Eu posso ser ela

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Boa leitura!
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Liandro espreme seu corpo no meu, quase nos fundindo um no outro, e eu acabo suspirando entre nosso beijo. Empurro meus quadris em direção ao seu, seu pau duro fica extremamente explícito enquanto a gente se esfrega, eu levo minha mão até sua barriga, arranhando-a, e depois desço um pouco mais, querendo entrar no seu short. Infelizmente, Liandro e eu somos interrompidos pela porta do meu quarto sendo aberta rapidamente.

— Porra, desculpa.- Victor nos olha querendo rir, mas ao mesmo tempo com vergonha, e tapa o rosto em seguida.

Depois de quase quatro meses tentando ter uma intimidade a mais com o Liandro, eu finalmente estava conseguindo e essa porra do Victor interrompe. Fui pedida em namoro pelo Liandro no dia do meu aniversário, a noite, no restaurante que fomos jantar. Desde então nossos dias têm sido incríveis, maravilhosos, na verdade, mesmo que tivessem dias que Liandro e eu éramos uma eterna confusão, e em outros dias eu tinha que tomar banho gelado, parece que hoje é um desses.

— Se existe uma porta, é pra bater. Vai ficar me empatando agora?- pergunto com raiva, já era a terceira vez só nesse mês que o Victor aparecia em um momento como esse, e o Liandro tenta me repreender.

Meu preto se levanta, saindo de cima de mim, ele não me encara, fica olhando para o chão com vergonha e depois de um segundo caminha para o banheiro.

— Desculpa, sério. É que eu achei que vocês tavam jogando e queria jogar também.- Victor enfim mostra o rosto, o qual tem uma expressão culpada.– Desculpa, de verdade, Loíse.- murmura coçando a cabeça.– Foi mal, Dacruz.- ele fala um pouco mais alto e depois de alguns segundos recebe um "de boa" em resposta.

— Juro que se tu me interromper mais uma vez, eu vou meter um tiro nessa tua cara feia.- falo sério e ele assente, saindo do meu quarto em seguida.

***

LIANDRO DACRUZ

Confesso, esses foram os melhores quatro meses da minha vida. Posso esquecer todo o resto antes de Heloíse, que apenas estes momentos com ela já fariam valer a pena minha vida inteira, embora tenham alguns que eu prefiro evitar, e esse de agora é um deles. Quatro meses que nós estamos juntos, nossa intimidade é incrível, eu me sinto extremamente bem com ela, mas ainda tenho medo, e nossa intimidade é algo que me assusta.

Heloíse sempre deu o primeiro passo, nos toques mais sensuais, os esbarrões no meu pau que me fazem delirar, ela quer me levar a loucura e quer que eu saiba disso. E eu sei. Sei que ela quer que eu dê o próximo passo, mas tenho medo. Medo dela não gostar, não se sentir saciada, e principalmente tenho medo de não conseguir fazer ela gozar. As inseguranças só aumentam, Heloíse me ajuda tanto, é tão amorosa, tão perfeita pra mim, me trata com tanto carinho e infelizmente eu me sinto cada vez mais inseguro, com medo que ela perceba que merece mais do que eu posso oferecer.

— Amor.- minha princesa me chama do lado de fora do banheiro e eu acabo suspirando.

— Oi, minha princesa. Tô saindo.- digo e dou descarga no vaso, para não dar na cara que eu estou me escondendo aqui. Crio coragem e saio do banheiro, dando de cara com a minha namorada, sentada na cama, olhando diretamente para mim.– Desculpa se pareceu que eu fuji.- decido ser verdadeiro e me apresso para me sentar do lado dela.– Isso não foi nada namorado gostoso de um metro e setenta e quatro da minha parte.- faço ela rir, então sorrio.

— Para disso, amor.- ela bate devagar no meu ombro.– Ainda vou matar o Victor.- resmunga bufando.

Eu não sei o que dizer, então fico calado, minha mão vaga pelos seus ombros e então passo meu braço pelo seu pescoço. Eu converso com a Heloíse mas do que com qualquer outra pessoa no mundo, desabafo quando consigo, mas pra mim é mais fácil pelo celular, pessoalmente quando eu vou falar sobre como eu me sinto é estranho e eu me sinto ansioso. Eu sei que eu não devia ser assim, até que tentei mudar isso durante esses meses que passaram, confesso que melhorei um pouco nisso, e Heloíse é compreensiva, ela sempre tenta me entender.