8 - Surpresa

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Sabaku no Gaara

Então essa era a sensação de solidão que a Luana falava? Chegar em casa e não ouvir sua voz cantarolando e falando "Bem vindo de volta" me faz sentir um aperto no coração.

Ao ir para a cozinha, meu prato estava feito com um bilhete.

Sei que se não deixasse pronto, só ia comer comida instantânea e se trancar no escritório.

Coma e descanse, volto mais tarde.

Att: Luana, sua esposa.

Fecho os olhos sentindo o sorriso ir de orelha a orelha, o coração aqueceu por causa da sua preocupação.

Isso me deu uma ideia, disse que a mimaria, então amanhã tomaria as providências necessárias.

Enquanto comia, encostado na pia, sem ânimo para ir pra mesa, penso nos detalhes necessários para isso. Precisaria organizar meu tempo para não trocar a ordem que planejei.

Ligo a torneira lavando a louça, é o mínimo para ajudar em casa e vou até o escritório.

Pego um pergaminho em branco, pena e tinta.

Organizar a surpresa

Necessário:

Flores
Chocolate
Um ursinho?

Será que ela gosta disso?

Suspiro soltando a pena e bagunçando meus cabelos, não sei praticamente nada sobre seus gostos.

Balanço as pernas até o sono bater e eu me orgulhar da minha decisão.

Espero que goste.

Levanto guardando o pergaminho em uma gaveta, tranco ela e após apagar as luzes, fecho o escritório para ir pro quarto.

Daria tudo para esperar ela acordado, mas não consigo, o sono vence essa luta após encostar a cabeça no travesseiro.

No dia seguinte

Acordo sentindo um peso em cima do meu peito, ela estava me abraçando enquanto dormia, cabelos bagunçados, tão linda.

Linda? É Gaara, acho que você está começando a gostar da sua esposa.

Que ironia, logo eu que nunca pensei em casar.

Saio do abraço com todo cuidado para não acorda-la, tomo banho rápido e depois de me arrumar, vou para a cozinha, passar o café, nunca vi alguém gostar tanto desse líquido.

Torradas com ovos, para dar energia, ela anda treinando muito e eu preciso que esteja bem.

Com a manipulação da areia pego a vassoura, varrendo a casa e depois estendendo a roupa, ainda cansado, preciso ajudar.

— Bom dia. — sua voz baixa devido ao sono me assusta um pouco.

— Bom dia, seu café. — estendo um copo de café com leite em sua direção.

— Obrigada. — sorri tomando alguns goles da bebida.

Beijo sua bochecha de surpresa e em choque me observa, sem saber o que fazer, olho para a bancada vendo a comida.

— Vem comer. — mantenho a calma enquanto Luana concorda.

— Aconteceu alguma coisa? — faz mini sanduíches de ovos e começa a comer suspirando em aprovação.

— Não posso ajudar em casa? — a satisfação de ver ela comendo algo feito por mim é tão bom.

— Quais os planos para hoje? — leva a louça que sujou para a pia.

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