Sabaku no Luana
Alguns meses já tinham se passado desde a surpresa que meu marido fez, nossa convivência era bem tranquila, alguns beijos e mãos dadas, não me sentia confortável para seguir adiante e ele como um homem compreensivo, respeitava meu tempo.
As missões eram simples demais até que finalmente consegui missões de Rank C e meu sensei disse que poderia me deixar liderar a equipe como chunnin.
Foi a melhor loucura que tinha presenciado, se eu achava Thiago um chato, Guilherme era insuportável, sempre com um por que, me fazendo revirar os olhos várias vezes. Mas enfim tinha chegado o dia da prova jonnin. Os anciões reclamaram muito, porém meu marido deu a palavra final, dizendo que se era minha vontade, que assim fosse feito.
O medo de falhar estava me consumindo e para piorar, meu rival seria o antigo sensei do meu marido. Já tinha ouvido falar das suas habilidades, o nervosismo fazia com que estralasse os dedos e só percebi isso quando uma mão segurou a minha.
— Respire devagar, você vai conseguir. — ao olhar para ele, um sorriso discreto está estampado em seu rosto.
— Não seria mais lógico torcer pelo seu sensei? — ajustei novamente o estojo na perna.
— Você é minha família, assim como ele também é. Porém, que marido seria se não apoiasse minha esposa? — ajeita o chapéu de kazekage.
— Atenção a todos. — um ninja andou alguns passos a frente, fazendo todo o local ficar em absoluto silêncio. — No exame jonnin, o chunnin terá que lutar com o sensei escolhido para avançar na graduação. Um passo a frente Baki e Luana.
Desço do palanque em que estava, me pondo a sua frente. Seu olhar demonstra desafio e acho que um pouco de desgosto que faço questão de ignorar, Temari é meu exemplo nessa aldeia e na minha, era minha mãe e sensei, então não existe possibilidade de falhas.
— A luta só acaba quando um dos dois se render ou um de vocês estiver sem condições de prosseguir na batalha. — levanta uma mão. — Comecem!
A luta foi sem piedade, suas habilidades com kunais me surpreenderam, um tempo se passou e me defendia com algumas agulhas, os dois já estavam bem feridos, enquanto estava no chão, respirando ofegante, usei a kekkei genkai de gelo, para prende-lo e impedir o prosseguimento da luta, vencendo porque ele ficou incapacitado.
Os gritos de incentivo, aplausos e algumas expressões de surpresa foram as últimas coisas que vi e ouvi antes do cansaço me obrigar a dormir.
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Ao abrir os olhos, a luz me incomodava, fechei eles novamente enquanto ouvia duas vozes, uma era claramente do Gaara e a outra demorei mais a identificar, mas era do Kankuro.
— Ela vai ficar bem! — fecha as mãos em punhos.
— Os anbus médicos disseram que ela foi muito machucada, você devia ter evitado isso! — seu tom é de acusação.
— Ela não é meu objeto ou animal de estimação, Luana pediu para lutar, a vontade dela nunca foi ficar cuidando da casa. — mantém a calma, não sei como. — Ninguém merece ficar preso, isso destrói qualquer um.
— Ga… Gaara. — tento sentar e ele corre para onde estou.
— Você foi bem teimosa. — impede que levante e eu aponto levemente a jara de água. Ele põe um pouco em um copo junto com um canudo, com cuidado levanta minha cabeça e tomo tudo, aliviada pelo líquido descer me refrescando por dentro. — Mas Luana, tenho orgulho de você. Nova ninja de elite.
— Obrigada! — sinto dores em todos os lugares que as kunais atingiram. — Gaara? — quando olha, puxo seu corpo para baixo, envolvendo meus braços em torno do seu pescoço. — Eu te amo.
Pode ser cedo demais, mas ele demonstrou isso em inúmeras atitudes desde que cheguei, diferente dele, preciso por em palavras o que estava preso dentro de mim.
Se afasta, chocado, sem saber o que falar, ainda preso em meu abraço.
Kankuro já tinha saído.
— Ama uma arma? — passa as mãos em seus cabelos.
— O que conversamos no jantar? — inclino um pouco a cabeça, como uma leve censura.
— Desculpe? — sorrio pela sua tentativa de concertar isso.
— Amo o homem que está na minha frente, Gaara, a pessoa que não desistiu dos seus sonhos. O homem que não me tratou mal, me fez sentir o amor e está aqui comigo. Eu tenho tanto orgulho de você. — faço carinho em seus cabelos, puxando-o para alguns selinhos.
— Eu também te amo, cuidou e cuida tão bem de mim, posso ser mal humorado às vezes, mas nunca vou te abandonar. — retribui os beijos.
Foi o melhor momento, tempos depois finalmente passamos a viver como marido e esposa.
Algumas semanas depois
Hoje é o dia que irei conhecer a equipe que serei sensei. Bato palmas tentando controlar minha animação, minha bandana é da Névoa, já que não me graduei gennin na Areia e mesmo se pudesse trocar, nunca faria isso. O amor que tenho a minha vila nunca permitiria.
Eles já devem estar na sala da academia me esperando, só entrei aqui uma vez, abordo uma equipe que ia sair com seu sensei e eles me explicam como chegar no lugar. Antes de abrir a porta, respiro fundo, ponho a mão na maçaneta entrando, tinham umas doze crianças, quatro equipes.
O alívio que domina meu corpo é imenso por saber que não deixei eles por último.
— Bom dia. Time 3, Rodrigo, Willian e Dora me acompanhem por favor.
— Sim. — eles se levantam e sem perguntas me acompanham até o lado de fora, onde sentamos na grama.
— Vou me apresentar e em seguida peço que façam o mesmo para que possamos nos conhecer. — Rodrigo, que tem cabelos castanhos levanta a mão.
— Pode perguntar.
— A esposa do Kazekage será nossa sensei? — recebe um tapa da jovem de cabelos roxos.
— Não seja indelicado! — cruza os braços.
— Só questionei. — passa a mão onde levou a pancada e sorrio.
— Respondendo sua pergunta, sim. Sou Luana do Deserto, vim da Vila Oculta da Névoa, tenho dezenove anos e minha comida favorita é purê de batata. — ajeito o cabelo enquanto espero a próxima apresentação.
— Sou Dora, nascida na Areia, pretendo um dia integrar a Anbu e ser reconhecida pela minha família. — deita, pelo visto alguém está com sono.
Reconhecimento da família, provavelmente não são a favor de kunoichis, ou ninjas femininas.
Só lamento, faço questão de ajuda-la a alcançar seus objetivos.
— Rodrigo, também da Areia, assim como a sensei quero ser um Jonnin de elite e sair em missões Rank S um dia. — sorri.
— Sou Willian e minha meta é ser o futuro Kazekage! — aponta para o prédio que meu marido está. — Também nasci aqui.
— Sonhos altos e é disso que gosto, não apressem o processo a ponto de cair, mas não tenham medo de seguir em frente. — cutuco Dora para que abra os olhos. — Amanhã vamos iniciar as missões, por hoje, vão descansar e Dora, vá dormir. Não virem a noite acordados.
Nós despedimos e eu vou para casa e sinceramente espero que ele volte para almoçar, esse era nosso acordo, ao menos duas de três refeições temos que fazer juntos e uma vez a cada duas semanas sair para algum lugar.
O casamento é como uma planta que necessita de manutenção diária e atenção constante.
Oi, "não virem a noite", a hipocrisia da autora que terminou o capítulo as 04:18 né?
Estamos entrando na reta final da fic, não tem como prolongar muito com a classificação que não permite diversos assuntos, porém outras vão vim.
Até o próximo capítulo.
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Contrato de paz
FanfictionLuana sempre amou sua vila, mas seus planos precisaram mudar radicalmente após uma reunião. Seria ela capaz de abrir mão da sua felicidade para evitar uma nova guerra em um mundo que acabou de conhecer a paz? Pelos seus amigos e desconhecidos, faria...