"Mon bébé"

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     Estar de volta ao acampamento me faz sentir um misto confuso de emoções; De certo modo, é quase como voltar para casa depois de uma longa viagem, cansativo e desanimador no começo mas reconfortante por sabermos que chegamos em nosso lar, ao l...

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     Estar de volta ao acampamento me faz sentir um misto confuso de emoções; De certo modo, é quase como voltar para casa depois de uma longa viagem, cansativo e desanimador no começo mas reconfortante por sabermos que chegamos em nosso lar, ao lugar a qual pertencemos. O lado sombrio são as lembranças. Os gritos, lâminas se chocando e meus deuses, o sangue, havia muito sangue, no chão, nas paredes das cabanas, nas pessoas que lutavam por suas vidas, na minha espada, em mim.

    Voltar a este lugar me lembrava do que eu me tornei, uma assassina. Assassinei aquelas crianças para defender minha vida e de meus amigos, mas isso nunca justificaria minha lâmina ter cortado a carne de outro ser vivo. Nunca me perdoaria. Estar aqui novamente era como voltar de um sonho nebuloso somente para cair diretamente em um pesadelo vivido do qual não poderia acordar.

    Desço calmamente a colina meio sangue absorvendo todo aquele ar outrora acolhedor do acampamento. Por mais que todos neste acampamento tenham seguido suas vidas e agora estivessem reencontrando e abraçando seus irmão e amigos, no fundo, todos nós estaríamos reparando aqueles que não estão aqui para o verão. Todos nós procuraríamos rostos que nunca mais estarão presentes no mundo dos vivos.

    Suspiro cansada enquanto passo no meio dos chalés para chegar ao tão adorado chalé 3, mais conhecido como chalé Poseidon. Ah, lar doce lar; com suas paredes de pedras cinzentas rústicas, salpicadas de conchas e corais ao redor a cabana era considerado por mim e por meus meios irmãos como a mais bonita de todo o acampamento.  Torcendo internamente para que meu irmão Percy já tivesse chegado, acelero meus passos para dentro de meu refugio no acampamento. No fundo eu sabia que se ficasse sozinha naquele lugar que outrora considerara um lar, as memórias da guerra e de nossas perdas me atingiriam feito uma grande avalanche que não pode ser controlada e me encontraria em outro ataque de pânico.

    Entro calmamente no grandioso chalé que por dentro era decorado com a mesma elegância a qual se encontrava do lado de fora; O cinza predominava o ambiente nas paredes de pedra do chalé, haviam seis beliches ( Apesar de neste século existirem somente dois filhos meio sangue de Poseidon) cobertas com lençóis azuis de seda pura, mais ao canto, se encontrava a grande fonte de mármore puro em formato de peixe que despejava água salgada em sua elegante cuba, localizada e construida ali somente com a função de facilitar nosso contato com o mundo exterior por meio das mensagens de Iris. Fechando a porta de madeira maciça, o cheiro do quarto me atinge, agua salgada, areia , praia,casa.

    Olho rapidamente e constato o óbvio, Percy ainda não havia chegado. Isso não deveria me surpreender , afinal, era o Percy... Se algum dia aquele menino chegasse adiantado em um algum lugar, podem ter certeza meus amigos, foi minha adorável cunhada Annabeth Chase (conhecida internamente como o demônio em pessoa) que o arrastou. Como posso começar a lhes explicar a relação dos dois? Sendo bem sincera, é confusa. Quer dizer, eles se odiavam, viraram melhores amigos e tentaram esconder de todo mundo o que sentiam, mesmo o acampamento inteiro sabendo que naquele angu havia caroço, e então, pum, jogaram tudo para o alto e se beijaram com todos os campistas olhando.  Foi ai que eu surtei... Não só porque a garota que eu idolatrei enquanto crescia agora fazia parte da minha conturbada família, como por que, finalmente, o tapado do meu irmão se declarou para a menina que amava a anos. Ah, o amor. Coisa complicada.

As estrelas chamam- RhysandOnde histórias criam vida. Descubra agora