I Think I'm In Love

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  O sol estava se pondo quando o filme escolhido por Marinette, Barbie Moda e Magia, estava chegando ao fim. Para a surpresa da garota, Chat Noir parecia bem entretido com a animação. Não reclamou ou pareceu entediado.

  Nesse momento, ambos estavam sentados no chão do quarto, com as costas encostadad no divã. O notebook estava no chão também, logo a frente deles. Estavam em silêncio e Marinette admitia que estava completamente relaxada com o carinho que recebia nos cabelos. Várias vezes precisou se forçar a ficar acordada desde que, na metade do filme, Chat Noir resolveu brincar com seus cabelos, enrolando finas mecha em seu indicador e as deixando cair em seguida. Repetia esse processo várias e várias vezes.

  – Foi por causa desse filme que eu comecei a desenhar roupas... – Marinette comentou quando começou o desfile no filme. Não sabia o real motivo, mas queria compartilhar isso com ele.

  – Sério? Por causa do filme da Barbie? – Chat Noir perguntou surpreso, mas sem parar com as carícias em seu cabelo. A garota riu e deu de ombros.

  – Bom, eu tinha sete anos quando o vi pela primeira vez e fiquei simplesmente apaixonada. Comecei a desenhar vestidos por brincadeira e, quando me dei conta, eu já amava o que estava fazendo e quis fazer aquilo pelo resto da minha vida. – disse ela, com um sorriso nostálgico. Então riu brevemente. – Eu sei... é louco pensar que tomei uma decisão assim por conta de um filme infantil.

  – Eu achei bonitinho. – ele comentou rindo. Marinette sorriu e voltou sua atenção para o filme.

  Logo chegou uma de suas partes favoritas: a cena em que o Ken chega, no meio do desfile, e se declara para a Barbie. Marinette poderia ter sete, dez, dezoito, trinta anos e continuaria achando aquela cena uma mas mais bonitas dos filmes.

  – Ele não tomou banho? – Chat Noir questionou, incrédulo, enquanto assistia o filme. Marinette ficou confusa e se afastou dele, para ter uma visão melhor do herói.

  – Como? – a garota perguntou, confusa. O herói, por sua vez, apenas apontou para a tela onde Ken e Barbie se beijavam de um jeito muito fofo.

  – Não sei se você percebeu, mas viajar de Malibu para Paris não leva quinze minutos, princesa. – Chat Noir disse. Marinette revirou os olhos e assentiu. Claro que não levava, mas onde ele queria chegar? – A viagem que ele fez demorou um bom tempo e eu não vi ele sair com malas ou, pelo menos, uma escova de dentes, uma vez que ele veio para Paris literalmente assim que soube que a Barbie não estava em Malibu. O que significava que o nosso querido Ken não fez o básico da higiene nesse meio tempo, logo, esse beijo provavelmente não foi o dos melhores.

  Marinette o olhou por alguns segundos e então pegou a almofada mais próxima e atirou contra Chat Noir, que simplesmente riu e segurou a mesma antes que atingesse seu rosto.

  – Obrigada por estragar para sempre uma das cenas mais românticos que eu já vi! – ela esvravejou, levantando-se para acender a luz.

  O sol havia acabado de se pôr, dando início a noite, o que significava que seu quarto era iluminado apenas pela tela do notebook. Assim que acendeu as luzes, Marinette piscou algumas vezes para que seus olhos acostumassem com a claridade.

  – Não fique assim, princesa... ela, provavelmente, não se importou. – Chat Noir tentou consertar, mas Marinette percebeu que ele mal conseguia segurar a risada enquanto dizia a frase.

  E então ela se permitiu rir. Ele estava certo, afinal. Marinette nunca havia reparado, mas agora pensaria nisso toda  essa vez que visse cena. Chat Noir havia, de fato, a feito olhar por outro ângulo.

  – O que importa é a pessoa, gatinho. Quando estamos com a pessoa que gostamos, o beijo fica automaticamente bom. – ela disse a resposta que lhe parecia mais correta. Mesmo parecendo igualmente clichê.

I wanna know you Onde histórias criam vida. Descubra agora