Que a verdade seja dita.

496 24 43
                                    

Oi? Será que ainda tem alguém aí que lê essa fanfic? Haha. Gente, perdão pelos longos meses longe. Minha vida virou de cabeça para baixo e espero que entendam o meu sumiço. Enfim, bom capítulo para quem estiver lendo.

Clarke Griffin.

Sempre foi difícil admitir todas as atitudes burras que já cometi durante a minha vida, mas eu sei que nenhuma iria se comparar com essa. Contar para Lexa que mantive contato com Finn durante esse tempo não iria doer só em mim. Porque olhando de fora, eu pude notar o quanto aquele relacionamento foi ruim em níveis inimagináveis. Minha falta de amor próprio naquela época, fez com que eu aceitasse outras pequenas coisas antes da traição em si. O problema é que eu levei anos para conseguir enxergar isso e as recaídas durante esses meses só mostraram o quanto estive cega. O problema nisso tudo, é o que a Lexa vai pensar sobre. E eu não quero mais mentir pra mim mesma, quem dirá para ela. Meu maior medo é que ela se afaste, como eu fiz em Charleston. Seria o tal do karma? O universo está se virando contra mim? Era a minha vez de sofrer com ela longe?

Respirei fundo e só voltei dos meus pensamentos quando o elevador abriu. Comecei a caminhar devagar até a sala de Lexa, notando o quanto o silêncio me deixava desconfortável a cada passo dado. A porta estava aberta e dali eu conseguia ver Lexa sentada na cadeira, com um semblante sério, enquanto lia alguns papéis. Dei duas batidinhas na porta e assim que a mesma direcionou a atenção para mim, eu dei um pequeno sorriso, entrando e encostando a porta. Não sabia por onde começar, mas precisava ter um começo, certo?

Ei. — Falei, sendo impossível esconder o quanto estava envergonhada. — Sinto muito que o Finn tenha aparecido aqui. — Permaneci em pé. Estava desconfortável demais para sentar.

Lexa levou o olhar até mim, abrindo um pequeno sorriso. — Oi, Clarke. Chegou rápido. — Ela juntou os papéis e então apoiou seus braços na mesa. — Vai ficar em pé aí? Senta! Não me diga que veio rapidinho e já vai embora? — Um pequeno bico foi se formando nos lábios alheios.

Eu ri baixinho, balançando a cabeça em negação. — Eu vim porque queria conversar com você, lembra? — Achei estranho o fato de que Lexa ignorou totalmente o que eu queria falar sobre o Collins, mas não questionei. Como não queria fazer desfeita, acabei sentando em uma das cadeiras em frente a mesa de Woods. — E eu só vou embora rápido se você me pedir isso.

Deu pra notar o sorriso bobo no rosto dela, que ainda permanecia me encarando. — Sim, eu lembro. Só estou tentando manter outro assunto pra gente não ter que falar dele... — Cruzou os braços e encostou o corpo na cadeira. — Mas, tudo bem, vamos conversar sobre isso de uma vez. O que quer me contar?

Eu não queria prolongar aquela situação chata, mas também não queria acabar com o que estávamos construindo. Sei que não era muita coisa, mas só de fazermos as pazes, era motivo de soltar fogos de artifícios por aí. A questão é que agora eu me sentiria mais culpada ainda.

Nesses últimos meses, eu acabei mantendo contato com o Finn... Na verdade, foi ele que me deu um emprego em Nova Jersey. — Com o resto de coragem que tinha, continuei encarando Lexa. — Mas não foi só isso. Nós acabamos ficando mais algumas vezes e como agora as coisas estão se acertando entre nós duas, eu não queria deixar nenhum assunto pendente, entende?

Esperava qualquer reação negativa vindo de Woods, mas ela permaneceu ali, parada, com uma naturalidade que me fez até achar estranho. Uma risadinha saiu de sua boca, que apenas deu de ombros.

Você não precisava me explicar, Clarke. Nós não temos nada e você pode ficar com quem quiser. — Suas mãos empurraram a cadeira para trás e em um piscar de olhos, já estava de pé. — Além do mais, eu também fiquei com outras pessoas, então se essa era a sua preocupação, não precisa levar para frente. Estamos quites.

In My Head.Onde histórias criam vida. Descubra agora