Capítulo 12

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De todas as ferramentas que os meninos estavam segurando, Hana só reconheceu a tesoura e alguns baldes de tinta, não parecia ser uma das melhores horas, nem um dos melhores momentos.


Kisaki e Hina andavam um ao lado do outro, ele pagou uma casquinha e sorria ao ver Hina melar o nariz ao encostar no sorvete.


—Pare de rir.


—Não consigo, pare de se melar que eu paro.

—Rum.—Hina faz um pequeno barulho com a boca e soca a barriga do Kisaki enquanto anda na frente.


—Ah, não fique brava… Que tal jogarmos lá em casa ?

—Jogar?

—Sim, jogos de tabuleiro, gosta?


—Gosto!


A menina vibrou enquanto sorria, Kisaki a guiou até sua casa. Os passos curtos, fazendo ecoar todo o cômodo da entrada sinalizando que não tinha ninguém em casa, o menino deu um suspiro e adentrou a casa.

—Ei Kisaki, não me deixe sozinha aqui não.

Hina ficou na porta, não podia imaginar o quão grande era a casa do garoto, já que não conseguia ver o fim com seus olhos. Além disso, o toque antigo da casa insinuava que a família já morava ali a muito tempo, as pilastras de madeira que sustentavam a parte de cima da casa, o chão estilo madeira. Enfim, a cor alaranjada brilhava na sala.


Hina cansada de esperar o amigo, caminhou até o extenso corredor, havia várias portas, não ousou bater em nenhuma, ela só chamou o nome do Kisaki várias vezes, mas nenhum foi respondido.

Virou as costas já para voltar para a porta e se deu com o Kisaki a olhando com o tabuleiro de xadrez na mão, ela ficou um tempo parada enquanto processava o susto que havia levado, mas logo correu até o menino.

—Não faça isso. —Hinata diz cruzando os braços.

—Isso o que?

—Não me deixe sozinha aqui.

—Não está nos meus planos para o futuro lhe deixar sozinha. —Ele ajeitou o óculos.


Kisaki pegou uma mesa de centro em forma circular, pôs no chão e sentou de frente para a menina abrindo a maleta de xadrez. Montou o tabuleiro deixando as peças posicionadas em seus lugares.


E assim se deu início ao jogo.


{...}

Hana estava no ombro de um dos meninos que a segurava enquanto ela se debatia.

—Tenho que voltar para casa, por favor me soltem. —Hana dava pequenos murros ali nas costas.


—Me desculpe, mas a Emi pagou uma grana preta para te assustar.


—Vocês já fizeram isso, por favor, só me deixe ir… Souya….

—Não adianta chamar o azulzinho, eu iria derrotá-lo fácil. —O menino que a segurava diz com um tom sarcástico.

—SOUYAAAA. — Hana continuou gritando até chegar no galpão.

O menino alto jogou Hana na cadeira de ferro, ela ficou sentada, olhou para os lados mas tudo em volta era uma longa parede de ferro junto com alguns containers.


—Não tem como fugir... Não adianta olhar para os lados. —Um menino moreno sorriu de lado.

—Olha Hana, não temos nada contra você, mas dinheiro não podemos negar…— O mesmo menino alto e loiro que vinha lhe carregando nos braços respondeu ríspido.

𝐈𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐭𝐲~ Smiley & AngryOnde histórias criam vida. Descubra agora