Capítulo 13

3K 361 88
                                    


Sentindo um peso nas costas, Nahoya seguia até os fundos do galpão procurando qualquer coisa que pudesse usar para limpar Hana. Achou algum tipo de lavanderia. Pôs a garota em pé de frente a lavanderia e abaixou sua cabeça, tirando toda a tinta de seu cabelo.

O Kawata achou que com a água a ruiva acordaria, mas estava enganado, não importa quantas vezes passasse suas mãos entre os fios extensos que aumentavam conforme a água, Hana não acordava.

Ao terminar, pegou Hana e deu um jeito para a colocar pendurada em suas costas, entrelaçando os braços da garota em seu pescoço.

Nahoya não fazia ideia sobre o que fazer com Hana, pelo visto, a garota possuía um tremendo medo de seu pai, e não desejaria esbarrar com ele. De frente a casa da garota, analisou tudo por vista, um dos carros estava fora da garagem então supôs que seu pai estaria fora de casa. A tv passava novela, tinha alguém em casa.

Correu até o quintal da casa vendo uma árvore consideravelmente grande, checou se Hana estava bem presa. Escalou até o telhado dando ao primeiro andar da casa, Nahoya já sabia onde ficava a janela do quarto de Hana, graças a última vez que veio.


Abriu a janela agradecendo mentalmente por não estar trancada, se virou para a cama da menina que estava ao lado da janela. Pôs Hana com cuidado na cama a enrolando com o enorme edredom que achou ao lado. Não se preocupou se ela sentiria calor, mas não deixou de admirar Hana ainda desmaiada com o cabelo bagunçado cobrindo boa parte do seu rosto.

—Tenha mais cuidado imbecil… E se tivesse acontecido algo com você?

Tirou o cabelo do rosto de Hana, olhou cada canto antes de se afastar uns 30 centímetros da cama.

—Cuidado com quem você fala, cuidado com quem anda e tome cuidado com aquilo que você gosta também… Sabes quanto tempo eu passei procurando aquele maldito gato? Ele no fim estava em outro bairro… Mas não deixe de tomar cuidado.

Se arrumou antes de sair.

—Eu vou…

Nahoya se assustou ao ouvir o barulho da maçaneta da porta, deu um pulo saindo do quarto pelo mesmo lugar que entrou.

Naomi estranhou os barulhos do andar de cima, seu marido não estava em casa e Hana não havia passado pela porta. Subiu olhando os cômodos do primeiro andar até chegar no quarto de Hana. Abriu dando com a menina que, para ela, se encontrava dormindo. A janela aberta a intrigou muito, mas só fez fechar e ligar o ar condicionado.

Percebeu que o cabelo de Hana estava molhado então deduziu que a menina já tinha tomado banho. Antes de fechar a porta deu uma última olhada e fechou a porta.

{...}

Segunda feira.1999

De manhã Hana não se lembrará do que aconteceu na noite anterior, se levantou correndo indo até o banheiro e checando se estava tudo bem com o seu cabelo, soltando um suspiro aliviado ao olhar que não estava com tinta.

—O que aconteceu ontem?

Se lembrava só que Nahoya a segurava nos braços, e do susto que o grupinho havia lhe dado, mas não ligava para isso, sua mente insistia em pensar só em Nahoya.

Se arrumou o mais rápido que consegiu colocando a calça e a camisa ao mesmo tempo, tropeçando chegou ao andar de baixo, onde seus pais a olhavam.

Hayato tinha em uma das mãos uma xícara de café e na outra, o jornal de hoje cedo. Sua mãe estava pondo seu prato na mesa.

—Sente-se para comer Hana, com calma, a comida não vai correr.

Não precisa nem seu pai ter dito, ela foi lentamente até a mesa e ficou com a cabeça baixa. Esperava ouvir uma bronca já que não sabia como tinha chegado em casa, mas nada aconteceu, e isso a deixava meio aliviada.

—Como foi o passeio ontem?—Hayato a olhava com um sorriso enquanto tomava o café.

—Hmm, assistir filme com a Hina é realmente intrigante, ela comenta sobre cada fala dos personagens,Mas, eu gostei muito, obrigada por me deixar ir, pai.

Hayato a respondeu com um sorriso, mas não demorou muito antes de pegar as chaves de um dos carros e se despedir…"Voltarei tarde."...Hana não queria ficar com sua mãe, ela parecia saber de algo a mais. Então pegou a mochila dando um beijo rápido em sua mãe e correu até a porta.

—Não vai tomar café da manhã?

—vwo kunedu nowm xi prwqui (Vou comendo não se preocupe.)— Falava com um pão na boca, sua mãe não havia entendido nada, mas acenou e sorriu como se o tivesse entendido.


Nahoya passava o dedo na borda da xícara em cima da mesa, Souya o olhava com a boca aberta não acreditando que seu irmão não tinha o sorriso no rosto e ainda parecia estar entediado.

—Tinha um escorpião na sua cama? Ou algo assim?

—Vai se ferrar Souya.

—Certo… Eu já vou pro colégio…

—Souya espera…

Nahoya se levantou da mesa pegando um saquinho e entregou ao seu irmão, desviou o olhar olhando para outra coisa que não fosse Souya.

—Entregue isso a Hana, é para a quantidade de química que ela inalou ontem.

—Química? Do que você tá falando Nahoya?...

—SÓ... entrega pra ela flw?

Nahoya subiu as escadas o mais rápido que pode deixando seu irmão novamente com a boca aberta.

Souya passou o caminho todo olhando pro saco e pensando no que seu irmão disse.

—Química?

Olhou Hana de longe pela grade do colégio, ela conversava com Hina e Kisaki…

—Ei Hana… O que aconteceu ontem entre você e o Nahoya? —Souya a olhava com sua expressão costumeira…


Hina e Kisaki também se interessaram, já que Hana passou a maior parte do tempo com eles.

—Você encontrou o Nahoya ontem, Hana?





Hey Hey Hey.


Sumi? 😰😰

𝐈𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐭𝐲~ Smiley & AngryOnde histórias criam vida. Descubra agora