Light parecia irritado. Fomos para sua casa e lá ele finalmente demonstrou toda sua raiva e indignação.
- DROGA! EU NUNCA FUI TÃO HUMILHADO NA VIDA.
- Light... nós podemos...
- NÃO NÃO PODEMOS MATAR AQUELE CARA. SE FOR UMA ARMADILHA E ELE MORRER ESTAMOS FERRADOS. DROGA! - Light esbravejava enquanto batia com as mãos na mesa da sua escrivaninha.
Continuei pensando naquela figura estranha. Seus olhos profundos e negros. Seus cabelos pretos e bagunçados. A pele pálida. Ele era diferente de todos que já havia visto. Pensava em como era bonito apesar de estranho. Era uma sensação diferente.
- Light mantenha a calma, pensando bem é uma boa você participar da investigação pra limpar sua barra. Eles não vão suspeitar de você se você estiver junto com eles.
- Olha Akemi eu preciso pensar um pouco. É melhor você ir pra casa. Amanhã nos falamos.
Senti uma pontada de tristeza mas aceitei. Fui direto para casa sem reclamar. Enquanto caminhava Rem decidiu conversar:
- Light está te tratando cada vez pior Akemi. Você vai continuar deixando isso acontecer?
- Rem eu amo o Light...e sinto que no fundo ele me ama também...
- Não foi isso que eu perguntei Akemi.
- Não sei Rem. Sinceramente não sei o que te responder.
Seguimos o resto do caminho em silêncio. Eu realmente ainda estou apaixonada pelo Light? A cada dia ele passa a ser mais frio e distante. Nem nas noites que deveríamos fazer sexo ele se interessa... Tudo parecia muito confuso para mim.
Chegando em casa tive um tempo para refletir sozinha. Peguei o bonequinho vodoo de pelúcia que Light havia me dado em um dos nossos primeiros encontros. E era assim que me sentia. Como um boneco vodoo seguindo apenas o que meu dono falava. Me senti cada vez mais chateada e sozinha. Mas amava Light mais do que tudo e queria o seu bem.
Passaram alguns dias e Light não havia mantido o contato que dizia que iria manter. Passou-se a semana de adaptação e iríamos iniciar as aulas na faculdade. Era domingo quando Light finalmente veio me visitar na minha casa.
- Akemi estive ocupado esses dias. Hyuga (ou L) me chamou para ajudar com algumas pistas que o kira enviou para ele. Ele disse que quer conhecer você e que quer que você ajude na investigação também. Ele disse que amanhã após a aula é pra você encontrá-lo no café.
Fiquei confusa. Por que ele queria me conhecer? Light já era mais que o suficiente para a investigação. Com certeza ele estava suspeitando de mim também e queria me mater próximo para sempre estar vigiando.
Não prestei muita atenção no que Light disse depois disso. Comecei a pensar em como seria esse encontro com L. Era como encontrar nosso maior arqui inimigo e ainda ajudá-lo à nos pegar. De qualquer forma, concordei e esperei para conhecê-lo.
A segunda feira foi tranquila. As aulas foram introdutórias mas bem interessantes. Antes de sair passei na biblioteca e peguei alguns livros para estudar em casa. Estava nervosa por finalmente conhecer o L.
Sai da faculdade e não encontrei Light. Decidi que iria ligar para ele após meu encontro com L. Segui direto para o café com passos calmos.
Ao chegar, o cheiro doce de café pairava no ar. Via garçonetes levando pratos bonitos e cheirosos para diversas mesas enquanto clientes e mais clientes chegavam. Assim que pisei na entrada, comecei a observar as mesas para tentar encontrar aquele rosto até então desconhecido. Após algum tempo de observação percebi um acenar em uma mesa do canto. Era ele.
Sentado de uma forma bizarra (as pernas dobradas com uma das mãos no joelho) ele sorria e acenava com a mão direita. Segui calmamente até a mesa onde ele disse:
- Olá Akemi. É um prazer finalmente conhecê-la. Pode me chamar de Ryuzaki. Eu sou L.
- Olá Ryuzaki. - respondi mesmo vendo que o nome na sua cabeça era diferente
- Light me falou sobre você. Disse que são namorados certo?
- Ah sim.. namoramos a um tempo - respondi secamente
- Que bom... não conheço muito esse café mas Light disse que você vem aqui direto. Alguma coisa para me recomendar?
- Não sei se você gostaria, mas eu adoro o bolo de morangos que eles servem aqui. O café também é ótimo.
- Perfeito. - ele respondeu e prontamente já chamou a garçonete. Ele pediu dois bolos e dois cafés.
A comida prontamente chegou e Ryuzaki ja experimentou rapidamente o seu pedaço de bolo. Pela sua expressão, ele gostou e continuou comendo com um sorriso no rosto. Fiquei observando aquela cena e achei engraçado. Light não era de comer muitos doces, diferente de mim. Sempre precisava terminar uma refeição com pelo menos um pedaço de chocolate para conseguir ter energia e vontade de continuar. Enquanto isso L parecia uma criança feliz com o seu bolo. Eles eram completos opostos mesmo.
- Você tem razão Akemi! Esse bolo é maravilhoso. Obrigado por ter recomendado- disse L
Corei sem saber ao certo porquê. Ryuzaki me passava uma sensação de calma e tranquilidade apesar de tudo. Ao mesmo tempo que sabia que ele era nosso inimigo sentia vontade de conhecer mais sobre ele.
- Então, eu te chamei aqui pois suspeito que você seja o segundo Kira e auxilie Light em suas mortes. As chances agora são de aproximadamente 3%. De qualquer forma, espero que você possa nos auxiliar no caso Kira, visto que é extremamente inteligente e se interessa pela área assim como Light.
Fiquei em choque mas mantive a compostura. Ele já suspeitava de mim e de Light sem ter quase nenhuma pista. Ele realmente era brilhante. Ele continuou:
- Se você aceitar quero que me acompanhe até o quartel general onde irá conhecer toda a força tarefa e será onde manteremos nosso contato.
- Entendo... então L...ou melhor Ryuzaki, quero que saiba que aceito o convite e que ficaria feliz em auxiliar na investigação. Quero que saiba que quero provar minha inocência e que quero pegar o kira tanto quanto você.
- Fico feliz em saber Akemi. -respondeu ele sorrindo ainda - E como estão as aulas da faculdade?
Fiquei confusa com a pergunta. Ele queria me interrogar ou apenas queria saber mais sobre mim? Mantive as respostas genéricas de sempre, apenas dizendo que sim. Tentei não demonstrar muito interesse mas queria muito entender qual era a dele.
Ryuzaki seguiu fazendo perguntas casuais para mim, como gostos e outras coisas do tipo e fui respondendo de forma calma mas sempre prestando atenção. O que ele queria?
Terminado o café e o bolo, L disse que iríamos para o quartel general onde iria conhecer a todos. Uma grande limosine preta se aproximou do café e nos buscou, nos levando diretamente à um hotel onde, dizia ele, que era onde se encontravam.
- Não se preocupe, eles vão gostar de você. Afinal uma garota bonita e simpática como você não se encontra sempre haha. -disse L sorrindo ao entrarmos no elevador
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A cúmplice - Uma história não oficial de Death Note
FanfictionDepois de ver o garoto mais inteligente da sala pegando um caderno estranho que caiu do céu, as coisas começaram a ficar estranhas para Akemi... um romance confuso, mortes e investigação irão se envolver nessa história, com direito a Shinigamis e mu...