*< Jane Carson >*
E muito difícil ter esse pesadelos. Esses sonhos que reviram o meu estomago. Fazem-me ficar suada e tremer. A angustia toma conta do meu peito, e a solidão vem com uma força sobrenatural.
Lagrimas escorria em meu rosto, acordei sobressalta e corri para o banheiro. Vômito saia de minha boca, todas as porcarias que eu comi mais cedo, enchiam o vazo.
Estava zonza, meu estomago doía. Meu coração estava tão acelerado, só de lembrar oque aconteceu com a Carla...
Senti meu cabelo sendo puxado para trás delicadamente e alguém passado as mãos em minhas costas, fazendo movimentos circulares com a outra mão livre.
- Calma... – A voz suave do Clifford soou atrás de mim.
Sem poder protestar, vomitei novamente. Uma mexa rebelde caiu sobre meus olhos e ele passou novamente seus dedos sobre a minha testa, segurando meu cabelo. Ele de agachou ao meu lado e deu descarga.
Eu estava tão cansada. Eu precisava, na verdade, eu necessitava... Necessitava de ser cuidada. Eu precisava que alguém me amasse. Eu como ser humano, tenho um coração de gelo, porém, com o tempo, sentimos falta de apenas um sentimento: Amor.
Existe varias formas de amar alguém, sendo um amor como amigo, família, de mãe de um casal. O único que eu tive e senti de verdade, foi o da minha vozinha. Sou nova, e tenho tantos demônios, tantos traumas.
Eu me criei. Eu me transformei nesse monstro. Eu escolhi isso para minha vida, e tenho que enfrentar as consequências. Sr. Xavier cuidou de mim, posso até dizer que ele era uma figura paterna... Mais não era meu pai de sangue.
Ser sozinha, se virar nesse mundo horrendo sozinha... E difícil. Ainda mais quando sua vida virou de ponta cabeça quando tinha apenas dez anos.
-Levanta – Clifford disse e eu obedeci. Prostrei-me sobre a pia do banheiro e lavei a minha boca, e logo escovando os dentes. Não é a primeira vez que tenho pesadelos, mais ás vezes, vem dessa forma forte, fazendo-me vomitar horrores.
Clifford saiu do quarto. Sentei-me na cama, com as pernas encolhidas. As memorias do acontecimento de Carla passavam como um vídeo em meu cérebro. Meu estomago embrulhou de novo.
- Toma esse comprimido. – Olho para Clifford pela primeira vez naquela madrugada. Ele estava sem camisa e com uma calça de moletom escura.
- Não é veneno? – Está bom, essa minha pergunta foi bem infantil. Ele me encarou serio e não mudou de expressão. Com a mão estendida peguei o remédio e ele me entregou um copo d'agua. Tomei. Ele continuou me encarando.
- O que é? – Pergunto quase em um sussurro.
- Estou vendo se você tomou o remédio. – Está de sacanagem. Olhei para ele e mostrei a língua. Ele olhou dentro na minha boca e logo a fechei.
- Que horas são? – Pergunto.
- Três da manhã. – Ele responde com a voz calma e suave.
Arrepiei. Esse homem trás um efeito louco sobre mim.
- Não é hora de estar dormindo Clifford? – Digo me deitando e ajeitando o meu travesseiro na cabeça.
Ele ficou em silêncio.
Encarei aqueles olhos que era apenas iluminado pela luz do corredor.
Silêncio.
Não estava constrangedor aquele momento, estava tranquilo e novo...
- Não sou só eu, que tem demônios. – Ele diz quase para ele do que para mim. O mesmo me encara novamente. Mais dessa vez seu olhos descem para os meus seios que devem está marcados sobre a camisa fina que usava aquela noite.
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Assassina de Aluguel
Romance¨Pensei que você era como eu, atraído pela escuridão... mas você é a escuridão¨ Jane Carson, é uma garota que começou a passar dificuldade desde novinha. Quando tinha 13 anos, trabalhava de garçonete. Acaba acontecendo um tiroteio, onde a mesma e...