- Dezesseis

1.7K 298 168
                                    

Marinette soltou um suspiro quando subiu o lance de escadas que levavam para o quarto andar. Segundo Alix, a última aula do professor Agreste seria na turma do segundo semestre de engenharia da computação.

A Dupain-Cheng soube estar no lugar certo quando viu Max Kanté saindo papeando com colegas de turma. Quando ele a viu, o homem soltou um sorriso deveras amigável.

— Marinette, certo? — Ela assentiu. — O professor ainda está na sala. Vai lá, ele é gente boa.

— Ah, certo. Obrigada.

Max respondeu-a com um sorriso antes de voltar ao papo em que estava. Marinette encarou a sala onde Max havia saído, ajeitando a postura.

Ela não se considerava exatamente tímida, mas não se sentia muito espontânea com estranhos. Aos vinte e quatro, Marinette sabia que deveria estar mais acostumada com estranhos e afins, mas ainda mantinha certa vergonha ao se apresentar.

Ela estalou a língua.

Ajeitando a alça da mochila sobre o ombro, ela caminhou com calma. Quando se aproximou da porta, percebeu o loiro que estava atrás da mesa de madeira, parecendo checar algo em um livro que – naquele momento – tinha toda a sua atenção. Com um olhar atento, Marinette logo viu sua agenda no canto da mesa.

Não pode evitar sorrir.

Seus planejamentos para as próximas semanas estavam ali. Ela tinha compromissos e refazer todas as marcações e decorações que ela havia feito seria trabalhoso. Ela nem mesmo queria imaginar o tanto de trabalho que teria com suas canetas coloridas.

Por isso, soltou um suspiro aliviado e deu duas batidas na porta.

— Com licença, professor Agreste?

Ele assentiu.

— Entre, por favor. Eu já... te atendo, só preciso anotar algo aqui e...

Ela riu.

— Não preciso de ajuda, eu só... vim buscar minha agenda. — Marinette se aproximou de maneira simples, ficando de frente para ele.

Adrien assentiu e ergueu o rosto.

— Ah, então você é a... Marinette...

Adrien engoliu em seco por um momento, assim como Marinette. Quando seus olhares se cruzaram, eles sentiram algo. Era uma sensação diferente, uma conexão que eles nem mesmo sabiam explicar.

Mas era bom.

Porém, eles pareciam não saber o que falar ou como falar naquele momento. Eles sabiam o que aquilo significava, principalmente pelo que os amigos falavam. Era a sensação quando você encontrava seu soulmate: um acolhimento, uma sensação gostosa, um aconchego.

E Marinette, então, se desesperou por um momento.

Ela não soube o que fazer. Ficar ali? Dizer algo? Oh, aquilo a deixou repentinamente tão fora do ar que ela só soube engolir em seco. Marinette deu dois passos para trás, e então pigarreou.

Ela podia refazer a agenda.

— De-Deixa 'pra lá, eu preciso ir.

— Espera!

Quando Adrien murmurou, já era tarde. Marinette havia literalmente saído correndo pela sala, agradecendo o corredor vazio para ir direto para as escadas e descendo com rapidez, com o coração acelerado, assim como Adrien estava.

☆*: .。. ☆ .。.:*☆

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
LovematesOnde histórias criam vida. Descubra agora