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Boa leitura!
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Como eu sempre soube, Fany e Leandro estão maravilhosamente bem, como o casal apaixonado que são e tudo graças a uma conversa.

- Eu te avisei.- sussurro no seu ouvido e dou risada ao ver ela revirar os olhos.

- Vá pra porra.- ela sussurra pra mim de volta e eu sorrio mais.

Desvio meu olhar pra o garoto extremamente gostoso que sai da piscina, todo molhado, tentação demais, e eu não resisto a encara-lo de cima a baixo, minuciosamente.

- Tira a camisa.- faço o gesto com a boca pra Liandro ver e ele nega com a cabeça.

Passo bons minutos observando o Liandro, mesmo ele conversando com os meus pais e os meus tios, ele me encara algumas vezes e fica envergonhado ao me pegar olhando pra ele, todo ele. Olho ao redor do Liandro, não me surpreende nem um pouco eu não ser a única a apreciar ele, mas isso não me deixa menos puta e, tenho que confessar, uma parte minha se agrada por ele não querer tirar a camisa.

Essa mesma parte quer tudo do Liandro, literalmente tudo. Quero que os pensamentos dele sejam todos meus, os desejos dele, suas vontades, seus olhares, seus sorrisos, suas palavras e seu corpo. Tudo para mim, e só para mim. Esse meu lado deseja incansavelmente que tudo dele seja direcionado apenas para mim. E ele correria se me conhecesse assim.

Sinto meu sangue ferver por todo meu corpo, os olhares que Liandro recebe me desagradam profundamente, e eu sei bem que cada uma dessas garotas, que eram pra ser minhas parentes, estão só esperando um mínimo sinal de interesse dele para atacar. Como se ele fosse uma presa. O meu Liandro.

- Tá voando, filhona?- Leandro tira sarro da minha cara, mas eu não acho graça e só olho para ele, séria.

- Ela quer matar alguém, amor.- Estefany murmura enquanto me dá um copo e eu bebo sem nem ver o que tem dentro, é amargo e desce rasgando.

Mais uma vez eu pego o Liandro me encarando, faço um gesto pra ele vir até mim e não demora muito pra isso acontecer. Liandro fala alguma coisa com o meu pai rapidinho, eu volto meu olhar para a mesa e pego uma água de coco pra beber. Sinto os braços do Liandro circularem minha cintura, seu corpo úmido me faz arrepiar, ou talvez seja só por ser ele perto de mim, e eu acabo sorrindo.

- Só assim pra ela tirar essa expressão fechada da cara.- Leandro me belisca e eu dou um soco no seu ombro.

Bebo a água do coco rapidinho, depois coloco o copo de volta na mesa e em seguida fico de frente para o Liandro. Olhar nos olhos dele me faz pensar que nós não somos de agora, que ele e eu existimos à tempos, que sempre estivemos ali e que isso vai continuar acontecendo. Liandro me passa esse sentimento, de pertence, de permanência. Coloco meus braços ao redor do seu pescoço e Liandro logo entende meu movimento como um convite para um beijo.

Os beijos dele são sempre assim, de tirar o fôlego, carregados de paixão, com mil e uma promessas e eu espero tanto que isso não seja apenas uma fase. Espero que daqui a um tempo continuemos a nos beijar assim. Aproveito o momento para acariciar o cabelo do Liandro e suas costas, levo uma das minhas mãos para dentro da sua blusa e sinto ele se retrair quando faço isso.

- Que tal tirar a camisa?- pergunto ao interromper nosso beijo e deixo minhas mãos paradas, confesso que a pergunta sai com dificuldade.

- Não, amor.- Liandro tenta esconder o rosto, envergonhado, no meu pescoço mas eu o seguro.

- Você é lindo, meu bem.- o lembro enquanto encaro seus olhos.- Lindo demais. Seu corpo é lindo. Você é lindo por inteiro.- me quebra ver os olhos dele se encherem de água e eu o puxo pra mais perto.- Não quero você chorando, um dia você vai conseguir se enxergar como eu te enxergo.- enxugo rapidamente as lágrimas que caem dos seus olhos e beijo suas bochechas.

Eu posso ser elaOnde histórias criam vida. Descubra agora