Após sairmos do local e irmos para um quarto preparado por Temari para a noite de núpcias, estava enfeitado da cor vermelha, pétalas de rosas espalhadas pelo local embrulhava um pouco meu estômago.
Tirei a rosa que estava em meu cabelo para desfazer o penteado, a liberdade de ter os cabelos soltos não tem preço, joguei para longe os calçados, massageando meus pés.
Qual a necessidade de uma cerimônia durar tanto?
Meu rosto dói um pouco de tanto forçar um sorriso para não gerar desconfianças nas pessoas.
— Só vou deixar claro que nada físico vai acontecer entre a gente. — meu marido se pronuncia pela primeira vez desde que entramos e logo foi para o banheiro.
— Problema seu. Você nem é tão bonito assim. — reviro os olhos e vou caminhando em direção a um enorme espelho.
— Faça-me rir. Por que aceitou esse casamento? — sai com uma camisa e calça de pijama com o símbolo da Areia.
— Pelo mesmo motivo que você, não quero inocentes em guerra por causa que recusei um contrato de casamento e pelo visto você também não. Não menti em meus votos. Nunca prometi submissão e sim tentar te entender, mas já quer iniciar com brigas, que assim seja! — vou para o banheiro, tranco a porta e tem uma banheira cheia de pétalas de rosas, reviro os olhos.
Isso aqui está parecendo o sharingan do clã Uchiha de tanto vermelho, retiro a vestimenta e toda aquela maquiagem. Ignoro a banheira indo para o chuveiro, colocando na água gelada, já que estava no quente.
Calor do caramba e ele toma banho quente? Maluco.
Coloco um pijama de nuvens, ajustando as mangas e voltando para lá.
— Quer conversar? — está sentado na cama com as pernas dobradas.
— Sem paciência, quero dormir. — deito na cama, ignorando aquele lugar enfeitado.
— Luana, se você não quer viver um inferno ou enfrentar uma guerra, pode, por favor, tentar me ajudar a fazer isso dar certo? — ao me virar ele passa as mãos em seus cabelos, frustrado.
Ainda na defensiva, sento refletindo um pouco sobre seu pedido.
— Me conte sobre você. — ele pede.
— Vou pular o que você já deve saber. Minha kekkei genkai é estilo gelo e em nenhum momento quero ficar só cuidando da casa. Sou uma chunnin, posso entrar em algum esquadrão daqui?
Realmente preciso arrumar o que fazer aqui, passar o dia olhando pra ele não é opção.
— Em dois meses podemos ver isso. — vai atrás de uma bacia de uvas trazendo pra cama e começa a comer.
— Por que tanto tempo? — pego um punhado.
— "O Kazekage casou não tem nem três dias e a esposa já sai em missões". — revira os olhos. — "Talvez não esteja dando conta", "Será que não foi apenas para evitar a guerra?". Enfim, muitas teorias podem surgir, os civis das duas nações não sabem do contrato.
— Pulando alguns fatos que sei sobre você, sua vez. — pego mais uvas adorando o fato delas não terem sementes.
— Ainda sou gennin… — interrompo com uma pequena risada. — Qual a graça?
— Nada não. — me recuso a contar isso por agora. — Prossiga.
— Gosto de cuidar de cactos, passear pela vila, coisas simples. — boceja. — Regras e limites para esse casamento?
— Mãos dadas e beijo vez ou outra para não desconfiarem. — olho em seus olhos para dar mais veracidade as minhas próximas palavras. — Você pode não gostar de mim, mas não vou tolerar traição.
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Contrato de paz
FanfictionLuana sempre amou sua vila, mas seus planos precisaram mudar radicalmente após uma reunião. Seria ela capaz de abrir mão da sua felicidade para evitar uma nova guerra em um mundo que acabou de conhecer a paz? Pelos seus amigos e desconhecidos, faria...