita gente nega para fazer parte da sociedade perfeita, mas a verdade é que por de trás dessa perfeição á um monte de buracos, onde as pessoas se afundam, e eu gostava de ser aceite e conseguir me sentir acolhida, mas não sou, nunca fui, acho que nunca gostaram de mim onde quer que estivesse, acho que nunca fiz parte desta sociedade, nunca fui amada como devia.

sei que os meus pais me amavam, e me amam, a minha mãe, espero que tenha encontrado o caminho certo, para seguir a vida, espero que ela esteja feliz onde quer que estiver, o meu pai, espero que demore mais em frança, e eu espero não ter feito a escolha errada, outra vez.

sempre me disseram que errar é humano mas eu acho que eu não sou essa humana, porque eu sempre erro, eu sempre faço a escolha errada, eu sempre sou eu, estragando tudo.

começou a chover, a chover muito, eu não faço a mínima do que fazer, estou a correr sem sentido algum do que estou a fazer, sei que escolhi deixar o skate porque isso que me meteu nisto, sei que não quero voltar a subir numa prancha de skate. Estou sem telemovel, sem carteira, sem praticamente nada, só tenho o meu sweat vestido, e umas calças de fato treino largas, os meus ténis, e umas meias, pequenas, eu, embora a chuva, ão paro de correr, estou encharcada, tou me a lixar para a puta da vida, ela que vá pelos caralhos, só quero ser livre, escolher o certo, sei que o meu choro é devido ao forte pensamento que me ocorre agora, não são finas as minhas lágrimas, são grandes, são gordas, são... as lágrimas que queria deitar á muito tempo, as lágrimas que por mais de todas as noites a chorar, nunca conseguiram o momento certo, mas agora eu só corro, sem rumo, até onde deus me levar, até onde se a minha morte depender deste momento, que seja, continuo confusa sobre tudo o que passo, sobre tudo o que penso, nem sei como acumulo estas coisas, nem sei como consegui entender um sentimento, quer dizer, não sei se é, não conheço ninguém que me possa ajudar em relação a como saber isso, de todas as pessoas a quem perguntei, tudo confirma que gosto dele, mas e se me enganar outra vez?

será que sairei magoada? mas de verdade? 

**

paro, olho para a estrada que de momento se encontra a poucos centímetros dos meus pés, olho para a rua, tento identificar se conheço o local onde estou, vejo um café, não tenho dinheiro, realmente estou com alguma fome, rodo os olhos, eles se encontram com uma placa "rua das sakuras", é o que diz, identifico onde estou, não venho muito aqui, até porque é bastante longe da minha casa e raramente venho aqui, por outro lado, o langa vem cá muito, e o reki, a escola deles é um pouco mais perto desta rua do que a minha, eu passeia quando vinha, corri muito, me pergunto como, a florista do shadow não fica muito longe, fico a pensar por segundos, será boa ideia ir lá? 

não sei, esfrego os olhos, olho para a mão, o rímel antes aplicado pela nanako saiu, devo de estar linda, mas tou nem aí, será que..... talvez é boa ideia, me dirijo á florista do shadow, corri o suficiente, por isso opto por ir apé, já é de noite, não sei quanto tempo estive a correr, mas o suficiente para ter saido antes do por do sol.

**

chego na florista, quer dizer, estou encostada na esquina, para pensar se é realmente boa ideia, eu vou.

ando calma até á porta, eles estavam a fechar.

sn que raio? que se passa, o que aconteceu, espera eu vou buscar uma toalha -- foram as únicas palavras que saíram da boca do shadow assim que apareci na porta da florista.

ele me deu uma toalha e eu fiquei calada, ele disse que me levava a casa, e assim fez, ele me levou.

entrei no apartamento, atendido por nanako, que me olhava preocupada, o shadow fez o favor de ligar lhe no caminho á vinda, nanako estava branca, mais branca do que já é, estava com tanto medo, o reki estava em casa também, estavam á minha procura, ficaram chocados quando entrei naquele estado.

vai tomar banho querida -- disse nanako, tentando controlar o seu tom de voz -- eu depois levo te um chá

ficamos preocupados sn -- reki diz, ele olhou para a minha cara que estava parecia um zumbi.

(desculpem o vocabulário calão usado neste cap, meio que o usei para me expressar um pouco, não me sinto bem e escrever me ajuda, não têm nada haver com os meus problemas eu sei, mas só gostava de deixar claro que não gosto muito do vocabulário que usei neste cap, foi só um 1/5 do que realmente acontece comigo, bjs até á próxima)

não és melhor que eu (miya x sn)Onde histórias criam vida. Descubra agora