Oi, gente! Tudo bem por aí? Espero que sim. Estou aqui para avisar que esse capítulo terá duas partes porque ficou muito longo. E como eu não quero que se torne algo cansativo, achei melhor dividir! :D Obrigada pelos votos, comentários e tudo mais. Morro de rir com vocês, com certeza alegram os meus dias. Enfim, boa leitura. <3
Clarke Griffin.
Apesar do meu primeiro dia no trabalho ter corrido melhor do que eu esperava, me sentia cansada. Mas de nenhum modo deixaria de ir na sessão que Lexa faria naquela mesma tarde. Agora, estava mais uma vez no trem, com um nervosismo desconhecido dentro de mim. Tinha ficado, pelo menos, uns trinta minutos escolhendo uma roupa que eu me sentisse confortável, finalizando com um gorro na cabeça pelo frio repentino em Nova Jersey. Não conseguia parar de mexer minha perna, muito menos de pensar em como Lexa estaria. Não sei se era um bom dia para ela, muito menos se assinar todos aqueles livros a deixariam cansada demais ao ponto de não querer conversar comigo naquele momento. Mas era tarde demais para pensar nisso, não tinha como voltar atrás.
Desci do trem, como fiz horas antes. Respirei fundo e apoiei uma alça da mochila em um dos meus ombros, antes de voltar a andar até a livraria. Sei que estava mais atrasada do que tudo e só torcia para que ela ainda estivesse lá. Porque, além de vir em um dia que eu não me sentia bem fisicamente e nem mentalmente, ainda fui obrigada a tomar chuva. Mesmo que eu corresse acreditando que me molharia menos, não consegui chegar sem que meu corpo inteiro estivesse com resquícios de água. Não era nada encharcado, mas dava para notar as gotículas pelas minhas roupas, rosto e cabelo. Ótimo. Minha segunda-feira começou bem, mas agora andava de mal a pior.
Permaneci alguns segundos ali, parada em frente a porta de vidro da livraria. Sei que se pensasse demais, iria dar meia volta e ir embora, então, como o mínimo de coragem que restava dentro de mim, empurrei a porta. De primeira, dei de cara com Lincoln, mas ele não se atreveu a falar comigo, acho que deduziu que eu estivesse ali para resolver as coisas com Lexa. Continuei andando, com meus olhos fixos em Alexandria que ainda nem tinha me visto. Estava concentrada em juntar alguns papéis espalhados pela mesa, totalmente distraída. Prendi minha respiração e me aproximei um pouco mais, analisando como o vestido estava perfeito em seu corpo, os fios castanhos caídos abaixo dos ombros e um leve sorriso nos lábios. Meu coração começou a palpitar mais rápido e antes que eu travasse, tive que tomar coragem para dizer qualquer coisa que fosse.
— Ainda dá tempo de pedir um autógrafo?
Perguntei na inocência, por notar ela arrumando as coisas para ir embora. Confesso que não esperava uma felicidade em me ver, muito menos que me recebesse como se o que eu tivesse feito meses atrás não a tivesse machucado. A verdade é que eu precisava estar preparada para todos os tipos de respostas naquele momento, mesmo que no fundo eu torcesse que Lexa não me tratasse mal. Seus olhos pairavam sobre os meus com surpresa, talvez por imaginar que não fôssemos nos ver mais. Alexandria parecia analisar cada parte do meu rosto, não sei se por tentar acreditar que eu fosse mesmo real ou apenas notando as gotas que ali ficaram depois da chuva. Em um ato rápido, tirei o livro da bolsa e o deixei em cima da mesa, empurrando-o devagar na direção de Lexa.
— Você veio só pra isso?
Seria muita idiotice minha aparecer ali só para pedir um autógrafo e ir embora. Na verdade, o menor dos meus problemas naquele momento era Lexa assinar o livro. Minha vontade era de abraçá-la, dizer o quanto ela fazia falta na minha vida e como todos aqueles meses estavam sendo entediantes sem ela. De fato, Woods era uma pessoa maravilhosa demais para manter longe.
Balancei a cabeça em negação. — Eu vim porque queria me-
Fui interrompida quando uma mulher de cabelos longos e ruivos, vestida com um terno feminino se aproximou de Lexa, deixando um selar nos lábios da mesma. Ela era um pouco mais alta que eu, com um rosto de quem tinha orgulho de si, além de parecer um tanto antipática. Dava para notar o quanto aquela cena doeu em mim, me senti envergonhada e uma idiota por ter ido lá. Era óbvio que ela já tinha seguido a vida, quem, em sã consciência, passaria meses triste por alguém que só disse coisas estúpidas em um momento de raiva? Bom, Lexa que não seria.
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In My Head.
FanfictionO medo que existe entre uma amizade de um ensino médio é que tudo acabe. De repente mesmo. Como um clique. E tinha acabado, tão rápido, que quando Lexa se deu conta, haviam se passado dez anos desde à última vez que viu Clarke, sua melhor amiga. Se...