"Actualités et maladies"

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    Desmaiar de dor traz uma sensação nova ao corpo

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    Desmaiar de dor traz uma sensação nova ao corpo. Quanta dor um ser humano é capaz de aguentar antes do blecaute total? Sempre pensei em nossos corpos como maquinas, computadores sendo mais especifica. Quando sobrecarregamos um aparelho ele trava e o melhor que temos a fazer é desliga-lo e reiniciar o mesmo. O problema disso? Bom, sabe quando você está fazendo aquele trabalho de última hora que você esqueceu e o prazo é o dia seguinte? E você está lá, de madrugada, as 3:00h da manhã quase acabando a pesquisa, o trabalho está quase concluído no word e do nada, como se o universo estivesse tramando contra você, o computar trava e reinicia. Recentemente, o word instalou um sistema para evitar que os trabalhos fossem perdidos nesses casos, ou seja, quando o computador é desligado abruptamente e o arquivo que está sendo trabalhado não é salvo, assim que entramos novamente no programa o arquivo permanece ali junto com um aviso lhe perguntando se gostaria de voltar a trabalhar neste texto ou se deseja que ele seja excluído. Mas digamos que você não tenha tal atualização do programa; A frustração toma conta de nossos seres quando todo nosso trabalho foi resetado nos obrigando a começar do zero.

    É exatamente assim que me sinto. Acordei na enfermaria do acampamento sem memórias do que me ocorrerá. A última coisa de que me lembro é que deitei para esperar Percy chegar e acabei adormecendo. Não me recordo de acordar e muito menos de gritar loucamente sem uma explicação plausível fazendo com que logo em seguida fosse carregada por meu irmão pelo acampamento. Me sinto resetada. Sei que minhas memórias faltam mas não posso lhes explicar porque o arquivo foi deletado.

    Deitada na cama da enfermaria, espero pacientemente a chegada de Quiron para discutirmos sobre meu estado atual. Apesar de minhas tentativas furtivas de fuga para sair daquele lugar, Will, que no momento estava de plantão na enfermaria, conseguiu com sucesso impedir e frustrar todas elas. Também foi Will que me atendeu assim que acordei, mandou chamarem nosso diretor de atividades e me trouxe um café da manhã farto, agradeci ao olímpo pois não comia nada desde minha chegada ao refugio dos semideuses. Enquanto comia, o filho de Apollo me atualizou de meu estado e quando percebeu que eu não fazia ideia do porque estava lá, contou-me em qual estado fui trazida aos seus cuidados.

    William não sabia explicar minha repentina perda de memória recente e agora se encontrava com a cara enfiada em pilhas de livros de medicina esperando achar um diagnostico para minha doença sem explicação. Sabíamos que se não houvesse resposta no lado humano da coisa, a doença seria algo de minha parte divina, o que convenhamos, dificultaria muito mais o processo para achar a explicação. Eu poderia ter sido amaldiçoada por algum deus raivoso ou estar sendo convocada... há diversas opções sobre o que poderia ter me ocorrido se a mágica estivesse presente.

    Levantei sobre o olhar atento de meu cuidador e me pus a andar de um lado para o outro. Odiava a enfermaria, parecia que o cheiro de doença estava impregnado naquele ambiente, além disso, o lugar me sufocava. Apesar de espaçoso para caber diversas macas e armários de remédios, a cabana em que se localizava a área médica tinha o teto baixo e poucas janelas, dando a impressão de que era muito menor do que a realidade.

As estrelas chamam- RhysandOnde histórias criam vida. Descubra agora