Algumas pessoas dizem que há uma linha tênue entre o amor e o ciúmes, eu acredito que estou bem no meio. No meio do amor, no meio do ciúmes, e no meio da sua vida. Eu já ouvi falar daquela pessoa que te faz sorrir igual a um bobo, aquela que te faz...
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HELOÍSE VIANA
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Victor acaba com a minha paciência. Ele faz ela evaporar em segundos. E, ao mesmo tempo, é o que me traz paz.
— Eu não quero saber de porra nenhuma, Victor. Vai 'pra merda, fazendo favor.- continuo mechendo no celular, enquanto ele me cutuca repetidamente, minha mãe apenas nos olha do outro sofá, com sua maravilhosa expressão de tédio.
— Ela 'tá xingando, e só tem 14 anos, a senhora vai deixar?- Victor pergunta para a minha mãe, e ela em troca joga uma almofada em nós dois.
— Não me mete nisso não, quero saber de nada.
Dona Maria Eduarda Viana com sua farinha Lacta e leite de moça não quer guerra com ninguém.
— Mas mãe...
Saio da sala antes que eu mate o Victor asfixiado, caminho até a cozinha e me sento perto do balcão, longe dos olhares do meu querido irmãozinho, um tremendo babaca, que infelizmente me faz sentir um ciúmes do caramba.
— Heloíse.- Victor grita ao entrar na cozinha e eu consigo escutar os resmungos da minha mãe.
— Se gritar mais uma vez eu vou chamar o Vinicius.- minha mãe diz e o Victor me olha emburrado.
— Eu não quero falar com você, entendeu? Não tem nem o que falar na verdade.- digo quando o Victor senta do meu lado.
— Para de agir como uma criança. Caramba.- seus resmungos me deixam com mais raiva e eu me seguro para não mata-lo, eu, infelizmente, amo esse idiota.
— Como você mesmo disse à horas atrás, eu sou uma criança, 'tô agindo como deveria.- sorrio ironicamente e ele revira os olhos.- O incrível é que eu posso ser uma criança, mas tenho mais maturidade que você e não nego o que eu sinto.- pisco para ele e saio da cozinha o mais rápido possível.
