No Alemão (DEGUSTAÇÃO)

Doze.

                                 V2 🥈

Portuga saiu dali puto à vera comigo. Eu tô ligado que foi vacilo meu ter duvidado dele, mas se for pra agir na lógica, depois da morte do CL eu não tô confiando nem na minha própria sombra.

Bagulho é foda! Tu tem que desconfiar até de você mesmo. Se até a tua própria mente te engana, quem dirá os outros.

Quantas vezes achamos que estamos fazendo o certo e no final quebramos a cara? São muitas essas vezes. Por isso eu sempre tento agir racionalmente...

Deixei o MK lá resolvendo as paradas do baile que rolaria no próximo final de semana. Tava doido pra descontar tudo isso em alguém, e se for pra jogar na pista um dos meus maiores defeitos, sem dúvidas eu diria que é a impulsividade.

Na hora que o sangue sobe pra mente, meus comportamentos já não condizem mais comigo mesmo!!!

[...]

V2: Bárbara... - Cheguei em casa e as meninas não estavam lá embaixo. Decidi vim pra tentar distrair a minha mente, porque seja lá o que eu tente fazer de cabeça quente, é certeiro que eu me arrependa depois.

Ana: Puta que pariu. - Ela deu um pulo e colocou a mão no peito assim que me viu entrar no quarto. A menina tava de calcinha e sutiã, só faltou explodir de tão vermelha que ficou quando me viu entrar.

V2: Caralho, para de gritar, eu não sou surdo não. - Falei enquanto fitava o corpo dela e a mesma tentava se tapar com as mãos.

Ana: Por que você não bateu antes de entrar? A porta tá aí pra isso. - Ela ainda tentava cobrir o corpo e seu semblante estava bem irritado.

V2: Talvez porque a casa seja minha. - Abusadona, não tranca a porta e ainda vem querer meter essa pro meu lado.

Me joguei na cama da minha irmã e coloquei a mão por trás da cabeça, tendo a visão da Ana parada ali no meio do quarto.

Ana: Dá pra vc sair, por favor? Eu tô de calcinha e sutiã, quero me trocar. - Alterou a voz novamente, fazendo um eco surgir na minha cabeça. 

V2: Para de gritar caralho, eu tô na sua frente. Quer um microfone de uma vez? - Indaguei olhando nos olhos dela.

Ana: Eu quero me trocar caramba. - Botou as mãos na cintura.

V2: Com todo respeito, vai se vestir. - Passei a mão no rosto, tentando não olhar pra ela.

Ana: Por que eu me vestiria, tendo em vista que quem entrou sem bater foi você? - Arqueou as sobrancelhas.

V2: Porque tu é irmã de amigo meu. Bagulho de te ver assim não é maneiro não garota.

Ana: Não resiste, né? Pode falar. - Jogou o cabelo pra trás.

V2: Tu nem é tudo isso, se manca feia. - Ela fez careta pra mim e eu me levantei. - Onde que a Bárbara tá?

Ana: Nós estávamos jogando Uno na sala, depois de um tempo subimos pra tomar banho, ela tomou primeiro e depois eu fui... - Começou a explicar. - Ela disse que iria lá em baixo e já voltava, enquanto isso eu estava no banho, saí e vim tentar me vestir, até você entrar do nada aqui no quarto.

V2: Foi mal aí... Ah, e da próxima vez, tu tranca a porta. Já pensou se fosse outra pessoa?

Ana: Eu nem vi que a porta ficou aberta. A Bárbara deve ter esquecido de trancar. - Ela foi indo até a cama, pegou uma roupa que estava ali e começou a se vestir. - O que você quer aqui ein? Já viu que a Bárbara não tá? Então, pode sair. - Novinha tiradissima a mandada.