Contrato de paz

3 - Chegada na Areia

Poderíamos ir pelas árvores, o que seria mais divertido, mas devido ao vestido e outros detalhes, tivemos que ir de carruagem, principalmente pela segurança da nossa kage.

Para um casamento do mundo ninja ter validade, além dos kages, é necessário algum representante da família de ambas as partes, de preferência os pais, mas caso não estejam vivos, irmãos e tios são convocados.

Com os braços apoiados nas grades da embarcação, observo o oceano a nossa frente, tão lindo e imenso, tantas pessoas temem as ondas, mas eu amo, a calmaria que o cheiro de maresia trás, me faz lembrar das histórias que ouvi sobre meu pai.

Os outros estão lá dentro, alguns enjoados e eu querendo mergulhar, porém, a bronca me faz repensar isso.

Estava tão perdida em pensamentos que quando alguém se aproxima ficando ao meu lado, quase pego uma kunai, mas a mão não chega ao estojo quando vejo Daiane.

— Luana, lembra da nossa primeira missão? — ela pergunta sem olhar para mim.

— Claro. Nunca ouvi tanta reclamação do Thiago por não ser missão de elite, mas esperada o que? Tínhamos acabado de sair da academia. — ela ri alto lembrando da confusão que deu. — Aliás, no dia de separar os times, o sensei remarcou o local de encontro em cima da hora.

— Falando de mim, Lulu da Pomerânia? — se coloca ao nosso lado.

— Falou o porco espinho, mas sim. — observo as folhas caindo. — Lembra da formação dos times?

— Claro, estava cercado de meninos e querendo dormir, o sensei Yago começou a separar e muitos estavam na expectativa de permanecerem juntos. — deu de ombros. — Não ficaram. Na hora que ele falou, atenção para o time 4, será formado por Thiago, Luana e Daiane. Levantei agradecendo por ficar com duas meninas. A cara de indignação dos meninos ali foi a melhor.

— Sim, ficamos junto com o time 9 e 10 aguardando nossos sensei. A Daiane tomou um baita susto quando o sensei chegou mostrando os dentes. — caímos na gargalhada enquanto ela dava tapas na gente, mas logo entrou na brincadeira.

— Vocês me deram trabalho. — sensei entrou na conversa como se refletisse. — Daiane era medrosa, você odiava trabalhar em grupo e o Thiago não aceitava um "não", queria sempre ser o líder.

— Ei! — falamos em conjunto.

— Tô mentindo?

— Não. — bufo revoltada.

A noite trouxe o vento frio, então optamos por nós recolher, o sono não vinha e todos dormiam tranquilos, afinal não vai ser nenhum deles que vai casar sem saber quase nada do futuro marido.

Gaara do Deserto, ex jinchuuriki do Shukaku, uma cauda. Seus irmãos são Temari, princesa dos ventos e Kankuru, um marionetista. É tudo sobre ele que consigo lembrar, ou seja, é o mesmo que nada.

Quando alguns raios do sol estão saindo, apaguei por umas três horas, assim que levantei fui tomar banho, já estavam reunidos para tomar café, comi por necessidade pra não passar mal na travessia, que agora iríamos por terra.

País do Fogo, alguns ninjas iam a frente em caso de combate, o silêncio era grande, qualquer conversa chamaria a atenção de inimigos.

Todos pararam ao ver um ninja levantar sutilmente a mão. A maioria pegou kunais prontos para batalha só que eram dois ninjas mascarados.

— Não vinhemos lutar. — um deles fala, levantando as mãos e pulando um pouco mais afastada da gente. — Mizukage Mei Terumī… — abaixa a cabeça levemente. — somos a escolta enviada pelo Shoudaine Hashirama Senju, Hokage de Konoha. Codinomes: Jéssica e ele é o Márcio.