Cap. 14

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POV Maeve

No sábado, assim como Norah tinha combinado, saímos juntas. Fomos ao parque logo depois do almoço, eu levei uma toalha antiga do meu pai que era quadriculada e ótima para piqueniques. A estendi no gramado ao lado de uma arvore, fiz questão de que houvesse ao menos uma sombra onde íamos sentar, afinal o sol estava de rachar, e levamos nossos livros para uma tarde de leitura.

Eu me encontrava usando uma roupa colorida que combinava com a ocasião, já minha amiga usava um tom de branco que a deixava deslumbrante. Norah trouxe pequenos travesseiros em sua grande bolsa que serviu perfeitamente para nos acomodarmos em cima da toalha.

- a tarde está linda - disse ela.

- sim, ainda bem que saímos se não eu ia passar o dia trancada em casa - falei.

- nem me fale, eu faria o mesmo - afirmou - quase esqueci! Eu chamei Edvin para sair hoje a noite.

Ao tempo que seu sorriso crescia, o meu diminuía.

- mas não íamos jantar juntas? - por fora eu estava brava por ela não ter me contado, por dentro eu estava puta da vida que ele aceitou sair com ela.

Que ódio de mim mesma, onde eu estava com a cabeça, eu lá sou dona dele? Só porque nos aproximamos não quer dizer que ele tem que me contar tudo. É que eu achei que a gente tinha, sei lá, algo especial sabe?

idiota, idiota, idiota

- mas vamos! Só que ele vai com a gente - seu sorriso no rosto era grande e isso fez eu me sentir mal por diversos motivos.

- vai nessa - disse ironicamente - eu não vou ficar de vela nem a pau.

Nesse momento já não estamos mais deitadas e sim sentadas com os livros abertos largados no chão.

- você não pode me deixar sozinha com ele Mae - implorou ela - por favor!

- não sei não - seu olhar de piedade me quebrou, mas seria tão desconfortável ficar lá com eles. O que eu faço meu deus? - acabei de lembrar que meu pai quer jantar comigo. Mas olha pelo lado bom, pelo menos você não vai ficar sozinha.

Dei o sorriso mais amarelo e falso possível para esconder meu desconforto. Não admitiria que estou gostando de Edvin nem aqui nem na lua. Não acredito que novamente ele está me fazendo sentir ciúme da minha própria melhor amiga, isso é ridículo.

- vou deixar essa passar Mae, mas você me deve uma.

- claro! - respondi rápido, seria um bom modo de não me sentir culpada por furar com ela - qualquer coisa.

Passamos o resto do dia fofocando e acabamos esquecendo de ler. Acontece né. Mas não demorou muito para dar o horário de ir embora. Eu segui caminho para minha casa enquanto Norah esperava pelo loiro no parque.

[...]

Quando cheguei em casa meu pai estava no chuveiro, estranhei sua ação pois ele não costumava tomar banho tão cedo. Relevei isso e fui ao meu quarto que estava uma bagunça e já que eu não tinha nada a fazer peguei um fone e comecei a arruma-lo.

*toc toc*

Me virei para a porta retirando um dos fones do ouvido.

- oi pai! - ele estava todo arrumado o que me fez ficar bem confusa - vai sair?

- vou sim e achei que estaria com Norah hoje - ele parecia meio sem graça de eu tê-lo visto nesse estado.

- é, mas ela teve um imprevisto, então achei melhor vir pra casa - respondi dando de ombros.

- tudo bem então. Vou sair, tem comida na geladeira e não durma muito tarde.

Ele falou e saiu rapidamente querendo evitar uma conversa.

- ei! - o chamei da porta do meu quarto - não vai assim não. Me dê mais detalhes! Com quem você vai, aonde você vai? - ele parou no momento em que o chamei e se virou para mim.

- bem... vou sair com uma colega de trabalho, vamos a um restaurante novo perto da casa dela - ele estava vermelho e todo sem graça.

- pai, que bom! Estou tão feliz que você está saindo com alguém! - o dei um abraço apertado. Era novidade ver meu pai saindo com uma mulher, depois de minha mãe ele nunca saiu com ninguém e ninguém parecia o agradar também. Portanto saber dessa notícia me deixou orgulhosa dele seguir em frente.

- é... bem, acho que já vou então - ele se virou para ir, mas deu a volta e disse - eu estou bonito?

Eu ri de sua preocupação.

- está ótimo pai! - ele soltou um suspiro de alívio.

- que bom. Te amo Mae.

- também te amo pai!

E logo ele passou pela porta fechando a mesma. Meu sorriso de orgulho não saia do rosto enquanto eu voltava ao meu quarto para terminar de limpa-lo.

Quando entrei no cômodo tomei um susto ao ver uma pessoa sentada na minha cama. Por instinto eu soltei um grito que o assustou. Ele se levantou em um pulo e tapou minha boca com a mão. O mesmo trajava uma roupa escura que contrastava com sua pele clara em sua mão se viam anéis que me fizeram arrepiar por gelaram ao tocar meu rosto.

- não grite - disse ele.

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cap mais curtinho p dar suspense

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bjss

Piano de Stravinsky - Edvin RydingOnde histórias criam vida. Descubra agora