|C A P I T U L O 44|

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*> Brian Clifford <* 

Esses meses sem ela me feriram muito. Ela não estava ao meu lado, e a tristeza fez abrigo em meu peito. Passei dias trabalhando e querendo esquecer a Jane, entretanto sempre lembrava dela, em cada detalhe que fazia. 

Resolvi ir atrás dela. Nunca fui um homem de pedir para ficar com alguém, consigo todas as mulheres que quero e todas que desejo. Jane foi diferente, eu vi algo nela que me prendeu, me perdia em seus olhos, nas suas palavras, no seu corpo. Eu amo ela de todas as formas.

Agora beijando seus lábios, me encontrei na perdição. Não era um beijo comum, ele tinha gosto de saudade. Nossas línguas se moviam devagar, os lábios macios me traziam uma sensação de paz.

Muitas das vezes só damos valor quando perdemos. O ser humano é assim, ele sempre esta na busca de adrenalina. Eu por exemplo, não sou a melhor pessoa pra falar de amor... me apaixonei aos meus quinze anos de verdade, e não deu certo. Daquele dia em diante, eu não queria me envolver com ninguém! Ao passar dos anos, sempre sentimos falta de algo em nosso peito, eu posso chamar de vazio... Algo que tentamos tampar com qualquer coisa que a vida nos permite sentir. 

Muitas pessoas tem a curiosidade de tampar esse vazio, outras não querem descobrir, pois, tem medo do que vai encontrar. Eu fui uma delas. Nunca soube amar, nunca fui amado... mas ao conhecer a Jane, isso mudou.

- Chega.. - Ela disse afastando nossos lábios ofegante. Eu não queria parar. 

- Desculpas - Uma palavra que nunca esteve em meu vocabulário soltei para pessoa que mais queria ao meu lado. - Eu errei com você. Não deveria ter permitido aquilo. Eu sempre tive esse sentimento por você, mas ignorei. Tudo isso esta sendo novo para mim, e quando te perdi... fiquei vazio, perdido. - Jane suspirou. Meus olhos estavam embaçado e logo lagrimas caíram. - Eu amo você, Jane Carson! 

Silêncio. Os olhos da Jane encheram de lagrimas, e eu pude sentir que ela poderia sim, sentir o mesmo que eu. 

Eu estava ali, em choque também pelo que saiu da minha boca, mas estava calmo, e feliz... estranhamente feliz por dizer três palavras.

- Eu...eu... não sei o que dizer. - Ela falou um pouco confusa.

- Não precisa dizer nada. Seus olhos falam por você... - Um suspiro. Tinha a sensação que o mundo parou,  só existia nós naquele momento. O relógio estava lento, o cheiro de Jane invadiu as minhas narinas, e minhas pupilas dilataram. Eu só queria ficar ali, era ela que queria. 

Paz? Ela era a minha paz.

- Eu quero te amar Jane Carson. Deixe-me fazer isso corretamente. Me dá uma segunda chance, e entenda que eu não quero, nunca mais te perder! 

- Por que deixou que a Clarissa se esfregasse em você? - Jane me pergunta.

- Eu vou ser sincero. Estou acostumando com ela fazendo isso. Nunca a parei, pelo fato de não me importar... eu peço perdão. 

- São só palavras... - Ela disse com a voz fria, mas seus olhos diziam outra coisa. - Eu posso até de dar outra chance, mais o que vai valer mesmo.. são suas atitudes, Brian!

Eu a beijei novamente. Eu juro que amarei Jane pela minha eternidade. 

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*> Jane Carson <*

Minha criança interior chorou. Era tudo o que eu uma dia desejava. Quando somos crianças, assistimos filmes e desenhos onde o príncipe é perfeito. Infelizmente, crescemos com a ideia de que os homens são cavalheiros, e perfeitos, cheios de amor e justiça. Quando tomamos uma certa idade, vemos que não é assim que eles são... e a frustração é grande. 

Hoje eu percebo que ninguém é perfeito. Que os príncipes que um dia tanto sonhava em ter, não são reais... e pra falar a verdade, tudo bem. O mundo é assim, temos que aceitar a realidade, sair dos contos de fadas.

Meu coração estava acelerando e as emoções tomaram conta de mim, eu estava feliz com aquilo, e confusa sobre meus sentimentos. Eu o quero, mas estava chateada ainda. 

Parecia que o tempo parou. Eu pude sentir cada parte dele , os seus dedos na minha cintura, a respiração em meu rosto. Analisei, e percebi os lábios trêmulos, as lagrimas grossas. Desci minha mão até seu coração, e fiquei parada ali... Ele batia forte, rápido. 

Paz? Ele é a minha paz? 

Ele me beijou, e novamente, foi o beijo mais gostoso que já tinha recebido. Ele tinha sentimentos, e era a coisa mais linda no mundo. Em questão de segundos, o beijo ficou salgado por conta das nossas lagrimas se misturaram. Intensificamos o beijo, e ali eu sabia que a nossa conversa não iria acabar tão cedo. 

>>> 

Naquela mesma noite...

¨Boa noite telespectadores! Um assassinato aconteceu nessa noite com o Senhor Sergio Miranda. As informações será passada pela Lilian nossa repórter... Lilian esta ai?¨

¨Boa noite telespectadores, eu sou a Lilian e estou em frente a casa do Coronel Sergio Miranda. Ele foi assassinado na véspera de Natal. Seu filho, Felipe Cezar Miranda, disse a policia: Bati na porta, mas ele não abriu, achei estranho, e ouvi barulho de janela. Não sei te dizer mais fiquei com um sentimento ruim, e gritei pelo seu nome... sem respostas. Ali eu vi que tinha algo de estranho então, minha mulher pegou o nosso filho no colo  e eu arrombei a porta!

Tenente Felipe Cezar não conseguiu conter suas lagrimas e logo passou a chorar. Segundo Sr. Miranda ele viu alguém saindo pela janela, confuso ele acha que o porte da pessoas era muito pequeno para ser de um homem. Então ficamos sem respostas, nenhuma digital, fio de cabelo... nada foi encontrado na cena do crime. 

Muitas pessoas na internet estão dizendo que pode ter sido uma mulher, prostituta. E criando várias teorias sobre. Com tiver mais informações voltamos ao vivo... Boa noite¨

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¨Irei me vingar¨ Foi as ultimas palavras de Felipe Cezar Miranda no funeral de seu pai.

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Não revisado. 

Próximo capitulo será Bônus, e logo mais terminarei a jornada de Jane Carson e Brian Clifford. Fique ligado, pois daqui uns dias o Ultimo Capitulo, será postado!

Um beijão <3 <3 <3

Assassina de AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora