1 - A carta

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Vila Oculta da Névoa

Desde que me lembro por gente a tensão entre o país do vento e o país da água é enorme, principalmente entre as vilas da Névoa e da Areia. Nenhuma vila pede ajuda a outra, solicitando sempre os ninjas de Konoha, nossos aliados, mas a maioria sabe que caso venha acontecer uma guerra, a Folha não poderá se manter neutra.

Muitas coisas aconteceram e os ninjas da minha geração só saem do país se for para ir pro país do fogo. Nunca entendi muito bem o que desencadeou essa tensão, porém sei que devido a isso, meu pai perdeu a vida enquanto tentava me proteger, não era meu desejo ser ninja para missões militares e sim ser sensei na academia, todavia isso acabou quando vi ele no chão ensanguentado. Minha missão é ser tão forte quanto ele e ser reconhecida pelo meu país e devolver a honra ao meu clã.

Mãe, observe e verá um prodígio, mesmo que treine o triplo, serei reconhecida.

Desligo meus pensamentos quando kunais são lançadas em minha direção, desvio de quase todas, sensei não permitiu o uso do kekkei genkai, o que é bem injusto, em uma batalha real o inimigo não vai querer saber, usará todas as armas possíveis para te matar.

Corro por entre as árvores, assim dificultando a chegada das armas, ao ver algo no chão, pulo desviando de uma armadilha.

Uma corda? Sério sensei? Te falta criatividade.

Devolvo as kunais, mas dessa vez com shurikens, fazendo o adversário baixar a guarda, tiro uma pequena espada de um estojo da perna e corro para atacar, ao perceber, saca sua arma e assim que colidem soltam faíscas.

— Já chega! — nosso sensei chega terminando o treinamento.

— Por que essa preocupação sensei? — geralmente é bem despojado e preocupado com poucas coisas.

Para ele ficar sério desse jeito, algo grave deve ter acontecido.

— A mizukage quer falar com você Luana. — meus olhos se abrem, assustada, guardo o armamento. — Venha.

Fico pensando no que poderia ter feito, entreguei o último relatório da missão.

— Tchau Thiago. — aceno em despedida.

Ele nunca temeu minha kekkei genkai, meu primeiro amigo na academia ninja, sempre falou que lutar com alguém mais poderosa que ele, faria-o buscar ser mais estrategista.

Ao me formar na academia, o time 4, eu, Thiago e Daiane. Eu e ela nunca nos demos bem, porém ao longo do treinamento conseguimos nos entender e hoje nos damos bem.

Porém a cada graduação nos afastamos, ela abandonou as missões ninja para ser professora, admiro muito sua coragem. Ouvir as crianças chamando ela de sensei fazia meu coração apertar, mas ao mesmo tempo sorrir com sua conquista.

Sensei sempre falou que missões militares de baixo nível tão aí para isso, poderia ser professora de equipes recém formadas, porém quase sempre recebia missões de rank B e A, porque não fui designada para liderar equipes.

— Chegou a hora. — a voz dele me despertou. Estamos em frente a sala da Mizukage. — Entre.

— Sensei… — não posso pedir isso. Pela segunda vez na vida, acho que estou com medo, será que falhei em algum ponto?

— Sim? — presta atenção.

— Obrigada pelo treino de hoje. — curvo-me em respeito. Não posso fraquejar em sua frente.

Do as costas e ao bater na porta, recebo autorização para entrar.

Se não deve, não teme, era o que meu pai sempre dizia ao ser chamado para uma nova missão.

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