Capítulo 11

191 16 8
                                    

Acabei acordando com algo vibrando, minha cabeça está pesadíssima, a luz me incomoda. Meu, Deus, cadê meu celular? Estou escutando, mas não estou achando. Virei o travesseiro e o achei, estava embaixo.
- Alô?
"Até que enfim! Onde você andou?"
- Quem fala? -- Minha cabeça girava.
"Você bebeu, Lyn? Sou eu, James!"
- Oh, amor! Desculpa, eu acordei agora. Só atendi, nem olhei no visor. -- Falei esfregando o rosto. Confesso que não estava afim de bater papo com Jimmy agora.
"Ligo mais tarde, pode ser? Você recém acordou e não parece bem."
- Desculpa amor. Conversamos mais tarde, prometo! Eu te amo.
"Amo você também, estou com saudades. Tchau."
- Tchau. -- Falei me espreguiçando na cama e jogando o celular pro lado. Em um lapso percebi que não estava em meu quarto, sentei rápido na cama e vi que estava na de Bill. Eu não posso ter transado com ele, isso não pode ter acontecido! Percebi que estava nua por baixo do roupão, meu Deus como parei aqui?
Levantei rápido e já na porta encontrei minha calcinha no chão, que merda! Saí pela casa atrás de Nicholas. Fui até seu quarto, mas estava vazio, ele nem dormiu em casa a cama está arrumada. Abri meu quarto e vi a cama bagunçada e vomitada.
Lembrei que minha mãe e John dormiriam fora essa noite, mas será que já voltaram? Fui até seu quarto, mas não havia ninguém. Pela janela eu conseguia ver tudo branquinho, nevou a noite toda e ainda continuava. Desci as escadas e encontrei Bill deitado no sofá, ele ainda dormia.
- Hey, acorda! -- Cutuquei seu braço com meu dedo indicador. - Bill, acorda! -- Chamei mais alto. Aos poucos ele foi abrindo os olhos.
- Bom dia para você também, Ailyn. -- Ele falou com voz de sono.
- O que aconteceu ontem a noite? Por que eu estava nua na sua cama? -- Meu desespero era nítido.
- Transamos até você não aguentar mais. Não lembra? -- Bill falou irônico colocando as mãos ainda deitado sob a cabeça me olhando.
- Não pode ser! Eu estava bêbada, como se atreveu? -- Eu estava ferrada. Fiquei alguns segundos encarando ele de braços cruzados.
- É, não pode mesmo! -- Ele falou se levantando só de boxer. - Não fizemos nada, irmãozinha. Na verdade, eu cuidei de você. Muito bem por sinal, de nada!
- Eu lembro de pouca coisa... -- Falei sem jeito depois de vir na minha cabeça flashes desde a saída da festa, até eu deitar na cama. Bill foi indo até a cozinha e fui acompanhando ele.
- Pois é. Trouxe você no colo, segurei seus cabelos para não vomitar neles, você vomitou em mim, dei banho em você, tirei sua roupa com o maior respeito e cuidado para não te expor mais e ainda sou acusado de ter transado com uma bêbada. É, eu devo ter cara de abusador mesmo. -- Ele deu de ombros enquanto fazia café. Confesso que fiquei me sentindo mal de tê-lo acusado de algo sério assim.
- Desculpa. -- Falei entre os dentes.
- Não escutei, muito bem. Pode repetir? -- Bill me olhava de canto com a sobrancelha arqueada. É lógico que ouviu o que falei, só estava sendo um babaca como sempre.
- Desculpa Bill! -- Repeti com raiva.
- Não parece sincero, mas aceito. -- Ele piscou me entregando uma caneca com café recém feito.
- Pode colocar uma roupa? Daqui a pouco o pessoal vai chegar e vai ficar um pouco chato eles te verem assim comigo, nós dois aqui sozinhos... -- Pedi.
- Ninguém vai chegar, Lyn. -- Ele tomava o café enquanto mexia no celular.
- O que? Como assim? -- Não entendi bem o que ele quis dizer.
- Já olhou lá fora? -- Ele apontou para a porta. Virei minha atenção para as janelas e me surpreendi.
- Meu Deus! O que aconteceu? -- Me aproximei da janela da cozinha incrédula.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Um De Nós Está MentindoOnde histórias criam vida. Descubra agora