Cap17

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se passou um mês

me retirei totalmente do grupo da S, não toquei no meu skate como prometido, o meu pai voltou, ele tá preocupado comigo, diz que mal como, mal durmo, e ando viciada em medicamentos.

eu apenas tomo um calmante de vez em quando, só quando penso no miya e no quanto eu me sinto apaixonada, adorava a companhia dele, sempre me fazia rir, não sei, simplesmente era uma "droga" uma droga para a minha felicidade, mas eu me preferi afastar, sinto me insegura, e se ele gostar de mim e me pedir em namoro?

a ultima vez que namorei não foi um namoro, e se eu. e se eu não souber namorar? e se eu perder o interesse? e se e se e se?

demasiados "e se", mas a realidade é.... e se., sinto me profundamente insegura em relação a isso, mas continuando onde tava.

eu como, ou tenho me esforçado para isso, nao sei se, se lembram de eu dizer que a comida me custava a entrar, pois ela agora custa a entrar, mais do que antes, e dormir? claro que durmo, mas tenho tido alguns pesadelos com o pablo, demasiados para ser sincera, ele anda bizarro, deixei de usar o colar que ele me deu pq sentia me... sei lá explicar. com uma má energia. não gosto de más energias, por isso deitei fora o colar, porque até em casa, ele estava numa coisinha para colares/aneis/ bijuteria e tanto a nanako quanto o meu pai diziam que não se sentiam tão bem quando lá estavam, então o colar foi para o lixo, literalmente.

tou a sair de casa agora, por isso já continuo a narrar.

bom.. as coisas não mudaram muito, a não ser mesmo que eu me afastei.

**

primeira aula, estou cansada, o meu sorriso sumiu de vez, acho que ele não era tão importante assim; tiro os meus matérias da mochila, colocando os sobre a mesa, abrindo o caderno e começando a apontar o que a stora passava no quadro.

:mal sabia ela o que vinha a seguir:

**

assim que acabou a aula saímos da sala, e alguém me puxou.

sn preciso falar contigo -- foi o que o pablo disse me agarrando nos pulsos-- olha, não te assustes -- claro que não, apenas me agarraram os pulsos, puxaram para um "beco " aqui de um corredor da escola e não me devia assustar? -- eu ando a pensar demais em ti, o teu sorriso desaparecido me tem deixado triste, sei que o miya te magoou, e eu trato dele se me deixares mas a ti eu não posso deixar, eu preciso de ti, preciso de conseguir recuperar o sorriso que te falta, sn por favor, eu te amo tanto por favor aceita ser minha.

quê?? pablo, desculpa, acho te um miúdo incrivel, e tás a aleijar me -- a cada palavra que dizia ele apertava mais os meus pulsos -- mas não é isso que eu sinto por ti, desculpa mas eu não o consigo sentir por ti

ele apertou os meus pulsos com força

eu sabia, quer dizer achava que estava a conseguir, amanhã não vais ouvir mais falar de mim, quanto ao miya, eu farei algo, mas não será da tua conta isso, já agora, não comentes isto com ninguém, se eu souber que o fizeste, vais acabar como a tua mãe -- ele disse apertando mais os meus pulsos e empurrando me, dando por finalizar, virando e saindo

eu tinha os meus pulsos demasiado vermelhos, doíam me demais, assim que ele saiu, eu saí, e corri para a casa de banho (banheiro), eu fui para a ultima cabine, fechei a porta e me sentei no chão, estava a chorar, muito, demais para o normal.

como começou a estação fria, eu tinha um casaco, lá tinha um xizacto, eu estava tão mal, eu queria parar de chorar a qualquer custo, portanto começei a fazer um corte pequenino na minha perna, onde a saia tapasse assim que eu levantasse, fiz um, outro, e mais uns até conseguir parar de chorar.

estava com a perna um pouco sangrenta, tirei papel e saí do banheiro, fui fechar a porta principal de lá para ver se não vinha ninguém, peguei o papel, abri a torneira e molhei o papel, passando na minha perda parando o sangue

após o sangue tar limpo, peguei em mais papel e "colei" na perna, para secar e estancar o sangue.

voltei para a aula me desculpando pelo atraso, sentei me e abri o caderno.

passei as lições, com cuidado para os meus pulsos não sairem do meu casaco, um pouco dificil, mas sempre prestava atenção neles.

mudamos de aula, era turnos, 45 matemática e os outros 45 minutos de ciencias, eu já tinha os meus manuais em cima da mesa, enquanto o miya os precisou tirar.

ao tirar os manuais miya fez um gesto, as canetas vieram para o meu lado fazendo me mexer com o xoque repentino, os meus pulsos foram por momentos vistos por miya, pelo que pensei, espero estar enganada.

..... ahhh desculpa sn -- disse ele

não tem mal-- digo meio triste/seca

bom não houve muito mais dialogo, continuo a aula, passei apontamentos, exercicios, o comum de uma aula, quando tocou para o intrevalo.

eu estava saindo da sala, me dirigindo ao banheiro para continuar os cortes, tinha parado de chorar, mas a dor ainda ali estava.

------ miya -------

ela estava a sair da sala, eu vi os pulsos dela, gostava de saber o que aconteceu com ela, eu preocupo me com ela, mesmo que ela me queira afastar, eu continuo preocupado com o seu bem estar, ela não voltou a sorrir, ela não voltou a falar muito comigo, mas eu continuo a preocupar me com ela, claramente não demonstro esta preocupação com o reki ou o langa, nem tão pouco com os outros, em casa eu mostro um pouco mais ao meu pai, ou á minha mãe, mas não é nem metade do que eu preciso dizer, do que eu preciso pensar, dói me vê-la assim.

eu agarrei o ombro dela á saida da sala, ela se virou e parecia assustada por lhe ter tocado, como se alguém lhe tivesse feito mal.

sn, posso falar contigo? -- ela parece em transe mental sla?

sim claro -- ela responde baixo com os olhos assustados 

eu saí do pavilhão com ela, fomos para a rua, para um espaço mais sozinho, ela sentir se ia bem ali, ela ia lá muito, o espaço era mais natural, havia um banco e algumas arvores, flores, um sitio calmo.




não és melhor que eu (miya x sn)Onde histórias criam vida. Descubra agora