A sala de reunião se encontrava com um silencio sepulcral. As palavras de Quíron me tiraram o chão de mais maneiras que posso contar. Não fazia sentido, nada do que me dissera e explicara sanou nenhuma das duvidas que se instalaram em meu ser depois que li com meus próprios olhos a carta.A milênios os semideuses não eram protetores. Não havia mais razão, os monstros que assolam nossas terras a muito deixaram de se importar com os mortais, não, a carne dos semideuses eram mil vezes mais saborosas, o sangue divino garantia isso. E mesmo se por um acaso do destino, um ser mitológico atacasse novamente um mortal, a névoa trataria de esconder. Manteria incompreensível para qualquer um que não fizesse parte desse mundo. Protetores não eram necessários.
Nossa única função como semideuses era para nossa própria sobrevivência. Portanto, quem havia cogitado tal coisa? Não haveria de ser um mortal, eu sentia isso. Um deus? Pouco provável, apesar de sermos peões no tabuleiro do olimpo, os deuses se anunciavam antes de nos mandarem a missões, e até onde me recordo, jamais pediram um protetor para os humanos. Não era de seu feitio se compadecer de assuntos mortais. Ainda assim, quem enviou a carta teria de ser antigo. Tão antigo que ainda se lembra do tempo das primeiras historias, que recorda com clareza a época dos primeiros heróis e sabia exatamente como nos convocar.
Movo meu olhar para a carta. Não havia remetente, ninguém assinou. A carta me convocava. Porque? Como um disco quebrado, minha mente repetiu incansavelmente a palavra. Porque eu ? Porque a filha de Poseidon? Não fazia sentido. Não era a mais poderosa, isso ficou com Percy. Quem escreveu a carta deveria ter se confundido, era Percy o herói, o general, líder do acampamento meio sangue. Era dele que as novas canções foram escritas. Sobre sua bravura e inconsequência, era a ele quem os semideuses diziam que lutava como um demônio. O protetor perfeito. Não quero me desmerecer caro leitor, sei que luto lindamente, minha genética não permitira o contrario, mas nunca peguei o gosto pelo sangue. A luta estava enraizada em meu ser para minha defesa. Eu defendo, não ataco.
Outra questão a ser questionado, o que era a praga vermelha? Uma doença? Um ser mitológico a qual foi referido de um modo não conhecido por mim? Não, se fosse assim, Quíron teria alertado. Porque? Porque? Porque?
"Méri, querida?" Levanto meu olha para Annabeth, seus olhos traiam a aparente calma que seu rosto demonstrava. Seu olhar estava meio ensandecido, irônico, pela primeira vez a filha da deusa da sabedoria e estratégia não tinha conhecimento para fornecer ou uma estratégia para bolar. Pela primeira vez, Annie se encontrava no escuro. " Não pense muito nisso, Quíron vai levar a carta ao olimpo, vamos encontrar respostas, não adianta supor nada por agora"
Perseu ainda estava ali sentado, olhando pela janela para o acampamento e girando sua caneta nos dedos, sua perna balançava refletindo sua impaciência, seu rosto se fechou no momento em que Quíron nos informou do conteúdo da carta. Perseu Jackosn estava se preparando para a batalha, soube disso assim que suas mãos puxaram a caneta espada de seu bolso. Meu amado irmão mais velho nunca fugiu de uma luta, principalmente se a luta envolvesse alguém querido para si.
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As estrelas chamam- Rhysand
ФанфикRhysand x oc "Existe uma lenda a qual conta a origem das estrelas do mar. Dizem, que nos primórdios da criação do mundo a qual conhecemos, o mar e a noite se apaixonaram. Depois de séculos de dor e sofrimento não conseguindo alcançar um ao outro, os...