capítulo 21

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-Nahoya, eu já disse para não fazer isso.- Ela o abraça entre risos.

Nahoya faz um pouco de cócegas na garota e depois se deita sobre o corpo dela. Tirando a pequena mecha de cabelo que insistia em ficar na frente do rosto, o Kawata olha fixamente para Hana.

-Tenho uma surpresa para você, precisamos ir cedo ou você vai reclamar que não teve tempo o suficiente.

-Se for mais um de seus joguinhos, Nahoya Kawata, eu irei matá-lo.

Ele ri, mas se levanta indo em direção ao banheiro que havia no quarto.

-Tudo bem se eu tomar um banho antes de sairmos ?- O menino fala como se precisasse de permissão.

-Você toma banho aí quase todo dia e ainda pergunta?

Hana se espreguiça, saindo da cama e olhando para o vasto guarda roupa para se decidir o que usar, por fim optou por uma blusa preta longa que roubou de Nahoya e um short jeans. Será que Hanma ficaria com raiva ? Ela disse que sairia com ele hoje, mas ela mesmo deixou o problema para tratar depois.

Se dirigiu ao banheiro para pentear o cabelo na frente do espelho, a parte em que Nahoya estava tomando banho era em uma banheira, mas não a ligou, também tinha chuveiro, usando esse último para se lavar, e por causa da grande cortina verde, eles não se viam enquanto utilizavam o mesmo banheiro.

-É seu esse celular que está carregando aqui?- Hana pergunta um pouco confusa.

-Não, meu celular tá no móvel do lado da sua cama.-Nahoya responde.

-Acho que é da minha mãe, mas ela teria visto a gente dormindo junto se tivesse colocado o celular aqui, e agora ?

-Acho que eu estaria morto agora se ela tivesse visto.- Nahoya começa a lavar o cabelo sem dar muita atenção à conversa.

Fazia sentido, sua mãe poderia não estar enxergando bem por causa do escuro da noite, ou só colocou pra carregar mais cedo e não notou.

E como um aviso do universo sua mãe bate na porta do banheiro.

-Hana, Meu celular tá no seu banheiro ?

-Ah, eu tô no chuveiro, mãe.

Hana se jogou para dentro da banheira, onde Nahoya estava, mesmo um pouco afastada da água ainda assim se molhava, ela fechou a cortina rápido e fixou os olhos no rosto de Nahoya tampando sua boca para que nenhuma risada saísse dali, ele particularmente adorava essas situações de adrenalina e suspense.

Naomi abriu a porta sem mais delongas e pegou o celular.

-Eu estava saindo com seu pai quando percebi que não estava com ele.-Ela sorriu.-Droga, acho que deixei ele mal apoiado, não estava carregando.

-Eu não posso mesmo falar mãe, eu tô com shampoo na boca.

-Tá bom, estou indo, até mais tarde.

Hana suspira pesado tirando a mão da boca de Nahoya, e quando ele se vira, ela olha para baixo, mas volta o olhar rapidamente quando ele olha para trás.

-Quer dividir a toalha também?

-Esquece.

Hana sai do banheiro se enxugando com a toalha que o Nahoya pegou. Depois de se secar foi até o armário pegar outra e estendeu no ferrinho do box.

Hana termina de pentear o cabelo e se troca no quarto. Quando Nahoya sai do banheiro ele já está vestido, mas toda a sua camisa está molhada por causa do cabelo mal seco, que pinga sem parar graças aos cachos.

-Eu conheço essa blusa.- ele aponta na direção de Hana.

-Ah, eu roubei ela há um tempinho atrás. - Hana sorriu mandando um beijinho no ar, enquanto Nahoya a olhava incrédulo.


A casa estava sem ninguém, sua mãe tinha saído com seu pai e Hana agora só se encontrava na presença de Nahoya, que aproveitou a deixa para ir na cozinha fazer um café da manhã pros dois.

Geleia de uva e pão de forma estavam postos a mesa, ovos, bacon e suco de laranja também completavam a mesa que parecia muito abundante para somente duas pessoas. Hana advertiu Nahoya sobre a quantidade, mas ele só retrucou falando que não iria estragar nada, que aquilo ali só dava para ele.

Depois de um "pequeno" café da manhã, os dois foram até Shibuya, antigo bairro onde Hana morava, para rever amigos.

Não fazia muito tempo que Hana viu Kisaki e Hina, estes a viam toda semana. Kisaki vinha para a casa de Hanma e eles passavam o dia conversando, e Hina visitava Hana e a mesma ia pra cidade com a Hina, então era comum se verem.

Mas Hana não entendeu quando Nahoya parou a moto na frente da casa dele, e ele pediu para tapar os olhos dela. Era uma brincadeira que Nahoya fazia muito, e ela odiava isso.

-Sério isso Nahoya ? -Falou com desgosto quando sentiu a palma fria sobre os seus olhos.

-Vai por mim bebê, você vai amar essa surpresa, preparei especialmente para você.

-Eu odeio suas surpresas.

Hana seguiu Nahoya que lhe falava sobre onde devia pisar ou não até parar, tudo ficou em silêncio.

-Não abra os olhos, amor.

Ele tirou sua mão gelada e caminhou... como uma boa desafiante, Hana continuou com os olhos fechados, mas havia 5 minutos que Nahoya não voltava, e tudo estava em silêncio.

-Nahoya ?- Ela chamou sem resposta.- Nahoya, sério, cadê você?!

...

-Eu vou abrir os olhos se você não aparecer em 2 minutos.

...

-Nahoy...

As mãos voltaram para os olhos de Hana, só que dessa vez calorosas e macias.

-Nahoya, onde você botou suas mãos? - Perguntou curiosa.- Eu queria abrir meus olhos, já posso ?

...


Silêncio.


As mãos foram saindo e Hana olhou para trás, abrindo os olhos, viu Souya, ele que estava cobrindo seus olhos, depois de 6 anos ela finalmente o reencontra.

-Bom te vê... Hana.


Notas da autora.

Quero me aposentar, posso?


𝐈𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐭𝐲~ Smiley & AngryOnde histórias criam vida. Descubra agora