| C A P I T U L O 11|

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    A chuva estava forte, a grama molhada e podia sentir o cheiro da terra. As nuvens fecharam o sol, fazendo ficar com o clima mais pesado e triste.

Aurora foi até o caixão e jogou duas flores brancas. Ela usava um vestido preto com botas curtas pretas, deixando a mostra um pouco da sua meia branca, seu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo, e seus olhos estavam triste.

Ninguém estava lá de diferente, apenas eu.

Dizem que existem cinco estágios do luto. Negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Mas, Aurora pulou as quatro ultimas e acrescentou mais uma... Vingança.

Fui até ela e joguei uma flor. Coloquei minha mão em seu ombro e acariciei de levinho, tentando trazer algum tipo de conforto. Ela depositou sua mão encima de minha, e abaixou a cabeça. Ela queria chorar, ela queria se jogar no chão e pedi a Deus para trazer a sua mãe de volta, mas a mesma não faria isso, porque agora a única coisa que ela pensa e Vingança.

Depois de enterrarem a Dona, Aurora respirou fundo, e fechou os seus olhos. Depois caminhamos até a grande estrada de pedra.

- Você sabe, que não vai ser fácil...não? – Pergunto entregando uma garrafa d'agua.

- Sei, mas estou disposta a tudo. – Ela bebeu a agua, e começamos a nos retirar do cemitério.

A frente, estava Lucas e Ruy, fora do carro esperando nos duas. Lucas usava um tenho preto assim como Ruy. Os olhos de Aurora foram até Lucas e o encarou.

- Oi, gente – Falo em quanto chego perto.

- Oi – Os dois responderam juntos.

- Meus pêsames, pela sua mãe. – Ruy diz. Como sempre um fofo.

- Meus pêsames também. – Lucas diz olhando nos olhos da Aurora.

- Obrigada. Posso saber o nome de vocês? – Ela perguntou.

- Sou Ruy – Ela concorda com a cabeça.

- Sou Lucas.

[...]

Chegamos na grande mansão do Sr. Xavier. Aurora não abriu a boca até agora. Lucas era o tipo de pessoa super gente boa, quando pegava intimidade, mas, com a Aurora ali, ele ficou na dele com seu olhar autoritário.

- Jane? – Aurora me chama enquanto subimos as escadas.

- Sim? – Olha para ela que estava ao meu lado com uma mala e uma mochila nas costas.

- Por onde começamos? O que eu vou fazer? – Ela questiona. Seus olhos azuis estavam mas azulados que o normal, sua boca rosada e seu cabelo loiro caia em seu ombro.

- Você vai ficar aqui, até o dia de sua vingança chegar. – Olha para ela e entramos pela porta - Aurora, não será fácil, e nesse meio tempo que você fiquei aqui, você pode mudar de ideia ou querer sair correndo com as mãos no cabelo.

- Eu sei...

- Mas, pra sua vingança acontecer você tem que seguir uma regra pequena – Paro de andar e me viro para ela, encarando seus olhos – Confiança.

- Confiança?

- Sem confiança, nada anda, nada se resolve. Então eu peço, não quebre a minha confiança em você, se não vou ter que fazer escolha que eu nem você vai gostar... esta bom? – Ela balança a cabeça concordando.

- Eu confio em você Jane, e sei que tudo vai dar certo.

Passamos por um grande gramado verde. A casa onde Aurora iria ficar, era basicamente três cômodos. Assim que passamos pela porta, tem a sala com um sofá duas poltronas dos lados e uma grande TV pendurada no painel. Ao lado esquerdo tinha uma pequena cozinha e logo depois uma grande cama bem aconchegante cheia de travesseiros. Combinava com Aurora, alguém bem princesa e rosa. Credo.

Assassina de AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora