Onze.

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                             Portuga⚡

Levantei e fui pro banheiro, me trajei todo com a peita da lacoste, joguei as correntes no pescoço e dispiei pra casa do V2. Ontem nem deu tempo de brotar pra ver a Ana, mas acordei cedo hoje só pra isso.

Cheguei lá, o V2 e a Ana estavam dormindo ainda, então fiquei batendo um lero com a Bárbara.

Bárbara: Se manca cara. Coroa tá toda durinha, dá de mil a 0 nas nega daqui. - Estávamos vendo um programa de TV qualquer e ela opinava em todo mundo.

Portuga: Isso aí eu já não posso nem dizer. - Ela me olhou confusa. - Não fico reparando em ninguém daqui, só tem tilt. - Ela sorriu pelo nariz e fez uma cara de deboche, como se estivesse duvidando de mim. - Ó, no papo reto. Tu tá aí levando na brincadeira, tá vendo. Assim quebra o mano.

Bárbara: Não falei nada cara. Se doeu atoa. - Seu semblante mudou.

Portuga: Nenhuma delas me interessa. Tô é bem tranquilo, pai nasceu pra viver um romance de cinema pô. - Arranquei uma gargalhada dela. - Só falta a doida né, pra entrar nessa comigo. - Ela tossiu e foi desfazendo o sorriso aos poucos.

Bárbara: Uma hora aparece. Existem tantas atrás de você, opção não deve te faltar. - Se ajeitou no sofá.

Portuga: Tu tá ligada que não é isso que eu quero. - Eu passei o olhar pelo rosto dela, vendo a mesma voltar a prestar atenção na TV e ficar em silêncio.

Neguei com a cabeça e peguei meu celular do bolso. Fiquei ali respondendo umas mensagens e esperando até a Ana descer. Minutos depois eu ouvi um barulho nas escadas e guardei o celular, vendo ela vim na nossa direção.

Ficamos conversando um pouco e  entreguei um bagulho que eu tinha ido comprar pra ela. Ela me disse que não precisava, mas eu sei que ficou felizona.

O V2 desceu logo após um tempo, nós marcamos um dez na cozinha com as meninas, e depois partimos pra rua...

Fizemos o toque com os amigos da contenção quando chegamos na boca.

Caveirinha: Fala, piranha. - Disse assim que nós entramos na sala e fez o toque com a gente.

MK: Dorme pra caralho ein. Vida de chefe é outra parada. - Ele tava sentado no sofá, fumando um baseado.

V2: Cada um com teus privilégios. - Me sentei na minha cadeira e fiquei olhando pra eles.

Caveirinha: Eu já vou partindo, daqui a pouco tenho que ficar lá na contenção da 12, fé pra vocês. - Mandou um legal e meteu o pé.

MK: Se liga, Ratinho queria saber de tu ontem, você deixou o menor aqui te esperando. Maior negação de voz pro cara. - Falou logo depois que o Caveirinha saiu da sala.

Portuga: Tô ligado, dei mole. - Passei a mão na nuca. - Não deu tempo de brotar, também nem fui lá no V2 ontem pra ver a Ana. Depois eu troco uma idéia com ele. - Dei de ombros e o V2 olhou pra mim com o semblante fechado.

Aquela famosa cara que ele faz sempre que quer falar algo, porém tá esperando o momento certo.

MK: Ana? Quem é? - Perguntou franzindo as sobrancelhas.

Portuga: Minha irmã! Pode tirando o olho. Se quiser trair sua mulher, trai com piranha, mas não vem medindo ela não. - Ficava neuróticão só de imaginar a Ana com algum menor envolvido. Eu tô ligado na maldade desses caras e não quero isso pra ela.

MK: Qual foi paizão? Eu só perguntei, relaxa a bunda aí. - Levantou as mãos em forma de rendição.

V2: Atrapalhando o papo doce de vocês... - Se intrometeu na minha conversa com o MK. - Tu foi aonde ontem que nem aqui brotou? Não foi lá pra ver a garota e ainda deixou o mano na mão. O cara ficou igual um leiga te esperando.

No Alemão (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora