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      Acordo com bastante preguiça, sentindo um peso sobre mim, outro do meu lado, mais outro no meio e um na ponta. Os braços fortes não estavam ali, me fazendo ficar desesperado e levantar devagar, vai que alguém me bate?
Abro os olhos e são os três pestinhas que izuku chama de irmãos, tenko estava no meio (na minha frente, no caso), toumura estava nas minhas costas e tsuyu estava encima de mim. E por último e não menos importante, izuku, na ponta da cama com um notebook a escrever enquanto seus olhos permanecem com vontade de ceder.

— se está tão cansado, deveria dormir...— minhas voz veio meio estranha por estar acordando, e ele nota isso e pega um copo d'água ao lado da escrivaninha...— obrigado, e por sinal, bom dia.

Ele sorri bobo e fecha o aparelho de suas mãos, colocando-o no sofá (🛋 o sofá era tipo isso) e se deitando no meio, colocando tenko em suas costas — que por sinal, ele se apegou ali rapidinho após cheirar— e me abraçou com tsuyu ainda encima de mim. Logo vem uma vermelhidão no meu rosto ao me lembrar que...

— o que houve? Amor?..— sinto-me derreter com a fala fofa do esverdeado mais a tontura veio...— amor, você tá bem?

Pego o lençol e cubro minhas semi'nudes.

— eu nunca fiquei na frente de adolescentes sem blusa, nem mesmo na frente da minhas irmãs ou irmãos ....céus!...— diria que não sou eu e que era um clone como o de Lucas da novela: o clone".. mais era eu mesmo..

— vou pegar a tsuyu e deixá-la na cama dormindo enquanto você toma banho...que tal?..— ele pega um roupão de malha fina e me espera levantar...

— acho que seria bom, vai que a senhora inko aparece aí do nada?...— ele ri baixo e tira os braços de tenko das costas dele.

Ele pega um lençol e o cobre, pegando em outro lençol fino tsuyu e a colocando grudada com os gêmeos. Ele me pega pela cintura e coloca o roupão,  coloco meus braços sobre seu pescoço e beijo sua bochecha, vendo-o sorrir.

— vamos, ainda tenho que ir me uma reunião super chata com os acionistas e advogados pra resolver questões financeiras e mandarei para que parem de entregar sua mercadoria na minha cidade...— ele beija meus cabelos marfins e pega na minha mão, me levando até meu quarto e dizendo que tinha um banheiro ali.

— que horas são?...— ele olha no relógio e parece um tanto envergonhado, pegando logo o celular e averiguando as horas. Quase que me esqueci do meu encontro com o shimura

—são quase oito, por quê?

Nego e beijo seus lábios, em um pedido de silêncio.

— nada não, deku....

Ele arregala as grandes esmeraldas e ri surpreso.

— o que houve?...—sinto que já falei esse apelido, só não lembro onde é pra quem....e ele parece ter ficado muito mexido.

—nada, querido, só me deu um deja vu do nada....

Ele sai e se despede, quando que esse clima gostoso se instalou?

—não sei, mais preciso me arrumar!

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Já são exatos quatro pras oito e quinze e tenko ainda não apareceu, o café da manhã foi muito bom, o povo tava sorrindo bastante : nem parecia uma família de góticos como da última vez.

Deixei minha mão repousar na minha barriga e lembrei de algo: minha família......O clima nessa casa que estou a dois dias e meio tem sido aconchegante. Quase que me esqueci que tenho a minha família esperando notícias.

Entre o céu glamoroso e o inferno tentador Onde histórias criam vida. Descubra agora