Capítulo 23

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Passaram-se 3 meses desde a volta de Souya. 

O pai de Hana, Hayato, passava noites sem dormir em casa, só dormia quando queria, tinha assumido a amante. Porém, Naomi, mãe de Hana, fingia que nada estava acontecendo, como estava desempregada e tinha uma filha, ela resolveu fingir que seu casamento não estava desmoronando, fez ouvidos surdos e começou a passar pano para tudo que o Hayato fazia.

Hana ficava mais rebelde com toda essa situação, Nahoya dormia quase todos os dias com ela, e a levava para os encontros da Toman sempre que tinha. 

Baji queria que Hana entrasse na Toman e se juntasse à sua divisão, mas Hana não tinha nenhum interesse neles. Ela fez amizade com Emma, irmã de Mikey e começou a sair muito com ela. 

Mas não estava com Emma agora, estava com Hina, ela estava muito deprimida, chorava muito e não queria conversar com Hana.

—Desembucha logo, o que aconteceu?— Hana já estava sem paciência.

—Hana… Kisaki se declarou pra mim. —Ela respondia com voz de choro.—Hana… Eu gosto do Takemichi… 

—Hina…

—Mas eu não queria acabar minha amizade com o Kisaki, eu não gosto dele desse jeito… Eu disse que gostava de outra pessoa, e que não podíamos mais ser amigos…

Hana estava muito triste pela amiga ter perdido uma amizade, mas talvez estivesse mais triste por Kisaki, ela sabe que o amigo gosta de Hina desde quando viraram amigos e que ele não deve estar nada bem agora.

—Fique com quem gosta. —Hana segura a mão de Hina.— Já declarou seus sentimentos para o Takemichi?

—Na verdade… já estamos namorando.—Hina sorri enquanto enrola a ponta do cabelo no dedo.

Hina conta como aconteceu o pedido de namoro, e diz que gosta de estar com o Takemichi, porém, também afirma estar preocupada por Mickey tê-lo chamado para entrar na gangue.

—Mas ele quer estar na gangue ? Eu poderia conversar com o Mickey e…

Hina interrompe.

—Não! Takemichi me disse que é uma vontade dele. Não vou interferir.

Hana confirma e sente sua amiga deitar-se em seu colo. Depois de alguns minutos de carinho, Hana começa a conversar novamente.

—Hina… Nahoya está um pouco diferente, ele não parece tão feliz como éramos no começo, não sei o que está acontecendo… E Souya…  Ele não está muito próximo desde que comecei a namorar seu irmão. Minha mãe está em um casamento de merda e eu não sei o que fazer. —Hana ousa respirar e fecha os olhos.— Além disso tem nossa amizade, com você sem falar com kisaki, tenho medo que todos nós comecem a se afastar… Ah e o Nahoya ele, bem… ele fez…  

Hana olha para baixo e vê que Hina havia dormido em seu colo, então para de falar e a ajeita na cama. Não  podia ficar, tinha que voltar para casa. 

Na volta para casa começa a chover fortíssimo, o deságue era muito grande, e Hana não conseguia enxergar direito então estava procurando um lugar para esperar a chuva estiar quando um dos moradores da área abriu o portão.

Se era o destino ou Deus, Hana não sabia, mas Baji sorriu quando a viu agarrando seus próprios braços por causa do frio. 

Baji sorriu com escárnio antes de dizer…

—Você até que é bonitinha, mas assim, parece o patinho feio.

Hana fez um bico e se aproximou dele dividindo o mesmo guarda-chuva. 

—Eu ia no mercado.— Continua…— Mas acho melhor levá-la para dentro antes que adoeça. 

Baji entra com Hana em sua casa, ele morava só com sua mãe, ele abre a porta da sala e tira a sandália ficando de meia, desliza pela sala de chão de madeira polida.

—Pode entrar. 

Hana agradece e tira os sapatos, a casa estava bem organizada, era simples mas era aconchegante e acolhedora, os pilastras na cor amadeirado, bem amarelinho, transmitia a casa um calor de um verdadeiro lar.

Quando uma mulher de avental, morena aparece enxugando as mãos em um pano, ela começa a perguntar por que Baji voltou até ver Hana na entrada da casa.

—Nossa, bichinha, não tem lugar para ficar agora na chuva ? É uma desabrigada ? Pedinte ? Quer uma cesta básica? Um jantar ?

Baji solta uma gargalhada e parece não conseguir controlá-la antes de virar para sua mãe e dizer…

—Ela é minha amiga, Mãe, só não foi bom o caminho até aqui.— fala com dificuldade sentindo a barriga doer de tanto rir.

—Oh, Mil desculpas, eu não sabia que… É que Baji nunca trouxe uma amiga e… Me desculpe… vou preparar algo… Baji, leve-a para seu quarto e dê uma toalha para ela. 

—Muito obrigada senhora Keisuke, mas eu não preciso de nada, só quero esperar a chuva dar uma melhorada antes de eu ir. —Hana sorri e bate os dentes de frio

—Nada disso, Baji, leve-a para seu quarto e faça como mandei. E ligue o aquecedor para essa menina. 

Hana percebeu que debater seria uma disputa desnecessária, então seguiu Baji até seu quarto. Seria incomum uma garota entrar em um quarto de outro homem se não o do seu namorado? Essa questão que se passava na cabeça dela, mas já estava ali, passando uma em seu rosto, no quarto de Baji Keisuke.


NOTAS DA AUTORA

Gente, sei estou sumida, mas agora que é fim de ano, férias de um semestre sofrido, juro que vou escrever com frequência.

Atenciosamente: Juhpiter

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⏰ Última atualização: Oct 19, 2023 ⏰

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𝐈𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐭𝐲~ Smiley & AngryOnde histórias criam vida. Descubra agora