|C A P I T U L O 15|

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  *< Jane Carson >*

Tomei um banho, e coloquei um shorts com uma regata. Tranquei a porta do quarto. Dormi tranquilamente a noite toda.

Acordou no outro dia, com as cortinas voando sobre o vento gelado. Encaro um pouco aquela manhã fria. Me levanto e tomo outro banho para despertar, lavo o meu cabelo. Termino o banho enrolada na toalha e me visto, colocando uma calça preta, uma camisa preta de manga comprida com gola alta, por dentro da calça. Procuro um secador e uma prancha pelos armários e encontro. Seco meu cabelo curto e passo a prancha fazendo ficar tudo bem liso.

Ouço batidas na porta.

- Sim! – Falo logo e deparando com Giovanna.

- Bom dia! – Ela diz animada. – posso entrar?

- Claro – Dou espaço para ela passar.

- Olha, eu amei esse seu cabelo. Ele é curto em tem essas pontas na frente... ficou maravilhoso – Ela dá um sorriso simpático.

- Seu cabelo também e lindo! – Falei e retribui o sorriso, me sentado na cadeira. O cabelo da Giovanna era escuro igual o de seu irmão, vem ate a altura baixa de seus peitos. Ela parecia ser bem meiga, e tem um sorriso lindo!

- Vim te avisar que o café da manhã, já vai ser servido!

- Ele e bem rígido com esses negócios de refeição! – Digo pegando uma jaqueta preta que por dentro de pelinho. Estava bem frio no dia.

- Isso eu não posso negar. Diz ele que quando era criança... – Corto a Giovanna.

- Olha, eu e o Clifford, apenas trabalhamos juntos. Você não pode me contar coisas do passado dele.

- Porque não? – Ela pergunta.

- Eu sei guardar um belo segredo e nunca contaria a ninguém. Mas lembra-se, que seu irmão tem muitos inimigos, você pode contar algo sem querer e acabar prejudicando-o.

- Sim, isso e verdade! Parando para pensar, você esta certa! – Ela diz dando um sorriso.

- Seu irmão tem muitos inimigos é bom tomar cuidado! – Falo novamente ela sorri.

- Quando você disse que mata! Quer dizer que você mata pessoas? – Ela me encara curiosa.

- isso, na verdade, eu mato pessoas ruins, pessoas que fazem mal para outras.

- Ah sim, vamos! – Ela se levanta e abre a porta. Logo a sigo até a sala de jantar.

Quando chegamos na sala de jantar, para tomarmos café, deu exatamente nove horas em ponto. Clifford já estava lá, sentado na cadeira. Ele usava um terno feito sobre medida em seu corpo, azul escuro. Um relógio no pulso direito, seu cabelo arrumado.

E aquele cheiro de homem, aquele cheiro que faz você ir pro inferno e voltar...

Ele olhou em seu relógio e fez cara de satisfação. Sentamo-nos. Eu no lado esquerdo do Clifford e Giovanna no lado direito. Comemos em silêncio. A mesa estava bem recheada, pão, bolo, café, dois tipos de suco, frutas frescas, bolinhos e ouras coisas.

Estava passando milhões de pensamentos em minha cabeça. Sobre a Aurora, minha vida, minha solidão, vingança, trabalho e trabalho, mortes.

Parece meio escroto da minha parte falar sobre morte, afinal eu mato pessoas. Se você pensar pelo lado religioso estou indo em direção ao inferno, mas, se você pensar pelas famílias que estão passando por algo, onde a policia, tribunais não resolvem, somos a melhor escolha. Mas ás vezes não consigo dormir em paz, parece todos esses monstro que eu assassinei, estão me rodeando e a qualquer momento pode me puxar pelo pé e me levar em direção ao diabo.

Assassina de AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora