7 - Jantar

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Escuto o barulho de passos subindo a escada, guardo o livro esperando quem quer que seja.

Quem seria louco de entrar na casa do Kazekage sem autorização?

Levanto a mão já preparando lanças de gelo para perfurar o coração quando avisto seus fios vermelhos.

— Calma princesa de gelo. — sorri levantando as mãos.

— Você me assustou. — quebro as lanças, que se espalham com pequenos estouros.

— Perdão. Vou me arrumar e logo vamos. — apesar do sorriso no rosto, não chega aos olhos, mostrando as olheiras de tanto trabalhar.

Por que me sinto um pouco mal?

Afasto esse pensamento voltando a ler e após reler a página pela quarta vez sem absorver nada do que estava escrito, vou guardá-lo em seu lugar original.

— Vamos? — ao me virar ele está simplesmente lindo.

Camisa branca com uma jaqueta preta por cima, uma gravata da mesma cor folgada, calça mais solta e nas costas sua cabaça de areia.

— Claro. — estende a mão e pego ela.

Saímos e ao olhar para cima a lua já estava bem aparente no céu com poucas estrelas, alguns civis passeavam mais a noite, já que estava um pouco frio, além do esperado já que no deserto atinge temperaturas negativas.

— É aqui. — entramos sem falar nada. A faixada do lugar é simples, mas bem bonita. — Boa noite, mais cedo fiz uma reserva para dois.

— Boa noite senhor Kazekage, por favor me acompanhe.

As mesas estavam cobertas com as cores de algumas flores do deserto, vermelho com preto, alguns casos de flores brancas. Os garçons e garçonetes estavam trajando roupas com essas cores, como se fosse um lugar mais familiar já que não vejo bar.

Puxa a cadeira para mim, sento sorrindo em agradecimento, ele senta também e logo o cardápio é deixado na nossa mesa.

— Bom querido marido, o que gostaria de saber? — questiono sem tirar os olhos do cardápio.

— Como sabe que ela foi a única a me escolher como sensei? Já nos encontramos antes? — a garçonete chega interrompendo as questões.

— Gostariam de pedir agora?

— Peça por mim, estou aqui então me apresente a culinária local.

— Certo. — pede e logo a mulher se retira. — E então?

— Na minha chegada a Areia, não foi a primeira vez que eu te vi, mas possivelmente foi a primeira vez que você me viu. — um pouco de mistério faz bem.

— Explique-se. — junta as mãos apoiando-as na mesa.

— A um bom tempo atrás, a Vila da Folha foi a anfitriã dos exames chunnin, vi diversas lutas, fui com meu sensei porém não participei por já ter sido nomeada chunnin no exame de outra vila, mas meus companheiros tinham reprovado, então fomos e fiquei dando apoio. — me apoio no encosto da cadeira. — Foi ali que te vi pela primeira vez, quando perguntei falaram que era um monstro, uma arma da Areia.

— Eles me resumiram a isso mesmo. — baixa a cabeça. — Um monstro, uma arma suprema.

— Mas com o tempo, observei sua luta contra o Sasuke Uchiha. Após ajudar no ataque que a Areia causou, fui atrás de você na esperança de poder fazer alguma coisa, cheguei no exato momento que o Naruto falou sobre mudanças, sair da escuridão. — a comida chega, agradeço e como um pouco antes de continuar. — Após sua captura pelo nukenin Deidara, quis sair da minha vila pra ir ajudar, mas não foi solicitado ajuda, afinal seria loucura ajudar inimigos. Quando soube que se tornou kazekage, fiquei feliz, não tinha motivos para te odiar.

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