Algumas pessoas dizem que há uma linha tênue entre o amor e o ciúmes, eu acredito que estou bem no meio. No meio do amor, no meio do ciúmes, e no meio da sua vida. Eu já ouvi falar daquela pessoa que te faz sorrir igual a um bobo, aquela que te faz...
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— Eu não sei o que fazer, Lo. Acho que ela quer terminar comigo.- escuto os soluços do Leandro do outro lado do telefone e odeio saber que o meu amigo está assim.
— Isso não vai acontecer, cara. A Estefany te ama mais que tudo no mundo, ela nunca te deixaria.- digo a verdade, tentando enfiar na cabeça dele.– Ela só precisa de um tempo pra pensar, daqui a pouco mesmo ela vai te mandar mensagem, com toda certeza, e vocês vão 'tá como sempre tiveram.- tento animar ele e escuto suas respirações profundas.
— Ela não 'tá me respondendo, eu já liguei pra ela e ela não me atende. Eu não aguento isso.- sua voz volta a ficar desesperada.
— A tia Cierra soltou os cachorros pra cima dela. Leandro, ela te bateu, tu sabe os limites da nossa família.
Bater é um nível alto pra caramba, certo que foi um tapa só, mas começa assim, e nossos pais não permitem isso nem a pau, não importa a situação. Eles não aceitam isso nem de homem e nem de mulher, o certo é conversar e se tiver chegando no limite é só sair do lugar pra refrescar a mente.
— Foi minha culpa.- o Leandro fala angustiado e eu suspiro.
— Olha, vocês se amam, todo mundo sabe disso, vocês não vão se separar, ninguém vai separar vocês dois, no máximo eles vão colocar ela de castigo em casa durante um tempo.- eu espero estar certa.– A culpa não é sua. Se a Estefany sabia que 'tava chegando no limite ela devia ter saído do lugar e pegado um tempo pra ela.
O Leandro é apaixonado demais por ela, nunca diria que a culpa é dela, isso é óbvio demais.
— Miguel 'tá me mandando mensagem.- ele me avisa e eu torço pra não seja nada demais.
— Toma um banho, um remédio pra dor de cabeça e conversa com ele. O tio Miguel vai entender o lado dos dois e aí vocês vão tomar uma decisão.- tento fazer ele não perder a linha e o mesmo concorda comigo.
— Obrigado, Lo, de verdade.- escuto ele fungar.- Te amo.
— Conta comigo sempre.- o lembro, a gente se despede e ele desliga a chamada.
— Ele não 'tá bem?- Liandro me abraça por trás enquanto come o seu açaí todo confeitado e eu o respondo negando com a cabeça.
— Essa de bater no cara é pesado, mas o Miguel não vai proibir não. O negócio é manter a postura e bater só na cama.- meu pai comenta e escuto o Liandro soltar uma risadinha.
— Alguém já comprou o presente da Loíse?- Victor pergunta se empanturrando de açaí com sorvete e minha mãe bate na sua nuca.
— Eu sim.- Guinho responde com um sorrisinho convencido e eu mando um beijo pra ele.– Um caixa de camisinha de menta.- seu sorriso atentado faz todos gargalharem, menos o Liandro, que esconde seu rosto no meu pescoço por pura vergonha.