No dia do casamento
Nas semanas que se passaram foi uma completa loucura. Escolher flores, mesas, comidas, decorações para mesas, terno para meu sensei, ensaios que o noivo não estava presente, pois segundo ele, estava muito ocupado.
Suspiro desanimada com esse acordo, só a assinatura dos kages em um papel não seria suficiente para diminuir a tensão. Sou uma das armas da Névoa e eles me dando de presente em uma bandeija pra Areia.
— Podemos entrar? — Thiago, Daiane e Natanael sensei entram após minha autorização.
O kimono era o tradicional, branco com diversas flores espalhadas pelo tecido e uma flor na cabeça, prendendo o cabelo longo, uma rosa do deserto.
Ao ouvir a porta abrir, o meu time entra e ficam me olhando.
— Está muito bonita. — Thiago foi o primeiro a falar.
— Linda é pouco, está deslumbrante. — Daiane estende a mão e aperto, tendo medo de bagunçar o trabalho das maquiadoras.
— Luana… — encaramos o sensei, raramente ele se pronunciava nesses casos. Encara as maquiadoras. — Poderiam nós dar licença?
Elas saem indignadas, reclamando que não iriam repassar nada do que fosse falado ali. E eu sou um dos seis caminhos de Pain, me poupe!
Aguardamos alguns minutos e Lucas foi olhar para saber se ninguém estava próximo.
— Tá limpo.
— Caso sofra qualquer agressão por parte do Kazekage Gaara, de qualquer ninja ou civil, saiba que não precisa desertar e se tornar nukenin, eu receberei você em minha casa de braços abertos. — fico em choque. — Nunca vamos abandonar companheiros de time e vocês são mais do que isso, o primeiro time que liderei e minha família.
Daiane já está em prantos e eu querendo chorar sem poder, se borrar a maquiagem o sermão não terá fim.
— Não se esqueçam de mim. — peço, a pior coisa é o abandono.
— Nunca. Time 4 sempre unidos! — meu coração aquece ao ouvir as palavras do sensei.
Temari chega dizendo que está na hora.
Respiro fundo e vejo o sensei ir atrás da minha mãe, ela vai entrar primeiro e na metade do caminho entrarei com os dois.
Não seria justo ela sair para ele entrar, afinal ela nunca me abandonou, então vamos os três.
Todos saem e respirando fundo irei me casar com o rapaz que só vi duas vezes, desde o exame chunnin em Konoha.
Os lugares estavam enfeitados, afinal não é todo dia que o Kazekage vai casar.
— Não é ela que veio do clã do cara que ajudou Zabuza?
— Sim, os anciões devem ser loucos.
Ouvir isso fez meu sangue aquecer.
— Pelo menos não fui inútil a ponto de deixar um terrorista matar o kage da minha aldeia! — falei vendo eles ficarem vermelhos, não vou engolir esses desaforos.
— Filha calma, está tremendo. Desse jeito o noivo ficará viúvo antes de casar. — fica rindo da minha ansiedade, me afastando daquelas pessoas.
Em silêncio caminhamos até a entrada, controlando a respiração, coração acelerado de puro nervosismo.
Ele já está lá me esperando, com seu trage de Kazekage, a cabaça de areia em caso de invasão, no mundo ninja, aprendemos a nunca abaixar a guarda, seus olhos encontram os meus, aperto mais o braço da minha mãe e no meio do caminho paramos.
Natanael sensei se levanta e segura meu outro braço.
— Lembre-se do que te falei. — minha mãe olha para a gente sem entender.
— Sim sensei. — sinto minhas pernas querendo falhar, a vila quase toda estava ali para assistir.
O chão tinha flores típicas do deserto me dando as boas vindas.
A maioria das plantas do meu país não iriam sobreviver a essa quintura.
Sensei pega minha mãe e põe na do Gaara.
— Cuide dela ou terá que se ver com uma aldeia ninja Gaara do Deserto. — seus olhos se encontram quase declarando um duelo.
Ameaçar publicamente um kage pode ter como consequências ter que abandonar sua vila, por talvez tentar desencadear uma guerra.
— Cuidarei dela como se fosse minha vida. — garante sem alterar a expressão.
Concorda, minha mãe beija minha testa e me abraça sussurrando…
— Seu pai estaria orgulhoso de você. E eu também estou, seja feliz minha princesa. — quando se afasta seus olhos estão cheios de lágrimas não derramadas.
Meu pai se recusaria a me entregar a uma vila desconhecida, tentaria o diálogo ou iria me ajudar a ir embora dali.
Afasta-se e me viro para meu noivo, olhamos para os anciões das duas vilas.
— Estamos aqui reunidos nesse dia especial para celebrar a união de dois jovens que decidiram tornar duas vidas em uma…
Como se não tivessem obrigado a gente a casar.
— Sabaku no Gaara, você aceita Luana Yuki, da Vila Oculta da Névoa como sua esposa? Para amar, respeitar e honrar por todos os dias de sua vida? — o silêncio no ambiente após a pergunta do ancião faz meu coração gelar.
— Luana, como sabe, não tive um bom exemplo de pai e nunca tive exemplo de marido. Mesmo trabalhando muito como Kazekage, prometo perante todos não deixar faltar nada a você. — pega minhas mãos. — Não proíbo de visitar sua aldeia de origem. Então eu, Sabaku no Gaara, recebo-te Luana do clã Yuki como minha legítima esposa. Amarei, respeitarei e honrarei até meu último dia de vida.
Até que ponto suas palavras são verdadeiras? Ele é tão diferente do Gaara que conheci em Konoha.
— Luana Yuki, aceita Sabaku no Gaara, Kazegake da Vila Oculta da Areia como seu marido, prometendo perante todos, amar, honrar, respeita-lo? — o ancião e Gaara me encaram e eu tento me controlar.
Cadê a intervenção quando preciso? Procuro a Mizukage pelo local e ela acena positivamente com a cabeça.
— Perdi meu pai biológico muito cedo, não restando muitas lembranças e exemplos, mas meus senseis foram os maiores exemplos de homens que honram sua palavra. Gaara… — nossos olhos se encontram. — Fiz para esse dia...
A vida dá voltas
E coisas que não entendemos ou não queremos acontecem.Mas,
Acima de tudo temos a vontade de permanecer.
Que seja um lindo novo período
E contigo,
Espero paz e harmonia.Escuto pessoas chorando e ele surpreso por esses votos.
Não quero viver em guerra, o coração tá doendo de saudades de casa, mas lembro que daria minha vida pela paz.
— Eu, Luana do clã Yuki, aceito você, Sabaku no Gaara como meu legítimo marido, prometendo ser compreensiva e companheira em relação ao seu trabalho, irei te amar, honrar e respeitar até a última batida do meu coração.
— Eu os declaro marido e esposa. — o ancião limpa algumas lágrimas, não é diferente com os outros. — Pode beijar a noiva.
Meu rosto deve estar mais vermelho que o cabelo do meu marido.
Nós aproximamos devagar, fecho os olhos e ainda de mãos dadas, nossos lábios se encontram em um beijo calmo.
A chuva de aplausos me lembra que esse foi meu primeiro beijo.
Nenhuma palavra foi falsa, posso amar esse novo Gaara, quem sabe aqui possa ser sensei de uma equipe.
Casou!!!! E esses votos tão lindos? De autoria da protagonista PandGhoul.
Seu sonho foi realizado maninha!!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contrato de paz
FanfictionLuana sempre amou sua vila, mas seus planos precisaram mudar radicalmente após uma reunião. Seria ela capaz de abrir mão da sua felicidade para evitar uma nova guerra em um mundo que acabou de conhecer a paz? Pelos seus amigos e desconhecidos, faria...