4 - Casamento

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No dia do casamento

Nas semanas que se passaram foi uma completa loucura. Escolher flores, mesas, comidas, decorações para mesas, terno para meu sensei, ensaios que o noivo não estava presente, pois segundo ele, estava muito ocupado.

Suspiro desanimada com esse acordo, só a assinatura dos kages em um papel não seria suficiente para diminuir a tensão. Sou uma das armas da Névoa e eles me dando de presente em uma bandeija pra Areia.

— Podemos entrar? — Thiago, Daiane e Natanael sensei entram após minha autorização.

O kimono era o tradicional, branco com diversas flores espalhadas pelo tecido e uma flor na cabeça, prendendo o cabelo longo, uma rosa do deserto.

Ao ouvir a porta abrir, o meu time entra e ficam me olhando.

— Está muito bonita. — Thiago foi o primeiro a falar.

— Linda é pouco, está deslumbrante. — Daiane estende a mão e aperto, tendo medo de bagunçar o trabalho das maquiadoras.

— Luana… — encaramos o sensei, raramente ele se pronunciava nesses casos. Encara as maquiadoras. — Poderiam nós dar licença?

Elas saem indignadas, reclamando que não iriam repassar nada do que fosse falado ali. E eu sou um dos seis caminhos de Pain, me poupe!

Aguardamos alguns minutos e Lucas foi olhar para saber se ninguém estava próximo.

— Tá limpo.

— Caso sofra qualquer agressão por parte do Kazekage Gaara, de qualquer ninja ou civil, saiba que não precisa desertar e se tornar nukenin, eu receberei você em minha casa de braços abertos. — fico em choque. — Nunca vamos abandonar companheiros de time e vocês são mais do que isso, o primeiro time que liderei e minha família.

Daiane já está em prantos e eu querendo chorar sem poder, se borrar a maquiagem o sermão não terá fim.

— Não se esqueçam de mim. — peço, a pior coisa é o abandono.

— Nunca. Time 4 sempre unidos! — meu coração aquece ao ouvir as palavras do sensei.

Temari chega dizendo que está na hora.

Respiro fundo e vejo o sensei ir atrás da minha mãe, ela vai entrar primeiro e na metade do caminho entrarei com os dois.

Não seria justo ela sair para ele entrar, afinal ela nunca me abandonou, então vamos os três.

Todos saem e respirando fundo irei me casar com o rapaz que só vi duas vezes, desde o exame chunnin em Konoha.

Os lugares estavam enfeitados, afinal não é todo dia que o Kazekage vai casar.

— Não é ela que veio do clã do cara que ajudou Zabuza?

— Sim, os anciões devem ser loucos.

Ouvir isso fez meu sangue aquecer.

— Pelo menos não fui inútil a ponto de deixar um terrorista matar o kage da minha aldeia! — falei vendo eles ficarem vermelhos, não vou engolir esses desaforos.

— Filha calma, está tremendo. Desse jeito o noivo ficará viúvo antes de casar. — fica rindo da minha ansiedade, me afastando daquelas pessoas.

Em silêncio caminhamos até a entrada, controlando a respiração, coração acelerado de puro nervosismo.

Ele já está lá me esperando, com seu trage de Kazekage, a cabaça de areia em caso de invasão, no mundo ninja, aprendemos a nunca abaixar a guarda, seus olhos encontram os meus, aperto mais o braço da minha mãe e no meio do caminho paramos.

Natanael sensei se levanta e segura meu outro braço.

— Lembre-se do que te falei. — minha mãe olha para a gente sem entender.

— Sim sensei. — sinto minhas pernas querendo falhar, a vila quase toda estava ali para assistir.

O chão tinha flores típicas do deserto me dando as boas vindas.

A maioria das plantas do meu país não iriam sobreviver a essa quintura.

Sensei pega minha mãe e põe na do Gaara.

— Cuide dela ou terá que se ver com uma aldeia ninja Gaara do Deserto. — seus olhos se encontram quase declarando um duelo.

Ameaçar publicamente um kage pode ter como consequências ter que abandonar sua vila, por talvez tentar desencadear uma guerra.

— Cuidarei dela como se fosse minha vida. — garante sem alterar a expressão.

Concorda, minha mãe beija minha testa e me abraça sussurrando…

— Seu pai estaria orgulhoso de você. E eu também estou, seja feliz minha princesa. — quando se afasta seus olhos estão cheios de lágrimas não derramadas.

Meu pai se recusaria a me entregar a uma vila desconhecida, tentaria o diálogo ou iria me ajudar a ir embora dali.

Afasta-se e me viro para meu noivo, olhamos para os anciões das duas vilas.

— Estamos aqui reunidos nesse dia especial para celebrar a união de dois jovens que decidiram tornar duas vidas em uma…

Como se não tivessem obrigado a gente a casar.

— Sabaku no Gaara, você aceita Luana Yuki, da Vila Oculta da Névoa como sua esposa? Para amar, respeitar e honrar por todos os dias de sua vida? — o silêncio no ambiente após a pergunta do ancião faz meu coração gelar.

— Luana, como sabe, não tive um bom exemplo de pai e nunca tive exemplo de marido. Mesmo trabalhando muito como Kazekage, prometo perante todos não deixar faltar nada a você. — pega minhas mãos. — Não proíbo de visitar sua aldeia de origem. Então eu, Sabaku no Gaara, recebo-te Luana do clã Yuki como minha legítima esposa. Amarei, respeitarei e honrarei até meu último dia de vida.

Até que ponto suas palavras são verdadeiras? Ele é tão diferente do Gaara que conheci em Konoha.

— Luana Yuki, aceita Sabaku no Gaara, Kazegake da Vila Oculta da Areia como seu marido, prometendo perante todos, amar, honrar, respeita-lo? — o ancião e Gaara me encaram e eu tento me controlar.

Cadê a intervenção quando preciso? Procuro a Mizukage pelo local e ela acena positivamente com a cabeça.

— Perdi meu pai biológico muito cedo, não restando muitas lembranças e exemplos, mas meus senseis foram os maiores exemplos de homens que honram sua palavra. Gaara… — nossos olhos se encontram. — Fiz para esse dia...

A vida dá voltas
E coisas que não entendemos ou não queremos acontecem.

Mas,
Acima de tudo temos a vontade de permanecer.
Que seja um lindo novo período
E contigo,
Espero paz e harmonia.

Escuto pessoas chorando e ele surpreso por esses votos.

Não quero viver em guerra, o coração tá doendo de saudades de casa, mas lembro que daria minha vida pela paz.

— Eu, Luana do clã Yuki, aceito você, Sabaku no Gaara como meu legítimo marido, prometendo ser compreensiva e companheira em relação ao seu trabalho, irei te amar, honrar e respeitar até a última batida do meu coração.

— Eu os declaro marido e esposa. — o ancião limpa algumas lágrimas, não é diferente com os outros. — Pode beijar a noiva.

Meu rosto deve estar mais vermelho que o cabelo do meu marido.

Nós aproximamos devagar, fecho os olhos e ainda de mãos dadas, nossos lábios se encontram em um beijo calmo.

A chuva de aplausos me lembra que esse foi meu primeiro beijo.

Nenhuma palavra foi falsa, posso amar esse novo Gaara, quem sabe aqui possa ser sensei de uma equipe.

Casou!!!! E esses votos tão lindos? De autoria da protagonista PandGhoul.

Seu sonho foi realizado maninha!!

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