Part 6

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Eles não parecem parentes... – falo movimentando a minha mão para a garota ao meu lado e a mesma falou em voz alta, e quem respondeu foi um das outras garotas que tinha uma pitada de deboche em sua voz.

– Ah, e não são. O Dr. Cullen é bem novo, tem uns vinte e tantos ou trinta e poucos anos. Todos foram adotados. Os Hale são mesmo irmãos, gêmeos... – raparei que o outro gêmeo não estava no refeitório

Parecem meio velhos para filhos adotivos. – respondo eu queria saber até onde a mentira do Cullen's ia.

– Agora são, Jasper e Rosalie têm 18 anos, mas estão com a Sra. Cullen desde que tinham 8 anos. Ela é tia deles ou coisa assim.

Isso é bem legal... Eles cuidarem de todas essas crianças, quando eram tão pequenos e tudo isso.

– Acho que sim – admitiu Jéssica com relutância, e tive a impressão de que por algum motivo ela não gostava do médico e da esposa. Com os olhares que ela atirava aos filhos adotivos, eu imaginava que o motivo era inveja. – Mas acho que a Sra. Cullen não pode ter filhos – acrescentou ela, como se isso diminuísse sua bondade revirei meus olhos com sua frase os humanos tinha uma coisa de diminuir o próximo como se para mostrar que você é melhor que o outros.

Enquanto eu andava pelo corredor para me apresentar ao professor e conseguir que assinasse minha caderneta, eu o observava furtivamente. Assim que passei, um dos Cullen's de repente ficou rígido em seu lugar. Ele me encarou novamente, encontrando meus olhos com a expressão mais estranha do mundo era hostil, furiosa. Desviei os olhos rapidamente.

Percebi que os olhos dele eram pretos — pretos como carvão, acho que meu sangue pode ser um pouco gritante para ele, eu deveria perguntar a minha tia sobre essa outra raça de vampiros e o que pode ou não acontecer comigo.

O Sr. Banner assinou minha caderneta e me passou um livro, sem nenhum dos absurdos das apresentações. Eu podia dizer que íamos nos dar bem. É claro que ele não teve alternativa a não ser me mandar para o lugar vago no meio da sala. Mantive os olhos baixos enquanto fui me sentar ao lado dele, desconcertada pelo olhar hostil que ele me lançara.

Infelizmente a aula era sobre anatomia celular, uma coisa que eu já estudara. De qualquer modo, tomei notas cuidadosamente, sempre olhando para baixo.

Ele agora me encarava de cima, os olhos pretos cheios de repugnância. Enquanto eu me afastava, encolhendo-me na cadeira, de repente passou por minha cabeça a expressão como se pudesse me matar.

Se olhar mais mata – falo por línguas de sinais e vejo ficar mais rígido e tenho a plena certeza de que ele não entendeu o que eu tinha falado o que me faz revirar os olhos em sua direção.

Naquele momento, o sinal tocou alto, fazendo-me pular, e Edward Cullen estava fora de sua carteira. Com fluidez, ele se levantou de costas para mim era muito mais alto do que eu pensava e estava do lado de fora da porta antes que qualquer outro tivesse saído da carteira.

Fiquei paralisada no meu lugar, encarando inexpressiva as costas dele. Era tão mesquinho. Não era justo. Comecei a pegar minhas coisas devagar, tentando bloquear o tedio que se espalhava em mim, eu precisava me alimentar curtir um pouco. Se eu fosse uma huma provavelmente eu estaria em algum canto dessa escola chorando por causa de um garoto lindo que praticamente tinha ignorado a minha existência. O resto das aulas passaram voando e vou em direção ao escritório entregar os documentos assinados.

O último sinal finalmente tocou. Andei devagar para a secretaria para entregar minha caderneta. A chuva tinha ido embora, mas o vento era forte e mais frio. Eu me abracei.

Edward Cullen estava parado junto à mesa na minha frente. Reconheci de novo aquele cabelo bronze desgrenhado. Ele não pareceu ter ouvido minha entrada. Fiquei encostada na parede de trás, torcendo para que a recepcionista ficasse livre.

Ele estava discutindo com ela numa voz baixa e cativante e que eu estava ouvindo perfeitamente. Rapidamente peguei a essência da discussão. Ele tentava trocar o horário de biologia por qualquer outro horário, prendo a risada em meu peito.

Não consegui acreditar que fosse por minha causa um vampiro que provavelmente vários anos nas costas não consegue ficar no mesmo ambiente que uma mera humana. A expressão dele devia ter sido por outro aborrecimento totalmente diferente. Era impossível que este estranho pudesse ter uma repulsa tão súbita e intensa por mim.

A porta se abriu de novo e de repente uma rajada do vento frio entrou pela sala, espalhando os papéis na mesa, jogando meu cabelo na cara. A menina que entrava limitou-se a ir até a mesa, colocou um bilhete na cesta de arame e saiu novamente. Mas Edward Cullen se enrijeceu de novo e se virou lentamente para olhar para mim e eu dei um sorriso irônico para o mesmo, seus olhos penetrantes e cheios de ódio estava virado para mim. Por um momento, senti um arrepio de puro medo, que eriçou os pelos de meus braços mas o monstro dentro de mim falou mais alto e eu revirei meus olhos para o vampiro. Ele voltou a se virar para a recepcionista.

– Então deixa para lá – disse asperamente numa voz de veludo. – Estou vendo que é impossível. Muito obrigado por sua ajuda. – Virou-se sem olhar para mim, desaparecendo porta afora.

O dia seguinte foi melhor ... e pior.

Foi melhor porque ainda não estava chovendo, embora as nuvens fossem densas e opacas - pesadas com a água que ameaçavam liberar. Eu sabia o que esperar do meu dia, e isso pareceu me proporcionar uma sensação de alívio que me faltou no dia anterior. Agora me lembrava de alguns rostos pela escola e parecia que havia feito conhecidos; Mike sentou-se comigo em inglês e me acompanhou até minha próxima aula. O sempre amigável Eric me ofereceu uma conversa fútil, mas não indesejável, durante os períodos de passagem.

Comecei a sentir que estava boiando na água, em vez de me afogar nela.

Foi pior porque eu estava cansada; Eu ainda não conseguia dormir com o vento ecoando pela casa. Foi pior porque o Sr. Varner me chamou em Trig quando minha mão não estava levantada e eu tinha a resposta errada. Foi péssimo porque tive que jogar vôlei e, na única vez em que não me esquivei da bola, acertei meu companheiro de equipe com ela na cabeça.

Estava a caminha do refeitório, e tinha colocado na cabeça de sentar sozinha em uma mesa longe de tudo e de todos, foi quando senti meu celular vibrar com mensagem da minha prima e a respondo e minha Tia parada encostada em meu carro no estacionamento. Caminho em sua direção em passos curtos e para a sua frente.

– Hope precisa de você – fala e reviro os olhos.

Hope é bem grandinha e sabe se cuidar sem mim. – respondo e ela mexe em seus cabelos.

– Eu sei que ela é grandinha... só não entendo por que as duas não estão se apoiando com a perda de ambas. – fala e olha para mim e meu celular vibra novamente, pego o mesmo e converso com minha prima e depois volto para minha Tia.

Foi escolha dela... eu queria estar com ela, mas ela decidiu odiar meu pai. – respondo.

– Tente entender ela... ela perdeu a mãe e o pai.

Na verdade ela que tem que entender... eu cresci num orfanato, sofri um acidente e não lembro da minha infância... e fora que perdi a minha fala e sou uma vampira agora, não tenho meu pai aqui comigo e um dos meus tios me odeia. Quer mais sofrência do que isso? Hope tem que aprender a ignorar a dor e segui sua vida. – falo e vejo a minha Tia me encarando e dou de ombros.

– Kol não te odeia. – fala.

Mas também não me ama. – respondo.

O Tempo CuraOnde histórias criam vida. Descubra agora