|C A P I T U L O 27|

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*>Jane Carson<* 

A musica soavam em meus ouvidos em uma harmonia perfeita. O barman lavava os copos observando o salão. Levei meu coquetel até os meus lábios, sentindo o azedo do limão com uma doçura do mel.

- Esta uma delicia... - Sussurro para mim mesma, e percebi a boca do Barman se levantar em um sorriso tímido.

Fiquei observando o salão, algumas pessoas dançavam e sorriram alegremente. Crianças brincavam com a comida e outras apenas resmungavam. Terminei minha bebida e fui dar uma volta na praia. 

Quando passava pela porta do Hotel, observei atentamente, duas pessoas sentadas no sofá. Uma mulher e um homem - pareciam um casal -me olharam rapidamente me medindo. 

Capangas do Rei.

Desci as grandes escadas de pedra marrom e senti o cheiro do mar. O que eu mas venero em toda a minha vida e esse sentimento de: Paz e liberdade. 

Não que seja algo que eu não tenha, mas muitas das vezes em meus dias conturbados, sempre tento imaginar dias ensolarados com minha família, apesar de não lembrar de meus pais, tenho uma linda foto, pequena, mas com grande significado... meu aniversario - de 3 anos - um sorriso radiante em meus rosto sem os dois primeiros dentes da frente e meus pais com aqueles chapeuzinhos pontudos cafona, um de cada lado, em um dia ensolarado...felizes.    

O cheiro da agua salgada a macies da areia entre os dedos dos pés, o vento morno batendo contra o rosto. Tirei minhas sandálias e caminhei entre a areia querendo molhar meus pés nas ondas salgadas que formavam na beira daquele mar gigante. O toque da primeira gota d'agua em meus dedos, fizerem minhas pernas se arrepiarem, fechei os meus olhos e respirei profundamente.

 - Vovó, vamos na água? - Uma garotinha que deveria ter por volta dos 4 anos de idade disse a mais velha, que respirava tranquilamente aquela sensação - Paz.  

- Minha neta, está escuro... amanhã voltamos e ficamos o dia inteiro. - A avó disse e caminhou de mãozinhas dadas pela areia com a neta. Os cabelos brancos em um coque com um lacinhos rosa. desaparecendo de minha vista ela caminharam no hotel.

Uma lembrança invadiu meus pensamentos...

¨ - Vovó, eu quero nadar! - A garotinha pequena disse a avó que estava sentada na cadeira de praia, recebendo a luz do sol em seu corpo. 

- Minha menina, quer ir nadar? - A garota balançou a cabeça concordando - Deixa-me passar o protetor solar primeiro. - A garotinha de maiô azul escuro com babados na cintura, engatinhou até sua avó, sujando seus joelhos e mãos de areia. 

Ela posicionou seu corpinho nas pernas da vovó e esperou para receber o liquido branco e gelado em seu rosto. Depois que sua avó passou no rosto dela a mesma disse:

- Jane, quem chegar por ultimo, vai ficar sem Leite com Nescau - O pesadelo da garotinha, ficar sem o Leite preparado pela sua vó. Então as duas correram, correram rápido sem olhar para trás, sorrindo alegremente. 

Gotas de águas beijavam o rosto da avó e de sua neta. As gargalhadas eram altas e os olhos fechados por conta do sol forte. Sua avó jogava água em sua neta, com cuidado para não entrar em seus olhos, enquanto a Jane, não estava nem ai... batia na água, jogava para cima, dava gargalhadas compridas e gritava para sua vó que queria ir mais fundo... ¨

Um sorriso brotou em meu lábios, mas não alcançou meus olhos... respirei fundo e e me obriguei a engolir as lagrimas.

Minha avó, minha linda e querida avó...

Respirei fundo novamente afastando todas as memorias, não posso desabar, não me permito desabar em lagrimas... 

[...]

- Demorou demais, não acha? - Brian diz alto deitado na cama, no escuro.

- Fala baixo... - Falo e vou tomar outro banho rápido. Tiro minha roupa e ligo o chuveiro. 

não estou me sentindo bem...

- Vou escovar os meus dentes!!! - Brian diz. Puta, esqueci de trancar a porta. - Tenho uma ótima visão de seu corpo nesse box de vidro, sabia?

- Que bom, para você... - Digo com minha voz baixa. Não estava no clima para aguentar suas palhaçadas. Demorou mais alguns minutos, contendo minha lagrimas... 

Não conseguia respirar, eu estava ali... ali, quando os aparelhos foram desligados e o coração da minha vozinha, parou de bater... lagrimas escorriam em meus rosto.

Sozinha.

Sozinha

A solidão tomou conta da minha alma, daquele dia... daquele momento, só lembro de meus joelhos baterem com certa força no piso branco do quarto.

- Está tudo bem? - Diz Brian. Conseguia ver pelo vidro, seu reflexo em pé na porta.

- Estou. -  Ele entendeu e saiu do banheiro.

[...]

O quarto estava todo escuro e a janela aberta, apenas as cortinas flutuavam com o vento morno da ilha. Estava deitada, pensando em nada, apenas respirando. Clifford se mexeu no sofá, fazendo barulho.

 Meus olhos estavam se fechando, quase pegando no sono e de novo, ele se mexe. Suspirei alto e me virei de costa para a janela. Clifford novamente se mexe respirando fundo também.

- Será que a criança, que não consegue dormir fora de casa, pode parar de se mexer?! - Pergunto me apoiando no travesseiro macio.

- Esse sofá e pequeno, não gosto dele. - Ele disse, com sua voz rouca.

Deitei novamente, mas agora com pena do bonito... olha que ódio.

- Seu cavalo, deite-se aqui. - Ele levantou a cabeça e me encarou.

- Serio?! - Ele pergunta.

- Vai logo, antes que eu mude de ideia. - Me ajeitei na cama e me cobri apenas meus quadris para baixo, fechei meus olhos esperando o sono vir.

Senti a cama afundar ao meu lado e um suspiro de alivio sair da boca do Clifford. Ele se ajeitou melhor... acho que o mesmo percebeu que eu não estava tão bem.

A escuridão foi me invadindo e com o coração apertado, me permiti cair no sono.

***

Amanhã sai mais capitulo. 

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Não revisado. 1022 Palavras.

Indiquem o meu livro para outras pessoas que utilizam a plataforma, por favor! Obrigada!

Um beijão <3 <3 <3

Assassina de AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora